Divirto-me com certas fraquezas humanas. Outras pessoas ficam nervosas e brigam. Eu também já briguei quando era jovem. Hoje em dia acho que evoluí pois só entro numa briga se for inevitável. Por isso ouço muita bobagem por aí. Eu não ligo muito mas as vezes não posso me furtar a escrever algumas linhas neste blog. Existem pessoas que se projetam no sucesso de outras. Exemplo: mulheres que acham que seus filhos são os melhores do mundo e que isso é devido a ação delas. Ou então esposas que acham que também são as melhores do mundo e por isso seus maridos não as trocam por outras mais jovens por exemplo. Todas essas situações me parecem fruto de modos antigos de pensar e se comportar. É claro que muito do que os filhos são tem a ver com os pais. No entanto essa influencia é cada vez menor, conforme abordei em outros artigos. Quanto a maridos não trocarem suas esposas tem a ver com satisfação. Os insatisfeitos, tanto homens quanto mulheres, tomam a iniciativa de abandonar um casamento ou relacionamento que não deu certo. Existem casos em que os dois chegam a conclusão que não dá mais. Professores também podem ter a tendência de achar que eles são responsáveis pelo sucesso de seus alunos. Na verdade trata-se de um "trabalho de equipe": aluno, familia e professor. Eu acho que o bom orgulho é merecedor de reconhecimento. Por bom orgulho entende-se aquele que advém da superação (veja artigo anterior). Já o mau orgulho é fruto de falhas no caráter na minha opinião. São aquelas situações que dizemos no popular: Ele (ou ela) acha bonito . . .
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Misérias Humanas
Cada dia que vivemos somos surpreendidos por atitudes inesperadas das pessoas. Mais de uma vez pude comprovar como algumas pessoas são totalmente irracionais e tendenciosas em seus julgamentos. Falam de pessoas e de situações das quais "ouviram falar". Manifestam opiniões obtusas e desprovidas de conformidade com os fatos. Estou acostumado com essas reações, pois no mister de auditor eu tinha de ouvir todas as versões, após o que chegava a um juízo, sempre corroborado por provas materiais. Cansei de ouvir intrigas. Como tinha contato com as pessoas que eram vítimas das malidicências, podia dirigir-me a elas e perguntar-lhes diretamente sobre os fatos narrados por terceiros, ouvindo assim a sua versão, dando-lhes a oportunidade de se defenderem. No entanto, existem "seres humanos" que são despresíveis no seu comportamento de maldizer pessoas ausentes que não podem portanto se defender. Essa atitude vil é muito comum infelizmente. Ela é a origem da fofoca, que tem por objetivo atingir alguém que é mais forte que o fofoqueiro e que ele teme ou inveja na realidade. Somente os fracos agem dessa maneira. Nas empresas, nos grupos de amigos, na familia. Em qualquer lugar onde acha disputa pelo poder, qualquer que seja esse poder, haverá a possibilidade dos mais fracos fazerem uma intriga. Vi exemplos nas três esferas citadas. Cartas anônimas incriminando/elogiando empregados, ciúmes e intrigas, parentes se revelando na condução de inventários e afins. Resumindo: as misérias humanas manifestando-se sempre que tem uma oportunidade !
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Carreiras & Empregos
Somente podemos ver uma carreira profissional a medida que ela se desenvolve. Os cargos ocupados e os cursos concluídos nos mostram o caminho a seguir e os objetivos aos quais o profissional se propõe. Já um emprego pode ser uma coisa estática, onde o profissional faz sempre a mesma coisa, na mesma empresa ou em empresas diferentes. Aqui voltamos aos fatores que levam a uma carreira de sucesso. Em primeiro lugar é muito importante escolher a graduação adequada (já escrevi a repeito). Tudo fica mais fácil se você acertar nessa primeira escollha. Errar significa trabalhar em empregos para os quais você não se preparou, na opinião do empregador, e, muito provavelmente bloqueará sua ascensão profissional, podendo inclusive servir de desculpa para a sua demissão, tendo em vista a disponibilidade de alguém "mas preparado". Muitas outras habilidades são necessarias, principalmente habilidades interpessoais e o famoso "net working", ou seja, o "quem indica". Uma boa formação técnica, conseguida numa faculdade de renome, com certeza abrirá portas. Para a conclusão dessa graduação com sucesso é importante que o estudante saiba muito bem o que o espera, de forma a evitar os quase 40% de desistentes que temos nos cursos superiores. Muito pode ajudar as informações conseguidas com pessoas que estão no ramo em que se pretende atuar. Entrevistar pessoas de sucesso na área escolhida e pessoas "normais" ou desistentes pode ser muito útil. A verdade é que quanto mais informações a pessoa tiver menos erros poderá cometer e mais sucesso poderá ter.
sábado, 6 de dezembro de 2008
A importância do belo
Dentre as dimensões que existem, uma das mais essencias é o conceito de belo. Embora não necessariamente sempre associado, a beleza tem um parentesco com o caro, principalmente em se tratando de produtos industriais, e isso é explicado em um livro chamado Vantagem Competitiva. Nessa livro são abordadas as duas estratégicas básicas de produção industrial:
1o: Produção em grande (enorme) quantidade sem grande diferenciação. Seria como se todos usassem camiseta branca da hering, que assim sendo, produzida em grande quantidade e sem grande sofisticação, poderia ter um custo baixo e acessível.
2o: Produção em pequena escala de produtos diferenciados. Neste caso teriamos produtos muito mais sofisticados, que demandariam processos de produção diferenciados e por isso mesmo muito mais caros. Os consumidores destes produtos estariam dispostos a pagar "um bônus" pela sua exclusividade e por serem reconhecidos como "diferentes" da grande e amorfa maioria.
E onde entra o belo nesta análise ? Entra justamente no item 2, de forma que criar coisas belas demanda mais trabalho e portanto custa mais caro. Percebemos isso intuitivamente na hora de comprar um carro ou uma casa: o esportivo é sempre muito mais caro, assim como o luxuoso. O mesmo vale para uma casa "de arquiteto", cheia de curvas, espaços diferenciados e jardins. Uma casa construída por um engenheiro civil bem poderá ser um "caixote", visando a economia em todos os aspectos (custo mínimo). Onde a conta não fecha ? Na natureza. Existem paisagens lindíssimas que não custam nada e com as quais Deus nos presenteou. Ou nos museus públicos: Lá estão as maiores obras de arte da humanidade ao alcance de quem quiser vê-las. Devemos sempre que possível nos cercar do belo. Para quem gosta, flores para alegrar a casa. Um carro bonito. Ambientes agradáveis, funcionais e harmônicos.
1o: Produção em grande (enorme) quantidade sem grande diferenciação. Seria como se todos usassem camiseta branca da hering, que assim sendo, produzida em grande quantidade e sem grande sofisticação, poderia ter um custo baixo e acessível.
2o: Produção em pequena escala de produtos diferenciados. Neste caso teriamos produtos muito mais sofisticados, que demandariam processos de produção diferenciados e por isso mesmo muito mais caros. Os consumidores destes produtos estariam dispostos a pagar "um bônus" pela sua exclusividade e por serem reconhecidos como "diferentes" da grande e amorfa maioria.
E onde entra o belo nesta análise ? Entra justamente no item 2, de forma que criar coisas belas demanda mais trabalho e portanto custa mais caro. Percebemos isso intuitivamente na hora de comprar um carro ou uma casa: o esportivo é sempre muito mais caro, assim como o luxuoso. O mesmo vale para uma casa "de arquiteto", cheia de curvas, espaços diferenciados e jardins. Uma casa construída por um engenheiro civil bem poderá ser um "caixote", visando a economia em todos os aspectos (custo mínimo). Onde a conta não fecha ? Na natureza. Existem paisagens lindíssimas que não custam nada e com as quais Deus nos presenteou. Ou nos museus públicos: Lá estão as maiores obras de arte da humanidade ao alcance de quem quiser vê-las. Devemos sempre que possível nos cercar do belo. Para quem gosta, flores para alegrar a casa. Um carro bonito. Ambientes agradáveis, funcionais e harmônicos.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Os estágios do desenvolvimento moral
Muito interessante, o assunto em questão foi abordado pelo Dr. Flavio Gikovate em um livro chamado "A arte de Educar". Nesse livro ele comenta que um autor que ele não se lembra mais o nome dividiu os indivíduos em 6 classe no tocante a evolução moral, a saber:
- 0,5 % Indivíduos com ausência de medo: Sérios candidatos a serem clientes das penitenciarias, pois nada os impede de terem condutas anti-sociais diversas, tais como roubar, matar, etc.
- 10 % Pessoas que somente aceitam limites por terem medo de represálias externas. Exemplo: se não estiverem sendo observados roubam. Mentem descaradamente.
- 15 % Temem as represálias externas e uma eventual punição divina. São um pouco mais sofisticados que a classe anterior porque Deus está em todos os lugares e tudo vê.
- 25 % Temem as represálias anteriores mas também seguem as regras sociais por terem medo da vergonha. A vergonha corresponde ao medo da represália abstrata relacionada com alguma ofensa ao nosso orgulho, o que provocaria a tão temida sensação de humilhação e desconsideração por parte das outras pessoas.
- 20 % Decoraram o conteudo do "contrato social": Neles as normas foram efetivamente introjetadas, o que vale dizer que elas são respeitadas mesmo quando não existem observadores e nenhum risco de represálias. São rigorosíssimas consigo mesmas e com aquelas que convivem mais intimamente.
- 30 % São as pessoas que entenderam como é que foi construido o contrato social. Consequiram pleno desenvolvimento na constituição de um efetivo sentido moral. São os indivíduos que sabem
interpretar as leis e adequá-las a cada situação específica. Tais pessoas não são generosas nem egoistas. Orgulham-se de ser criaturas justas e determinadas.
Percebemos que 50% da população não tem "superego", ou seja, são primitivos em termos morais e somente 30% chegaram ao grau máximo e desejável. Esses dados casam com muitos dos meus escritos anteriores e mostram as dificuldades de se relacionar com os outros, quer seja no trabalho, em relações comerciais de todo tipo e mesmo na formação de um casal. Todos nós com certeza conheceram pessoas ao longo da vida dessas classes inferiores: com a convivência fica claro perceber as nuances. No meu caso em particular tive muito contato com elas (ver artigo sobre psicopatas) por força da minha profissão. Hoje em dia sei identificá-las e me afasto a tempo de evitar ser prejudicado por elas. Podemos também ver exemplos de opiniões manifestadas por essas classes de pessoas nos jornais, mormente na seção de tendências e debates. Como diz o Gikovate, com a extensão da informatização nos dias de hoje, fica cada vez mais difícil a pessoa se esconder e não mostrar a sua verdadeira face, devido aos "rabos" que ficam registrados por todos os lugares em que ela passa.
- 0,5 % Indivíduos com ausência de medo: Sérios candidatos a serem clientes das penitenciarias, pois nada os impede de terem condutas anti-sociais diversas, tais como roubar, matar, etc.
- 10 % Pessoas que somente aceitam limites por terem medo de represálias externas. Exemplo: se não estiverem sendo observados roubam. Mentem descaradamente.
- 15 % Temem as represálias externas e uma eventual punição divina. São um pouco mais sofisticados que a classe anterior porque Deus está em todos os lugares e tudo vê.
- 25 % Temem as represálias anteriores mas também seguem as regras sociais por terem medo da vergonha. A vergonha corresponde ao medo da represália abstrata relacionada com alguma ofensa ao nosso orgulho, o que provocaria a tão temida sensação de humilhação e desconsideração por parte das outras pessoas.
- 20 % Decoraram o conteudo do "contrato social": Neles as normas foram efetivamente introjetadas, o que vale dizer que elas são respeitadas mesmo quando não existem observadores e nenhum risco de represálias. São rigorosíssimas consigo mesmas e com aquelas que convivem mais intimamente.
- 30 % São as pessoas que entenderam como é que foi construido o contrato social. Consequiram pleno desenvolvimento na constituição de um efetivo sentido moral. São os indivíduos que sabem
interpretar as leis e adequá-las a cada situação específica. Tais pessoas não são generosas nem egoistas. Orgulham-se de ser criaturas justas e determinadas.
Percebemos que 50% da população não tem "superego", ou seja, são primitivos em termos morais e somente 30% chegaram ao grau máximo e desejável. Esses dados casam com muitos dos meus escritos anteriores e mostram as dificuldades de se relacionar com os outros, quer seja no trabalho, em relações comerciais de todo tipo e mesmo na formação de um casal. Todos nós com certeza conheceram pessoas ao longo da vida dessas classes inferiores: com a convivência fica claro perceber as nuances. No meu caso em particular tive muito contato com elas (ver artigo sobre psicopatas) por força da minha profissão. Hoje em dia sei identificá-las e me afasto a tempo de evitar ser prejudicado por elas. Podemos também ver exemplos de opiniões manifestadas por essas classes de pessoas nos jornais, mormente na seção de tendências e debates. Como diz o Gikovate, com a extensão da informatização nos dias de hoje, fica cada vez mais difícil a pessoa se esconder e não mostrar a sua verdadeira face, devido aos "rabos" que ficam registrados por todos os lugares em que ela passa.
domingo, 30 de novembro de 2008
Aonde Nascer
Sabemos que muito do nosso destino está decidido antes do nosso nascimento. Para quem é espirita Kardecista essa é uma questão resolvida pela própria pessoa, que escolhe as provas pelas quais vai passar. Por outro lado não vivemos mais (alguns pelo menos) como animais irracionais que entram no cio, acasalam e tem filhos. Filhos esses que ficam expostos a "natureza" para sobreviver: Nesse contexto nasciam muitos e morriam muitos, de modo que a população da terra ia crescendo lentamente e a espécie humana poderia mesmo ter sido extinta, se diferente fosse. Hoje em dia podemos ver familias mais "adequadas" para receber filhos: familias que tem estabilidade financeira porque as profissões dos pais ou o dinheiro que possuem possibilita isso e familias que o casal é estável e é um "bom casal" (ver artigo anterior). Quem tiver a felicidade de nascer numa familia dessas com certeza sai em vantagem. Seus problemas poderão ser minimizados e tratados com mais parcimônia, porque muitas necessidades básicas estarão satisfeitas, sobrando energia, dinheiro e dedicação para resolver o que aparecer de errado na vida desses filhos. São essas familias que deveriam ter mais filhos. É como eu escrevi anteriormente: só quem é feliz é que deveria ter filhos . . .
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Utilização do Tempo por Pessoas Infelizes
Mais uma pesquisa mostrou que pessoas infelizes veem mais televisão e que quando tem mais tempo livre acabam por utilizá-lo para DORMIR. Pessoas saudáveis tem mais vida social. A mim parece que essa é a lógica para "encher" de atividades a vida das crianças. Deixando-as ao seu bel prazer elas irão ficar na televisão, no video game e na cama dormindo. Isso nesta era da informação instântanea, da internet e da globalização. Lamentável !
Vida Útil
Acho que já comentei sobre o exagero da mídia, que prega aos quatro ventos que todos viveremos 100 anos bem e com saúde. Essa me parece mais uma estratégia de marketing, para vender produtos para as pessoas "da melhor idade". Pois bem, um estudo sério mostrou quantos anos de vida uma pessoa tem até que as doenças façam seus estragos. Na maioria dos paises estudados essa idade variava para homens e mulheres (a pesquisa foi feita na europa). Tinhamos pessoas que aos 59 anos já estavam "detonadas" e pessoas que começavam a ter problemas aos 74 anos. Pois bem, adotaram como referência os 73 anos para homens e 74 anos para mulheres. Segundo a pesquisa, a maioria das pessoas terá problemas após essas idades, sendo que esses anos finais de vida seriam "não vida": seriam anos em que a vida seria mantida sobretudo pelo avanço da medicina. A pessoa em si não teria a alegria de viver e na realidade "praticamente vegetaria". Conheço muitas pessoas que vivem essa ilusão, postergando seus sonhos para um futuro que nunca chega, e que, quando chegar, provavelmente as encontrá incapacitadas para usufruirem com plenitude. Vejo indícios disso na minha própria vida e olha que eu só tenho 44 anos.
PSICOPATAS
As pessoas nem sempre sabem a diferença entre os termos que designam as doenças psiquiátricas. Simplificadamente o psicótico é aquele que mais se aproxima do que popularmente chamamos de "louco". Já o psicopata é o chamado "louco são", ou seja, nada nele suscinta que sua mente seja doentia e perigosa. Os psicopatas não tem sentimentos com relação as outras pessoas, ou seja, fazem coisas para machucar e destruir seus semelhantes sem nenhum remorso. São em geral inteligentes e usam sua inteligência para atingir seus objetivos ilícitos e escusos. São psicopatas os ladrões, pedófilos, prostitutas e muitos outros. O fato de terem plena consciência do que estão fazendo os difere dos outros loucos, que agem sem consciência de seus atos. Em matéria publicada hoje pelo cronista Arnaldo Jabor ficamos sabendo de um livro publicado por uma psiquiatra que estima serem psicopatas 4% da população brasileira. O Arnaldo argumenta que nossa sociedade, que incentiva a obtenção da riqueza e da fama a qualquer custo (ver matéria publicada anteriormente neste blog), criará muitos outros psicopatas, de forma que todos seremos psicopatas um dia. Na minha profissão de auditor tive contato com muitos psicopatas, que efetuaram desfalques, tráfico de influência, desvios morais de toda ordem. Também tive contato com pseudo amigos, que se revelaram cafajestes, outra modalidade de psicopatas e com parentes, que também mostraram traços dessa natureza. Todos aqueles que somente se aproximam da gente com segundas intenções, e que, tão logo conseguem o que querem, revelam sua verdadeira face, são psicopatas. Assim sendo, todo tipo de golpe tem por trás um psicopata. Do fraudador de gasolina aos primos que literalmente roubam tios velhos e doentes, com o consentimento destes. Um lugar que em teoria deve concentrar menos psicopatas é na religião cristã, pois, supostamente, seus seguidores não fazem aos outros aquilo que não querem que lhes façam. Um subtipo de psicopata é o "esperto", aquele que quer burlar controles para tirar vantagem dos outros. A mim parece que nossa cultura incentiva esse tipo de personagem, com frases do tipo: "O mundo é dos espertos". Nunca gostei de "espertos". Por muitos anos minha profissão foi descobrir, desmascarar e execrar "espertos". No entanto vivo no Brasil, pais do jeitinho e dos "espertos" e talvez por ser diferente e tentar lutar contra essa corrente é que eu tenha ficado gravemente doente.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
A Importância de Formar um Bom Casal
Anteriormente escrevi muitos artigos sobre as características de uma relação afetiva de qualidade, como identificá-la e como preservá-la. Também citei a importância das relações para o indivíduo, como um dos ingredientes da fórmula simplificada da felicidade (saúde + $$$ + amor). Agora abordo um item que também foi contemplado anteriormente e que tem ligação com os citados aqui anteriormente: os filhos. Quando um casal se forma harmoniosamente, quando ambos compartilham dos mesmos ideais, pensam de forma similar, é de se esperar que seus filhos tenham os mesmos exemplos em casa. Como a educação é calcada basicamente nos exemplos que as crianças recebem, é bem provável que elas tenham comportamentos semelhantes aos seus pais no futuro. É claro que um filho ou outro pode "sair do avesso", como diz um amigo meu, mas, a probabilidade disso ocorrer fica reduzida, quando comparada a filhos de pais muito diferentes. Quando os filhos são de pais separados/divorciados, ocorre o que citei antes aqui neste blog: As influencias do meio (mídia/amigos/parentes) podem substituir os valores dos pais. E passar os valores para os filhos me parece ser um dos principais objetivos paternos. Isso fica claro quando lembramos que a frequência, intensidade e duração das experiências condicionam o aprendizado de qualquer ser humano. Como a maioria dos casais são formados por pessoas diferentes hoje em dia, não é de se admirar os altos índices de divorcios, mormente nas classes médias e altas e a consequente enxurrada de filhos de pais separados, largados a própria sorte e ao sabor da mídia e influencias externas a família original.
sábado, 15 de novembro de 2008
Objetivos na Criação dos Filhos
A sociedade em que vivemos super valoriza apenas dois aspectos: o monetário/financeiro/econômico e o de ser famoso. O negócio é ser rico e famoso. Ir para a "Ilha de Caras" rsrsrsrsrs. Uma abordagem do Flavio Gikovate diz que esses "prazeres" são elitistas, pois estão ao alcance de poucas pessoas. Muitos poucos serão famosos e muito poucos ricos. Famosos e ricos ao mesmo tempo menos ainda. Precisamos ser mais realistas se quisermos ser minimamente felizes. Ter a consciência de que as mudanças de classe social são normalmente lentas e demoram gerações para acontecer. Que ser famoso é para poucos privilegiados, como por exemplo as "celebridades genéticas", que nasceram (ou se tornaram) uma beleza singular (isso sem falar no "photoshop"). Voltando ao título do artigo: Seria possível lutar contra a sociedade e incutir valores morais considerados adequados pelos pais ? A escola tem papel ativo nesses objetivos ? Nesta semana tivemos uma "rebelião" numa escola estadual aqui em São Paulo. "Alunos" destruiram a escola numa briga e o prejuízo para nós que pagamos impostos foi de R$ 180.000,00 . Minha opinião é que algo de muito errado está acontecendo em nossa sociedade . . .
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Bonita, Rica, Inteligente e Jovem
Essas são as características exteriores mais desejadas. São elas as que "saltam a vista" num primeiro encontro. No entanto, elas não garantem que a mulher tenha outras qualidades, como caráter, dignidade, modestia. Estas seriam qualidades interiores, que somente com a convivência poderiam ser aferidas. O que vale para mulheres também vale para os homens, com a distinção de que a sociedade valoriza muito mais a beleza das mulheres e a riqueza dos homens. Pesquisas apontam que para uma mulher ocupar um cargo de destaque numa empresa não basta ela ser competente: é necessário que também seja bonita de preferência. Os cargos de decisão ainda não são ocupados em igualdade pelas mulheres. Esses cargos são os de presidência, diretoria e gerência e os cargos políticos eletivos majoritários e proporcionais. Quando olho as "qualidades" de perto, percebo que a beleza e a juventude serão pouco a pouco ofuscadas pelo senhor tempo. Já a inteligência poderá ser útil para conseguir a riqueza e mantê-la (veja artigo anterior). Em menor intensidade, o tempo também pode afetar nossa inteligência, comprometendo nossa memória e capacidade de decidir. O mesmo vale para a riqueza, que no Brasil, devido as suas características próprias, pode mudar de mãos em uma geração ou duas.
A Política da "República" de Estudantes
Tenho um amigo de infância que foi estudar em Campinas e consequentemente morou numa "república" de estudantes. Conheci essa republica e fiquei hospedado lá por alguns dias. Nessas visitas tive contato com o que chamo de "política da republica", ou, em outras palavras, nivelar por baixo. Na república conviviam 7 estudantes de engenharia, com origens sócio econômicas culturais distintas. O que acontecia era mais ou menos o seguinte: um dos estudantes sujava a mesa da cozinha e não limpava. Os demais não se sujeitavam a limpar a sujeira do primeiro, consequentemente a mesa ficava suja, ou seja, a situação era nivelada "por baixo". Essa prática me parece ser generalizada. Uma vez li que o metrô de SP mantinha os trens limpos e em bom estado porque qualquer indício de descaso resultaria num aumento do vandalismo e consequente degradação total do ambiente. Também me lembrei da máxima que diz que uma maça podre pode estragar todas as outras. Outra hipótese é dada pelas leis da física: os processos naturais vão sempre na direção de aumentar a "entropia" do sistema (em uma explicação simples, aumentar a "bagunça"). Para ordenar as coisas é necessário fornecer energia ao "sistema". Com as pessoas parece acontecer algo semelhante: a lei do menor esforço é sempre a primeira a ser tentada. Essa lei só é abandonada se houver alguma punição e uma fiscalização efetiva para evitá-la. Assim sendo, crianças não vão buscar organizar-se "naturalmente". Caso a escola não seja exigente, não farão nada. Caso os pais sejam sempre "bonzinhos", não aprenderão limites nem serão responsáveis por seus atos. Infelizmente parece que essa é a natureza do ser humano. Caso um dos pais seja "durão" e o outro "banana", os filhos tenderão a ficar sempre do lado do "banana" e assim sucessivamente, em todas as situações em que puderem escolher.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Erros comuns . . .
Quem nunca errou ? Fez uma avaliação ou uma aposta que não se concretizou ? Pois é . . . erros são parte inerente ao nosso aprendizado. Aprendemos muito com nossos erros. O importante é não errar em coisas muito importantes, como eu escrevi em algum artigo no passado. Um erro comum é substimar situações ou dificulades. Outro é ser simplista e escolher sempre a lei do menor esforço. Contar com algo incerto antecipadamente acreditando cegamente no "potencial". Cansamos de ver fracassos de todo tipo por conta desses erros. Sociedades que não dão certo (inclusive a conjugal), negócios que são abortados (comprar imóveis na planta, por exemplo), demissões no período de experiência (por inadaptação ao chefe), investimentos que dão prejuízo. A lista é enorme. O importante é "saber viver", aproveitando as vantagens que se possui e evitando-se cair em armadilhas, que podem destruir uma vida. Essas "armadilhas" podem arruinar sua saúde, acabar com suas economias ou destruir seu amor. Qualquer uma dessas ocorrências te levará a infelicidade.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Novos Médicos - O Resultado do Exame do CREMESP
Uma noticia desalentadora saiu hoje no jornal: 61% dos médicos que voluntariamente se inscreveram no exame do CREMESP foram reprovados. O exame foi básico e faculdades tradicionais como a USP aprovaram apenas 52% dos inscritos. A Santa Casa aprovou 56% e a UNIFESP aprovou 64%. Os resultados mostram a calamidade do ensino médico no Brasil. Cair na mão de um médico despreparado desses pode nos custar a vida. As causas foram analisadas em longa entrevista concedida a radio CBN e são várias, tais como proliferação de escolas médicas sem condições de ensinar os alunos, falta de seleção adequada dos alunos, bastando ter 3.000,00 para pagar a mensalidade, professores despreparados, ausência de aferição adequada do aprendizado da medicina pelas escolas (segundo o entrevistado, nenhum aluno que tenha passado pelas matérias básicas dos dois primeiros anos é reprovado posteriormente nos anos seguintes). Resta-nos pois REZAR para não ficarmos doentes, e, se ficarmos, REZAR de novo para ser atendido por um médico competente, provavelmente dos antigos.
A capacidade de se colocar no lugar do outro: Empatia
Sempre achei uma das mais nobres qualidades de um ser humano, junto com a solidariedade, a capacidade de se colocar no lugar dos outros, ou seja, a empatia. Infelizmente são poucas as pessoas que tem essa qualidade. Tem muito mais gente adepta do "se a farinha é pouca, meu pirão primeiro", ou seja, gente que está se lixando para o que os outros estão sofrendo ou sentindo. Estão apenas interessadas em si mesmas e nos seus problemas, pequenos ou grandes. Aqui podemos recorrer a um outro artigo intitulado "Os outros". Pois é . . . Existem situações, tais como doenças, que as pessoas não fazem a menor idéia do que significam. Dores atrozes, tanto físicas quanto morais, que apenas quem sente tem a noção exata. O desemprego, por exemplo. Quem nunca perdeu o emprego, em geral, não tem a real percepção do que seja a angustia de procurar uma colocação e submeter-se ao julgamento dos outros. Hoje em dia me acostumei a dizer que eu entendo tudo, mas, não necessariamente, concordo com o que vejo, ouço ou presencio. Como disse em outro artigo, sou basicamente um idealista e um idealista tem de ter fé. Fé na humanidade e na possibilidade de evolução da espécie humana.
Tios Tias Primos e Primas
Interessante nossa relação com os tios, tias, primos e primas. Como no passado, por razões obvias, as familias tinham muitos filhos, minha geração tem, em geral, muitos tios e tias. Eu tive 6 paternos e 5 maternos. 5 tias maternas e 1 tio paterno e 3 tios maternos e 2 tias maternas. Como seria de se esperar, o convívio com uns foi maior do que com outros. Sempre temos o tio ou tia preferidos e outros que nos são simpáticos, por uma razão ou outra. Outros são mais distantes . . . Já com os primos a distância foi a regra, pelo menos no meu caso. Minha observação de outras famílias mostra que nem sempre isso é verdade, embora existam casos como o meu. Primos podem ser muito diferentes de nós. Principalmente se nos lembrarmos de outro artigo que mostra que entre irmãos já é dificil haver muitas semelhanças. Imagine então entre primos ! Na infância ainda existiram alguns aniversários, talvez por influência dos tios e tias. Depois os casamentos . . . e então chegamos a um outro artigo: casamentos, funerais e inventários . . .
Não basta conseguir: É necessario manter
Cansamos de ver exemplos de pessoas que conseguem amealhar dinheiro, cargos e boa fama e que por incompetência perdem essas conquistas. Por que tem de ser assim ? Minha opinião é que essas conquistas foram feitas através de uma caracteristica pessoal que era favorável no exato momento em que surgiu a oportunidade. Com o passar do tempo, a inabilidade do sujeito e sua incapacidade de adaptar-se (entenda-se como capacidade de adaptar-se obter e processar informações relevantes que levem a mudanças de atitudes e/ou comportamentos) levam ao fracasso. Temos muitos exemplos na família, onde o ditado brasileiro "pai rico, filho nobre e neto pobre" parece ser válido. Também presenciei casos em que pessoas são contratadas como "salvadores da pátria", com altos salários e que depois são demitidas, por não ter conseguido "atingir os objetivos propostos". Outros exemplos são pessoas (as vezes da família, as vezes conhecidos, as vezes "ex-amigos") que gozavam de boa fama e eram estimados, e que, num dado momento se revelam, mostrando quem realmente são. Caem então em descredito e passam a ter nosso desprezo ao invés da antiga estima. A conclusão é a do título deste artigo: Não é suficiente conseguir (dinheiro, cargos, boa fama). É necessário manter essas conquistas . . .
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
O valor dos salários
Uma definição para o valor dos salários pagos em uma sociedade é a de que eles são proporcionais ao valor que essa sociedade dá para aquele trabalho que é feito. Outra diz respeito a quantidade de pessoas aptas a realizar aquele trabalho. Assim sendo, nesse caso, professores que são muitos, ganhariam salários menores que deputados que são poucos. Em outras palavras, no montante total é muito menos honeroso para o estado dar aumentos para os deputados do que para os professores. Nessa linha de raciocínio teríamos a educação. Como poucos conseguiriam ascender ao nível superior, a procura por esses profissionais seria intensa, logo seus salários seriam elevados. Aqui existe um porém: antes bastava ter nível superior. Hoje em dia depende em que. Existem cursos extremamente difíceis, como metereologia, que não tem muita aceitação no mercado. Nesse caso, quem se aventura a fazê-los pode ter uma grande decepção, pois se esforçou muito e terá um pequeno retorno financeiro. O ideal, do ponto de vista do empregado, seria fazer pouco esforço e ganhar muito. Isso em geral só acontece em "peixadas", que obviamente são disputadas por "quem indica". Atualmente até empregos "normais" são ocupados por "quem indica". O mérito me parece garantido apenas nas forças armadas, um tipo de instituição democrática na minha opinião. Os funcionários públicos concursados estão garantidos. Os profissionais liberais que conquistaram uma clientela fiel também. Depois temos os empregados das empresas privadas, que de uma hora para outra podem ser demitidos e os autônomos, que tem de se adaptar as idas e vindas do mercado. Finalmente os de menor número, que são os empregadores. Estes fazem ajustes conforme o mercado demitindo ou admitindo empregados. Qual o segredo então ? O segredo é casar o que se gosta, com o que se sabe fazer e com o que a sociedade (ou seja, os "outros") precisam e estão dispostos a pagar regiamente. Tarefa nada fácil por certo . . .
sábado, 1 de novembro de 2008
As Casas Astrológicas - Uma Mandala
Um aspecto interessante da astrologia são as casas astrologicas, que são doze e estão relacionadas a cada um dos signos do zodíaco. O simbolismo dos signos engloba todo o universo e realidades existentes. Assim as casas de número I a VI são chamadas de pessoais, pois se referem a aspectos do indivíduo. As casas de número VII a XII são chamadas de sociais, pois revelam a influência dos outros na vida do indivíduo ou também o que o indivíduo representa para a sociedade. Uma rápida explicação seria como se segue: Casa I: o indivíduo como veio ao mundo, corpo, saúde. Casa II: aquilo que alimenta: nesse sentido dinheiro ganho por esforço próprio. Casa III: aquilo que está próximo: parentes, vizinhos, colegas. Casa IV: aquilo que existia antes do nascimento: família. Casa V: os prazeres e diversão, sexo. CasaVI: as rotinas necessarias a manutenção da vida, cuidados com a saúde no dia a dia, hábitos saudáveis. Caso o indivíduo tenha superado todas as fases descritas anteriormente com sucesso, ele, teoricamente, estará apto a desenvolver as atribuições das próximas casas que são as seguintes: Casa VII: casamento, como sociedade (como prazer sexual ver casa V). Casa VIII: Morte simbólica, especulação financeira, dinheiro recebido como herança. Casa IX: Grandes estudos, viagens. Casa X: carreira profissional, reputação. Casa XI: Reconhecimento entre os pares, associações de classe, inovação na profissão. Casa XII: grandes prisões e também no lado positivo transcendência, superação, passagem para um plano superior. De todas as casas, quatro são chamadas de cardeias devido a sua importância para a maioria das pessoas. São elas: Casa I, que representa o ser fisicamente. Sua importância reside na saúde fisica e mental. Quem nasce com problemas de saúde já está em desvantagem nesta vida. Casa IV: Representa o que existia antes do nascimento, ou seja, a familia. Para se ter uma ideia da importância da família basta dizer que estudos recentes apontam que 70% do sucesso de uma criança pode ser atribuído a sua familia de origem. É claro que nascer em lares sadios, com pais estudados e conscientes, com renda adequada, influencia muito no futuro do indivíduo. Essas casas irão influenciar e praticamente decidir, na maior parte dos casos, o que o indivíduo consiguirá na casa VII: o casamento, ou seja, que tipo de sociedade ele formará com seu conjuge e quem será esse conjuge. Finalmente teremos como resultado socialmente visível (além do casamento) a profissão ou carreira (casa X). Nossa sociedade (= pessoas com interesses em comum, por definição, mesma coisa que colegas) tem como áreas de maior relevância o casamento (busca do parceiro afetivo, sexual, societário) e a profissão (fonte de reconhecimento social e de remuneração por parte dessa mesma sociedade). Quando conhecemos uma pessoa vamos logo perguntando o que ela faz. E as pessoas se sentem importantes a medida que exercem cargos também importantes. O casamento pode também conferir status, riqueza e poder a uma pessoa, dependendo obviamente de quem é seu conjuge. Ouço muitas vezes que essas devem ser as buscas do indivíduo para ter sua expressão no mundo reconhecida, e que, a abdicação delas pode levar a depressão profunda e talvez até mesmo a aniquilação através do suícidio. Muitos substituem a falta de companhia por animais domésticos, em particular cães e gatos. Já a falta de emprego e profissão produtiva faz com que muitos que não saibam aproveitar seu tempo de outra forma sentirem um vazio. Acontece que o número de excluídos do mercado de trabalho é muito grande. Cabe a essas pessoas desenvolverem atividades outras a fim de manterem-se ativas fisica e intelectualmente, de forma a terem uma existencia com melhor qualidade de vida.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
I apreciate it . . . ou o que os outros valorizam
É incrível como as pessoas podem ser incoerentes . . . principalmente em se tratando de precificar serviços e/ou produtos. Conheço uma pessoa que super valoriza o seu serviço/trabalho e desvaloriza o serviço/trabalho dos outros. Não acho que ela seja exceção . . . nessa mesma linha de raciocínio descobri que um certo psicoterapeuta cobra R$ 850,00 a "sessão". Ou seja, o "trabalho" dele "vale" mais de dois salários mínimos por 50 minutos. Temos também as "trocas intra-familiares": quanto vale a intervenção de um primo junto a um médico amigo que salva a vida de um tio enfermo ? Quanto vale a assessoria financeira de um filho expert em finanças ? Ou os serviços de motorista VIP prestados aos sobrinhos ? Ou a assistência prestada por uma neta dedicada a avó problemática de 101 anos de idade ? Ou o esforço de um filho para sobressair-se nos estudos e progredir, revertendo-se de forma indireta na riqueza acumulado pelo pai ? Quem recebe em geral acho que é pouco e quem dá acha que é muito. Os que observam tomam seu partido em geral olhando de forma parcial, do seu ponto de vista. Muitos poucos tem isenção para julgar. Estou cansado de ver pessoas serem desvalorizadas, quando sua colaboração é essencial para o resultado obtido em benefício de outrem. É o típico: não fez mais que sua obrigação rsrssrs Sabemos que não é verdade e é duro lidar com a estupidez e ignorância das pessoas, principalmente quando essas pessoas são da família próxima . . .
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Ao Mestre com Carinho
Ao mestre, com carinho
OUTUBRO, MÊS em que os ingênuos comemoram crianças e professores, é uma boa época para refletir sobre o triste estado da educação brasileira. Para tanto, será útil examinar de que maneira os principais atores envolvidos entendem esse tema tão complexo.
Há os que vêem a educação como um mero instrumento para a formação de trabalhadores qualificados -de preferência, com pós-doutorado e MBA-, sem os quais é impossível aumentar a produtividade das empresas. Esses "devotos do progresso" não desejam, portanto, formar indivíduos complexos e transdisciplinares, mas apenas "aleijões especialistas" que se encaixem sem folgas no circuito produtivo-consumista. Há, porém, os que defendem uma espécie de "novo humanismo", concebido como uma reação à visão utilitarista do conhecimento que caracteriza o primeiro grupo. Infelizmente, a maior parte desses "neo-humanistas", entre os quais há muitos educadores, afunda-se cada vez mais num misto de relativismo pós-moderno e rebeldia sem causa, mostrando-se ainda órfã dos movimentos contestatórios dos anos 1960/1970. Por terem confundido -tolamente- autoridade com autoritarismo, esses "velhos revolucionários" já não sabem o que dizer aos professores quando estes são grudados -de verdade!- em suas cátedras ou atingidos por bofetadas (nada democráticas) de adolescentes quadrilheiros que desejam somente direitos e nenhum dever, constituindo, ironicamente, o resultado mais visível das pedagogias libertárias...
Há, por fim, os que parecem "estar pouco se lixando" para a questão da educação. Trata-se, todavia, somente de aparência...
Exibindo uma alta escolaridade, os membros desse terceiro grupo -banqueiros fraudulentos, políticos desonestos, religiosos impudentes, empresários espertalhões- têm profunda nostalgia do tempo em que o Brasil era "uma ilha de letrados num mar de analfabetos". Por isso, não medem esforços para perpetuar o estado de ignorância do "resto" da população, já que as suas vidas nababescas dele dependem crucialmente.
Além disso, por meio de leituras abusivas do nobre artigo 5º da Constituição de 1988 -das quais somente os "grandes letrados" são capazes-, essa gangue vai ficando sempre impune e cada vez mais poderosa, dando um exemplo "edificante", sobretudo aos cidadãos mais jovens.
Alheios a tudo isso, lá no ventre da "linha de montagem" em que muitos brasileiros são forjados, um punhado heróico de professores -despreparados e mal pagos- continua crendo que ensina a um contingente imenso de alunos, que "colaboram" com os mestres acreditando que aprendem.
Sem falar, é claro, da multidão de governantes "prestimosos" que fingem que se importam...
Nessa tragédia de erros mais ou menos voluntários, acabamos por perder, salvo honrosas exceções, o aspecto essencial do processo educativo: formar indivíduos equilibrados, responsáveis, solidários, criativos, conscientes das imperfeições da natureza humana, mas ainda assim desejosos de construir um sentido para as suas vidas que seja mais denso do que a acumulação de riqueza ou do que a busca desenfreada pela fama.
E o resultado dessa perda crucial, nós o vemos diariamente: um número sempre maior de pessoas desprovidas de coragem para enfrentar o absurdo da existência, agarrando-se a qualquer coisa que lhes permita esquecer a irrelevância das suas vidas; que buscam inutilmente nos outros o que só podem obter em si mesmas e que por isso mergulham num egoísmo malsão, que tudo pede e nada dá, que tudo suga e nada fecunda; que abdicam da lucidez em nome de qualquer credo, perdendo-se no anonimato dos rebanhos e entregando-se, por fim, aliviadas, à redenção da mediocridade.
Espero equivocar-me, mas julgo que vivemos um momento muito perigoso da história mundial, em que a sobrevivência de um pensamento independente e crítico é quase impossível. No caso brasileiro, ao contrário do que se diz, poucas vezes houve um patrulhamento ideológico tão intenso. Apenas ele é, hoje, mais sutil -quase transparente-, já que, graças à "deseducação", a censura não opera mais "de fora", mas "de dentro" das cabeças, coadjuvada pelo massacre midiático do politicamente correto.
Muitos de nós tornam-se, por isso, tão "civilizados" que nem mais conseguem resistir à barbárie. Eu lamento, professores e crianças, mas não há muito o que festejar.
CLÁUDIO GUIMARÃES DOS SANTOS, 48, médico, psicoterapeuta e neurocientista, é escritor, artista plástico, mestre em artes pela ECA-USP e doutor em lingüística pela Universidade de Toulouse-Le Mirail (França).
CLÁUDIO GUIMARÃES DOS SANTOS
Este momento da história é perigoso. Muitos de nós tornam-se tão "civilizados" que nem mais conseguem resistir à barbárie |
OUTUBRO, MÊS em que os ingênuos comemoram crianças e professores, é uma boa época para refletir sobre o triste estado da educação brasileira. Para tanto, será útil examinar de que maneira os principais atores envolvidos entendem esse tema tão complexo.
Há os que vêem a educação como um mero instrumento para a formação de trabalhadores qualificados -de preferência, com pós-doutorado e MBA-, sem os quais é impossível aumentar a produtividade das empresas. Esses "devotos do progresso" não desejam, portanto, formar indivíduos complexos e transdisciplinares, mas apenas "aleijões especialistas" que se encaixem sem folgas no circuito produtivo-consumista. Há, porém, os que defendem uma espécie de "novo humanismo", concebido como uma reação à visão utilitarista do conhecimento que caracteriza o primeiro grupo. Infelizmente, a maior parte desses "neo-humanistas", entre os quais há muitos educadores, afunda-se cada vez mais num misto de relativismo pós-moderno e rebeldia sem causa, mostrando-se ainda órfã dos movimentos contestatórios dos anos 1960/1970. Por terem confundido -tolamente- autoridade com autoritarismo, esses "velhos revolucionários" já não sabem o que dizer aos professores quando estes são grudados -de verdade!- em suas cátedras ou atingidos por bofetadas (nada democráticas) de adolescentes quadrilheiros que desejam somente direitos e nenhum dever, constituindo, ironicamente, o resultado mais visível das pedagogias libertárias...
Há, por fim, os que parecem "estar pouco se lixando" para a questão da educação. Trata-se, todavia, somente de aparência...
Exibindo uma alta escolaridade, os membros desse terceiro grupo -banqueiros fraudulentos, políticos desonestos, religiosos impudentes, empresários espertalhões- têm profunda nostalgia do tempo em que o Brasil era "uma ilha de letrados num mar de analfabetos". Por isso, não medem esforços para perpetuar o estado de ignorância do "resto" da população, já que as suas vidas nababescas dele dependem crucialmente.
Além disso, por meio de leituras abusivas do nobre artigo 5º da Constituição de 1988 -das quais somente os "grandes letrados" são capazes-, essa gangue vai ficando sempre impune e cada vez mais poderosa, dando um exemplo "edificante", sobretudo aos cidadãos mais jovens.
Alheios a tudo isso, lá no ventre da "linha de montagem" em que muitos brasileiros são forjados, um punhado heróico de professores -despreparados e mal pagos- continua crendo que ensina a um contingente imenso de alunos, que "colaboram" com os mestres acreditando que aprendem.
Sem falar, é claro, da multidão de governantes "prestimosos" que fingem que se importam...
Nessa tragédia de erros mais ou menos voluntários, acabamos por perder, salvo honrosas exceções, o aspecto essencial do processo educativo: formar indivíduos equilibrados, responsáveis, solidários, criativos, conscientes das imperfeições da natureza humana, mas ainda assim desejosos de construir um sentido para as suas vidas que seja mais denso do que a acumulação de riqueza ou do que a busca desenfreada pela fama.
E o resultado dessa perda crucial, nós o vemos diariamente: um número sempre maior de pessoas desprovidas de coragem para enfrentar o absurdo da existência, agarrando-se a qualquer coisa que lhes permita esquecer a irrelevância das suas vidas; que buscam inutilmente nos outros o que só podem obter em si mesmas e que por isso mergulham num egoísmo malsão, que tudo pede e nada dá, que tudo suga e nada fecunda; que abdicam da lucidez em nome de qualquer credo, perdendo-se no anonimato dos rebanhos e entregando-se, por fim, aliviadas, à redenção da mediocridade.
Espero equivocar-me, mas julgo que vivemos um momento muito perigoso da história mundial, em que a sobrevivência de um pensamento independente e crítico é quase impossível. No caso brasileiro, ao contrário do que se diz, poucas vezes houve um patrulhamento ideológico tão intenso. Apenas ele é, hoje, mais sutil -quase transparente-, já que, graças à "deseducação", a censura não opera mais "de fora", mas "de dentro" das cabeças, coadjuvada pelo massacre midiático do politicamente correto.
Muitos de nós tornam-se, por isso, tão "civilizados" que nem mais conseguem resistir à barbárie. Eu lamento, professores e crianças, mas não há muito o que festejar.
CLÁUDIO GUIMARÃES DOS SANTOS, 48, médico, psicoterapeuta e neurocientista, é escritor, artista plástico, mestre em artes pela ECA-USP e doutor em lingüística pela Universidade de Toulouse-Le Mirail (França).
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
O comportamento dos pais
No artigo anterior escrivi sobre as mães e seus filhos. Agora passo a escrever sobre os pais. Que tipo de pai você teve ? É claro que o comportamento dos pais é também influenciado pela geração deles, e, aparentemente é cíclico: pais condescendentes demais são substituídos por pais severos e exigentes e assim sucessivamente. Aparentemente esse comportamento é consequência do pensamento: não vou fazer com meu filho o que meu pai fez comigo. Vou fazer o oposto . . . A verdade é que conheci pais 100% bananas, 50% banana e 0% banana, para usar uma expressão coloquial. Existe o "paizão", que não disciplina e é um deslumbrado com o filho. Existe o intermediário, que "bate e depois assopra" e o pai disciplinador, severo e exigente, nos moldes medievais, que tinha a melhor comida e o melhor lugar na casa. Respeitado (na verdade temido, há quem diga que as palavras são sinônimos) por todos. Sua palavra era a lei e não podia ser questionada. Suas decisões irrevogáveis. É desse tipo de geração que ouvi a frase (que mais parece uma maldição): filho és pai serás ! Ou então: quem quer bons filhos os cria . . . O que sabemos é que os pais (e mães) de hoje estão criando os problemas de amanhã, que irão desaguar nos consultórios dos psicanalistas, quando seus filhos forem se tratar . . .
As mulheres e seus filhos . . .
Assunto delicado é a maternidade. Muitas mulheres fazem dela um objetivo de vida. Caso não sejam mães sentem-se inferiores as mulheres que tem filhos. Quanto desse pensamento é inato e quanto é imposto pela sociedade ? Recentemente vi uma matéria de uma certa psicanalista francesa que publicou um livro intitulado: 40 motivos para não ter filhos (ou coisa parecida). A mulher tem dois filhos adolescentes e diz que por isso pode falar com conhecimento de causa . . . Outra pesquisa faz cruzamento entre classe social e perspectivas futuras: conclui que para mulheres de baixa renda a maternidade "dá status". Eu acho que muitos tem filhos por serem "maria vai com as outras", ou seja, tudo mundo tem . . . deve ser bom. Existe muito narcisismo nessa decisão na minha modesta opinião: o desejo de que o filho seja o que não fui, tenha o que eu não tive e por aí vai . . . Como me disse a Andressa (quanto tinha 20 anos): Toda mulher quer casar e ter filhos, e aquela que disser que não está mentindo. Como tudo que tem a ver com o "social" as mudanças nessa área são lentas mas parecem já estar em curso. Eu conheci algumas mulheres que pesaram os prós e contras de ter filhos e preferiram ser nuliparas. É claro que essa decisão ter muito a ver com a idade da mulher e a disponibilidade de um parceiro ideal. Um maridão rico é um ótimo candidato a pai, pois pode fazer frente a despesa, substituindo inclusive o trabalho da mãe, através da compra do trabalho de empregadas, babas, cozinheiras, etc. A outra variável, a idade da mulher, é mais ou menos igual para qualquer mulher: os médicos recomendam que as mulheres engravidem após a adolescência e de preferência até os 27 anos (para o primeiro filho). Infelizmente como os "maridões ricos" são poucos, para o número de mulheres desejosas de serem mães (pelo menos na juventude/idade adulta) a conta não fecha, ou seja, deveremos ter, entre as classes mais ricas, cada vez menos filhos. Esse fato já foi detectado pelo censo. Para ser um "maridão rico" existe a dificuldade de ganhar dinheiro no início da carreira. Restam aqueles que são ricos por terem nascidos ricos (e cujos pais e avós lhes permite o acesso a riqueza). Outra consequência é o aumento do número de casais em que o marido poderá ser bem mais velho que a mulher: Ele mais bem estabelecido deverá ter mais dinheiro e ela sendo jovem poderá dar vazão ao seu desejo de ser mãe. Talvez seja por isso que as estatisticas dos cartorios tem mostrado aumento da idade ao casar para ambos os nubentes, mantida a diferença de mais de 5 anos do noivo para a noiva.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Perdoar ou Vingar-se ?
Um dos primeiros contatos que tive com a vileza e mau carater humano foi numa blitz quando era estudante de engenharia. Eu tinha passado a noite estudando e sai "voando" de moto para ir fazer a prova na cidade universitária, que era bem distante da minha casa. Pois bem, no meio do caminho surgiu um congestionamento. Eu tinha uma motocross, propria para andar por cima de tudo , inclusive de guias, sargetas e calçadas, e não tive dúvidas: peguei a calçada. Logo a frente descobri o porque do congestionamento: um comando do policiamento de trânsito. Os idiotas estavam bloqueando simplesmente a Av dos Bandeirantes as 7:00 da manhã. Pois os guardas me pararam. Eu que estava apressado para fazer a prova, e sem ter idéia de como esses infelizes que vestem uma farda, e ganham a miséria de 2.000,00 por mês, são prepotentes e ignorantes, cai na besteira de pedir para andarem depressa com a multa. Foi a gota d' água para aqueles infelizes se revelarem. Fizeram questão de me ameaçar, apreenderam a moto e os documentos (procedimento ilegal) e depois sumiram com os documentos (nunca entregaram no DETRAN). Devido a isso fiquei sem a moto por meses, além de obviamente ter perdido a prova. Hoje sei que fiquei deprimido também. Tudo por conta de um prepotente soldadinho, que acha que é muito importante por ter uma arma e um uniforme. Essa foi apenas uma das muitas experiências que se seguiram com a "lei" e seus agentes, em todas elas verifiquei que são todos uns despreparados. Quero muita distância dessa gente idiota. Outro contato com a "vingança" foi na minha separação. Minha ex mulher fez questão de me infernizar. Usou de todo tipo de torpeza e artificios para tentar se vingar de mim. Ali também tive contato com esses seres inferiores que desejam vingar-se, pois sentem-se prejudicados e injustiçados. Imagino que a maioria dos processos na justiça do trabalho sejam de empregados que querem vingança contra seus empregadores. O Brasil é um dos paises com mais processos trabalhistas no mundo. No emprego me lembro também de uma experiência quando trabalhava em informática: o sistema caiu e fui verificar na área de cobrança como estava por lá. Pois um infeliz (para trabalhar em cobrança só podia ser) me atacou, dizendo que tinha muito trabalho a fazer e que eu o estava prejudicando por eu ser de sistemas. Aconteceu outras vezes, quando um bebado armado bateu no meu carro e quis por a culpa em mim. Ao contrario desses animais (não consigo imaginar outra palavra para descrevê-los) eu sempre fui um cara pacífico por natureza, apreciador do diálogo e da exposição de motivos para convencer a outra parte. O mesmo comportamento adoto com relação a falhas de fornecedores/prestadores de serviço: demoro a trocá-los quando cometem falhas. Sei que podem estar num dia ruim ou que circunstâncias alheias a sua vontade podem tê-los impedido de ter uma boa performance. Somento os troco quando uma grande falha acontece ou quando as falhas não são corrigidas ou se repetem com muita frequência no tempo. Procuro sempre contemporizar. No entanto conheço outras pessoas que são imediatistas e vingativas: pisou no dedão do pé delas recebe um tiro no rosto . . . numa abordagem psicanalítica essas pessoas são NEURÓTICAS: têm uma reação desproporcional ao estímulo. E elas são muitas . . . A vingança se manifesta nos assassinatos premeditados também, que são a grande maioria. Perdoar quer dizer esquecer. Quem não esquece não perdoou de verdade . . .
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Mercados Financeiros
Li recentemente que o maior mercado fianceiro do mundo é o de câmbio. Todo dia de 3 a 4 bilhões de dólares são transacionados pelo mundo afora. Ninguém consegue controlar esse mercado . . . daí os "ataques especulativos" as moedas, como acontece de tempos em tempos. Segundo li, as reservas brasileiras de 200 bilhões de doláres seriam pulverizadas, em caso de tentar segurar as cotações do dolar, como era no tempo da âncora cambial do plano real. Naquela época aconteceu algo semelhante . . . a cotação "explodiu", de uma hora para outra. Essas mudanças bruscas transferem riqueza de uma forma abrupta e especulativa. Geram inflação, pois a importação de insumos é muito grande em qualquer economia de porte. Nas economias dos países ricos as cotações são muito mais estáveis, evitando-se o enriquecimento de uns e o empobrecimento de outros. O câmbio é uma variavel muito importante nos investimentos ao redor do mundo. De uma hora para outra os salários no Brasil foram desvalorizados, de forma que comprar trabalho aqui ficou muito mais barato para quem tem receita em dólares. Da mesma forma, quem ganha em dolares pode agora vir para o Brasil e "fazer a festa", como foi regra durante muitos anos, na época da hiper-inflação.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
O Prazer
Sabemos que o prazer é conseguido de forma diferente para diferentes pessoas. Pesquisa feita na europa constatou que muitos europeus preferem ver futebol a fazer sexo com sua mulheres. Não sei detalhes da pesquisa, tais como a idade desses homens. O mesmo vale para mulheres, que preferem fazer compras a ter sexo. A verdade é que certas pessoas tem orgasmos mentais com coisas absolutamente distintas. Deve existir gente que vibra com a vitória do seu time de futebol, outros que se regozijam com alguma vingança. Falando sobre vingança, li recentemente que a maioria dos assassinatos premeditados é por vingança. Deve ser verdade, pois latrocínios (roubos seguidos de morte) são muito poucos e mortes por impulso também (as pessoas são cada vez menos impulsivas e mais pasteurizadas).
Descrição Sucintas das Profissões
Em uma palestra que tive oportunidade de ir, do Max Geringher, ele disse que seu pai resumia as profissões existentes em três tipos básicos: aquelas em que se trabalhava em pé (operários), sentado (escritório) e andando (vendas). Ele disse que seu pai trabalhava em pé e que ele lhe recomendou escolher uma profissão para trabalhar sentado. Achei a explicação ótima. Professores trabalham em pé e sentados. Dentistas trabalham sentados. Médicos sentados e em pé (cirurgiões). Engenheiros sentados e andando. Advogados sentados (em pé no juri apenas). Outra definição que ouvi foi a de que as pessoas mais humildes ganhavam seu dinheiro usando as mãos em oposição as que tinham profissões intelectuais (o poder da caneta ou do computador hoje em dia). Só que existem exceções: dentistas e cirurgiões ganham a vida com suas mãos. Artistas e políticos com sua cara (ou corpo). De qualquer forma gostei da definição do Max . . . ela me pareceu espirituosa.
sábado, 18 de outubro de 2008
O Capitalismo e os Mercenários
O capitalismo pode ser definido como um sistema que visa o máximo lucro, a ser obtido com o maior preço de venda possível e o menor custo. Estamos cansados de ver "empresários" que fazem de tudo, sem o menor escrúpulo, para aumentar seus lucros. Como exemplo me vem a memória o caso da soda cáustica no leite longa vida. Isso sem falar naqueles que arrecadam impostos dos funcionários (como INSS e IR) e simplesmente se apropriam dos mesmos. Adicione-se a estes aqueles que não registram seus funcionários. Sabemos que muitas atividades não conseguem impor seus preços ao mercado, devido a grande concorrência. Para essas atividades o maior lucro virá necessariamente de quem conseguir o menor custo, significando muitas vezes em pagar salários aviltantes. Da mesma forma que existem "mercenários" entre os empresários, também existem entre profissionais liberais: tentei marcar consulta com um médico que simplesmente escolhe se atende pessoas do convênio ou não, conforme "seu fluxo de clientes". Quando tem muitos pacientes particulares, manda a secretária dizer que não atende o convênio. No entanto, não pede o descredenciamento, por ser estratégico, num momento de baixa do movimento. Com relação a profissionais liberais, também fui vítima de advogado. Quando se recebe uma intimação você tem 7 dias para contestá-la. Praticamente não dá tempo de procurar um profissional competente por um preço justo e a situação permite que você seja extorquido. Outra situação aconteceu recentemente com relação ao "Ford Mobility", que é uma espécie de garantia adicional para veículos da marca Ford: para fazer jus a garantia você é obrigado a fazer as revisões períodicas na concessionária e novamente você é extorquido. O conflito que fica na mente do consumidor é o seguinte: quem sabe faço a revisão e ela custa pouco, de forma que o acesso a eventual garantia valha a pena. Quem elaborou o programa imaginou isso antecipadamente. Parece que a regra é sempre essa: cobre o máximo possível, aproveite a situação, se estão te procurando é porque não tem opção. Isso vale também para compra e venda de veículos ou imóveis. Basta anunciar e recebe-se várias propostas indecentes. Para defender-se disso, principalmente em imóveis, infla-se os preços de forma artificial. Novamente temos os "ratos" pensando em levar vantagem. Não gosto de ratos. Nem de cafajestes, os quais, acredito serem bem próximos destes. O mesmo valendo para "alpinistas sociais" de todos os tipos. Gosto de ética, princípois e escrúpulos e de empresas que valorizam esses valores.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Família, Comportamentos e Negócios
Sabemos que a grande maioria dos negócios existentes são familiares. E mesmo aqueles que hoje são companhias abertas, com ações cotadas em bolsas de valores, um dia foram empresas familiares. O que faz uma familia ser bem sucedida nos negócios e outras não ? Quem nunca ouviu acusações de que um determinado familiar está roubando os demais ? Ou então quem não fez uma transição desastrosa entre gerações ? Pois eu ouvi e vi esses fatos acontecerem na minha família materna. Nela valeu o ditado brasileiro: Pai rico, filho nobre e neto pobre. Já outras familias tornaram-se as mais ricas do Brasil, como os Setubal do Itaú, por exemplo. Muitos livros foram escritos sobre quando e como profissionalizar um empreendimento familiar. Temos também o ditado de que "o olho do dono que engorda o boi". Quando não existe equilíbrio fica difícil um negócio continuar. Qual trabalho deverá ser melhor remunerado, na situação dos sócios que trabalham na empresa ? Quem deverá dar a palavra final em caso de discordância ? Essas são as questões mais óbvias que me ocorrem. Elas também podem ocorrer no microcosmo familiar, quando um casal não se entende. Um casamento não deixa de ser uma sociedade em termos legais. E os problemas sucessórios podem ocorrer com a morte dos sócios, caso não tenha sido feito um testamento com cláusulas adequadas para afastar a intromissão de pessoas alheias aos negócios. Mesmo na separação do casal isso pode acontecer . . .
Todos esses problemas podem colocar pais e filhos em conflito, com a consequente quebra dos vínculos familiares. Infelizmente isso aconteceu também na familia do meu tio materno. E como diz o Sr. Flavio Gikovate: muitas familias podem ser comparadas ao inferno, devido aos seus processos internos, que fazem seus membros sofrerem horrores.
Todos esses problemas podem colocar pais e filhos em conflito, com a consequente quebra dos vínculos familiares. Infelizmente isso aconteceu também na familia do meu tio materno. E como diz o Sr. Flavio Gikovate: muitas familias podem ser comparadas ao inferno, devido aos seus processos internos, que fazem seus membros sofrerem horrores.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Sobre Ferraris e Casamentos
O evento do ano (e de muitos próximos anos provavelmente) foi o casamento da Fernanda nos Jardins em São Paulo, neste dia 11 de Outubro de 2008. Por sinal, na entrada da igreja havia uma Ferrari conversível a espera da noiva do casamento anterior. São vendidas apenas umas 12 Ferraris por ano no Brasil. Resultado do preço de até 1,5 milhões de reais (antes da desvalorização e outras mumunhas). Interessante a venda de carros importados no Brasil: Quando o dolar desvalorizou-se o preço não diminuiu em reais. O mercado aparentemente é inelástico (ai meus conhecimentos de economia). Existem marcas que fixam seus preços em dolar, como a Mercedes Bens. Interessante que muitos dos itens que compõe o custo desses modelos são pagos em reais. Gosto de probabilidades . . .e acho que ninguém na família terá uma Ferrari (pelo menos aqui no Brasil). Da mesma forma, acho que o próximo casamento nos jardins pode demorar até uma década, ou mais, uma vez que alguns parentes que tem $$$ para tanto não estão interessados em dar festa para os outros. Preferem ficar com seu rico dinheirinho rsrsrsrs. No entanto eu já fui convidado para dois casamentos anteriormente ao da Fernanda, nos jardins. Um na Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e outro na Igreja São José, da rua Dinamarca. Um deles continua até hoje, é o da Rossana, amiga de faculdade da minha irmã. O outro foi o da minha amiga Márcia, que se acabou em algum momento nos anos 2.000 . Gosto de casamentos, principalmente daqueles que são sinérgicos. Festa . . . amigos e parentes.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A Lição do Padre da Opus Dei
Tive um amigo na faculdade que era da Opus Dei (para quem não conhece, uma polêmica "prelazia pessoal do Papa") ou resumidamente, um braço de extrema direita da igreja católica. Pois bem, em 1987, numa crise pessoal, esse meu amigo me convenceu a conversar com um padre de lá. A conversa foi instrutiva, principalmante para um jovem como eu, que tinha 22 anos na época. Eu me lembro de que ele disse que na nossa vida temos quatro pilares: trabalho, familia, amigos e mulher/namorada/companheira. Ele me explicou que quando temos problemas em uma dessas áreas, estamos relativamente bem e sob controle. Quando temos problemas em duas das áreas, a coisa está ficando perigosa, e quando temos problemas em três, então precisamos de ajuda urgente, para não ficarmos doentes. A probabilidade de ter problemas nas quatro áreas nem foi cogitada, mas suspeito que se isso ocorrer, o sujeito se suicida. Quando tive problemas de saúde em 1998, as áreas do trabalho e da ex-mulher estavam "bombando". A familia não estava quande coisa, com os problemas crônicos do meu pai. Restavam os amigos . . .
Amigos de Novo
Minhas observações ao longo da vida me fazem acreditar que amigos verdadeiros são poucos. Não vejo as pessoas em geral ter amigos. Não acredito nessas pessoas que adicionam centenas de pessoas como "amigos" no ORKUT. Acho que fazem isso por espírito de emulação, para concorrer com os outros e se vangloriar: veja ! eu tenho mais "amigos" que você . . . sou mais popular . . . Meu pai dizia que temos 5 dedos em cada mão e não temos 10 amigos de verdade. Meus amigos são basicamente de infância. Eu tive a felicidade de conhecê-los numa época em que a competição era pequena e havia mais homogeneidade entre nós. Hoje em dia as crianças já são contaminadas com comparações desde o berço, pois são transformadas em "consumidores" pela mídia desde sempre. Voltando aos meus amigos de infância, nós seguimos caminhos semelhantes: estudamos engenharia (o que não estudou exerce a "profissão" na prática) e mantivemos o mesmo nível sócio-econômico (se alguém fica muito rico ou pobre as coisas podem mudar). Constituimos família (de novo, se alguém fica solteiro pode ter outros interesses). Na média da classe média dois (de quatro, ou seja, 50%) se divorciaram. Vários fatores contribuiram para essas amizades masculinas portanto. Minhas outras amizades são femininas. Nesse caso existe muita confusão entre as pessoas: muitas não acreditam em amizade entre homens e mulheres. Talvez por julgarem o mundo por elas mesmas. Essas amizades surgiram de um "querer bem a outra pessoa", mesmo que essa pessoa seja do sexo oposto. É um sentimento chamado as vezes de amor cristão, pois é desinteressado de outras naturezas como a erótica. Reservo tempo para cada um dos meus amigos e amigas. Com alguns converso todas semanas. Com outros uma vez por mês. Tenho todos em alta estima e é isso que acho importante.
Amigos "traira"
A primeira vez que ouvi a expressão amigos "trairas" não entendi. Foi preciso que o meu amigo, que era meu interlocutor, me explicasse que traira significava traidor. Outro fato referente a esse assunto aconteceu quando li um artigo onde havia uma declaração sobre as amizades entre homens: Ela seria mais difícil e rara do que entre mulheres e estaria fundamentada no interesse de conseguir alguma vantagem. Seguiu-se um programa do globo reporter sobre amizade onde apareceram somente amizades entre mulheres e uma explicação: um hormônio feminino, chamado ocitocina, seria o responsável pela amizade entre elas. Juntando todas essas informações me lembrei de dois momentos onde algo semelhante aconteceu comigo: "amigos" da faculdade, que eu considerava, fizeram esse papel ridículo de tentar obter informações privilegiadas de mim. Realmente não conseguiram nada. Apenas o meu desprezo e a perda da "amizade".
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Ser Jovem nos anos 80 no Brasil
Isso aconteceu comigo (jovem é aquele que tem de 18 a 26 anos, lembrem-se). Pois completei 18 anos em 1982 e consequentemente atingi os 26 anos em 1990. Temo muitas lembranças ruins dessa época . . . o Brasil era uma porcaria de pais, com problemas crônicos de inflação, consequentemente não havia crédito para comprar as coisas que eu necessitava, e, quando havia os juros eram estratosféricos. Parte desse tempo vivi na ditadura militar (Tancredo foi eleito em 1985 se não me engano). Nem opinião politica podia-se ter. Não havia importação de bens de consumo e o nosso comércio exterior também era fraco. Amigos que tinham acesso aos famosos tenis "All Star" eram o máximo (esses tenis eram uma porcaria para os americanos, coisa de pobre). Nossos índices de desenvolvimento deviam ser bem mais próximos da Africa que hoje em dia. Os empregos eram escassos, não havia concursos públicos como hoje em dia. Para quem estudou engenharia como eu era um fiasco. O Brasil não investiu em tecnologia e grandes obras nos últimos 25 anos. Consequentemente, quando não há investimento, não existem bons empregos para engenheiros. A informação não circulava (obviamente não existia internet). Mesmo o acesso a livros era restrito (eu pelo menos vivia perto de uma Biblioteca Municipal e li muito, livros e periódicos). Os carros eram uma porcaria. Todo mês o carro ia parar na oficina. Um horror ! Inventaram o carro a alcool mas a tecnologia teve de ser desenvolvida e é claro aconteceram problemas. Um ícone da época foi o resuscitamento do Fusca, por idéia de um presidente infeliz chamado Itamar Franco, que por incrível que pareça era engenheiro !!!
Para terminar nossa sociedade era arcaica: as mulheres ainda estavam nos anos 50 em termos de comportamento. Nem parecia que a pílula tinha sido inventada em 1960 !!! Resumindo: foi muito difícil viver naquela época. Sem o auxílio de muita cerveja, vodka e whisky não havia quem engulisse aquela realidade. Havia os mais radicais que partiam para as drogas pesadas como existe até hoje e acho que sempre existirão. Depois vieram os anos 90 e a situação do pais só piorou com a hiperinflação. O panorama só começou a mudar em 1994 com o advento do plano real, mas essa história vai ficar para um outro artigo . . .
Para terminar nossa sociedade era arcaica: as mulheres ainda estavam nos anos 50 em termos de comportamento. Nem parecia que a pílula tinha sido inventada em 1960 !!! Resumindo: foi muito difícil viver naquela época. Sem o auxílio de muita cerveja, vodka e whisky não havia quem engulisse aquela realidade. Havia os mais radicais que partiam para as drogas pesadas como existe até hoje e acho que sempre existirão. Depois vieram os anos 90 e a situação do pais só piorou com a hiperinflação. O panorama só começou a mudar em 1994 com o advento do plano real, mas essa história vai ficar para um outro artigo . . .
domingo, 5 de outubro de 2008
Bullying
O "bullying" sempre existiu nas escolas e eu fui vítima dessa violência. Essa prática consiste em hostilizar pessoas indefesas mormente por elas serem diferentes. Um grupo se une contra a vítima, passando a agredí-la verbalmente e/ou fisicamente. As agressões indiretas (ofensas, calúnias, injúrias e difamações) são perpetradas mais por mulheres. Já a agressão física direta é mais praticada pelos homens. Fui vítima da colocação de apelidos no ginásio. Esses apelidos procuravam ridicularizar-me e eram fundamentados na aparência física. Eu acho que a origem desses apelidos eram a invenja de muitos por eu ser bom aluno, querido pelos professores. Todos que se destacam de alguma maneira são em geral hostilizados. O bullying se repetiu no segundo grau, na terceira série, de novo por eu ser o primeiro aluno da classe. Existiram outras vítimas também. No meu caso as ofensas eram na forma de "musiquinhas". Como é típico nesses casos eu nada podia fazer para defender-me e a escola também nada fez, mesmo porque nem pensei em denunciar a direção o que se passava. Fiz o mesmo em casa, ou seja, meus pais nunca souberam dessas tentativas de humilhação por que passei. Felizmente com o termino do colegial essa página infeliz foi encerrada e nunca mais voltou.
sábado, 4 de outubro de 2008
Avaliações, Variavéis e "Ranking"
Um modo "matemático" de analisar qualquer situação mais complexa é dividir o "problema" em partes quantificáveis ou qualificáveis (variaveis). Na prática são quesitos. Para cada quesito damos uma nota e um peso. Depois multiplicamos a nota pelo peso e somamos para todos os quesitos. Fazemos isso para cada hipótese a ser testada. O peso de cada quesito variará conforme a necessidade da pessoa naquele momento da avaliação. Exemplo: Compra de uma casa. Quesitos: localização, preço, área construida, numero de quartos, numero de vagas na garagem, quarto de empregada e tudo mais que a pessoa desejar avaliar para tomar uma decisão racional. Os pesos variam conforme a pessoa naquele momento. Por exemplo: vagas na garagem: para uma familia com filhos em idade universitária pode ser muito importante. Nesse caso daríamos o peso 3 por exemplo. Para um velhinho de 80 anos que não dirige mais poderia ser peso 1 apenas. Após essa "ponderação" inicial partimos para as casas e após compará-las damos notas para os quesitos. Depois multiplicamos as notas pelos pesos e somamos, fazendo um ranking em ordem decrescente. Ai fica fácil ver porque uma escolha é melhor que a outra e decidir da forma mais racional possível. Este método é muito útil para finanças de uma forma em geral. Para assuntos sentimentais sua aplicabilidade é mais limitada . . .
O Tempo de Cada Um
Muito já escrevi sobre diferenças, modos de pensar e atitudes de grupos e pessoas. Esse assunto me fascina, pois permite um tipo de investigação da essência do pensamento das pessoas e até a especulação de porque elas são como são. Numa cidade do tamanho de São Paulo, quarta maior cidade do mundo, encontramos de tudo em termos de tudo: tribos, objetos, lugares. É um ótimo laboratório . . . O título de hoje me leva a refletir sobre a obsolescência de modos de pensar e das próprias pessoas. Existem pessoas que ficam paradas no tempo. Suas idéias não correspondem aos fatos como disse o Cazuza . . . Talvez isso tenha a ver com o envelhecimento embora possa ser visto em pessoas jovens também. Gente atrasada . . . cheia de manias e crendices. Pessoas que tem idéias que foram válidas em décadas passadas . . . que não estudaram estatística, que acreditam em premissas falsas e que, portanto, podem provar qualquer coisa. Os cientistas sociais falam em gerações . . . eu me lembro de como as coisas eram há 20 ou 30 anos atrás. A evolução tecnológica, as mudanças nos costumes. Também acompanhei as soluções adotadas por uma sociedade diferente da nossa (a americana). Sempre mantive-me atualizado e atento ao que acontecia. Sempre tive interesse em conhecer mais e mais. Concordo que algumas coisas nunca mudam. Essas coisas são poucas, felizmente ou infelizmente para alguns.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Filhos Emocionalmente Saudáveis
Esse é o título do livro que estou lendo atualmente. O título completo é ainda mais animador: Filhos emocionalmente saudáveis - íntegros, felizes, inteligentes. Não parece uma maravilha ? Com um título desses deveria ser entregue a cada pai/mãe na hora de retirar o filho da maternidade. Confesso que fui atraído pelo título. Nunca tinha ouvido falar nesse livro, nem no seu autor, o Sr. Stanley Greenspan. O autor tem um currículo respeitável: Ele é psiquiatra infantil e psicanalista infantil entre outras coisas. Estou lendo o livro e ele só fala no desenvolvimento do recém nascido até 4 anos. Compara as interações e progressos que a criança tem nessa fase com o mais óbvio e facilmente reconhecível desenvolvimento físico e motor. O autor afirma que todas aquelas qualidades descritas no título dependem da atenção, tempo e dedicação da mãe/pai/cuidador da criança nessa fase. Caso as afirmações sejam verdadeiras (e o autor parece ter cacife para acreditarmos nisso) pode ser a explicação do porque encontramos tantos incompetentes em relacionamento humano na idade adulta . . .
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Casamentos, enterros e inventários !
Parece que essas serão as únicas ocasiões para encontrar parentes nos dias de hoje. Já ouvimos (mais de uma vez) pessoas da família dizerem que sua "família" eram apenas o conjuge e os filhos. É normal termos mais afinidade com alguns familiares e menos com outros.Ao contrário dos amigos, que escolhemos por uma proximidade, em geral intelectual, ou seja, concordamos com eles em vários aspectos da existência, os parentes já estão ai quando nascemos. Os amigos podemos dispensar, conforme nosso desejo. Já os parentes estarão ai ate´o dia em que um de nós morrer. É normal nos aproximarmos de quem tem opiniões parecidas com a nossa, embora os que discordam de nós são aqueles que podem nos fazer ampliar nossa envergadura mental. É o debate, que ganhou o nome de "brainstorm" em inglês. Sabemos que não são raros problemas dentro da própria família nuclear(pai, mãe e filhos) que se dirá na familia ampliada, com tios, tias , primos e primas.
As leis no Brasil
O Brasil é um pais de muitas leis e de uma grande instabilidade jurídica. Leis são criadas ao longo do tempo para regular o mesmo assunto. Isso é verdadeiro em assuntos "de longo prazo", como previdência social (as regras para aposentadoria) e em direito de familia, haja vista as regulamentações sobre sucessão e heranças, principalmente em se tratando de uniões estáveis. As regras mudam com relação ao casamento e divórcio também. E quando temos disputas judiciais fica claro o "rebu" que nos aguarda, com recursos e mais recursos as instâncias superiores, com inventários demorando até 20 anos para ter uma decisão final. O mesmo vale para os esbulhos que o governo efetuou nas contas de poupança nos tempos de hiperinflação. O prazo para recorrer a justiça é de 20 anos. Pode-se esperar mais uns bons anos até uma decisão final. Somente aqui no Estado de São Paulo foram ajuizadas 4 milhões e 200 mil ações em primeira instância no ano de 2008. Percebe-se pelo número como nossa sociedade é conflitiva. Percebe-se também o porque de tanta demora em termos uma sentença final. Neste exato momento temos dois inventários em andamento na família. Um já dura 5 anos e o outro 3. O de 3 anos já foi homologado e deve terminar em breve. Tudo isso é muito desgastante e custoso, sendo que o aspecto jurídico até prejudica o Brasil, quando o pais disputa investimentos estrangeiros.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
A Ignorância e a Teimosia
Temos enfrentado situações familiares onde a ignorância tem se mostrado de forma clara e inequívoca. Existem histórias várias, como a do tio que perdeu uma fortuna ao passar o comando dos negócios a primos ineptos ou a do primo que ficou parado no tempo e também perdeu dinheiro em uma sociedade com o cunhado. Temos o caso da minha filha, criada por avós de duvidosa capacidade (já erraram na criação dos próprios filhos). Agora outras questões estão emergindo: o tio que tem alzhaimer (desculpem mas não sei escrever essa palavra ainda) cujos rendimentos estão sendo recebidos não se sabe por quem e a tia que não tem muito tempo de vida, que não sabe disso (aparentemente) e que é teimosa quem um burro. Por fim existe o caso de mais uma tia, que já não fala e dá mostra de sinais claros de demência, que é assessorada por uma prima, prima essa que também é um osso duro de roer, e que, para prejuízo da minha tia, pensa que poderá movimentar a conta corrente da tia através da impressão digital dela. Em se tratando de assuntos de familia, meu pai conseguia ser aceito pelos seus familiares e todos aceitavam os seus conselhos. Agora que ele está morto, cada um mostra a sua cara, através das bobagens que fala. Eu tento ajudar mas muitas vezes minhas ponderações não são aceitas e é nessa hora que vejo o quanto minha vó tinha razão quando dizia: Na sua casa cada um manda. Ou como me ensinou meu pai: Você não paga as minhas contas e eu não pago as suas, então cada um na sua. Acontece que eu tenho um interesse quase científico com relação aos parentes. Uma curiosidade intelectual. Parecida com aquela que um psicanalista tem com seus pacientes. Eu tenho um real interesse por eles mas muitas vezes só posso observar. Ouço o que eles dizem e ouço muitas bobagens, daí a ignorância do título. A teimosia é quase uma consequência da ignorância: caso o ignorante não fosse teimoso, escutaria o que outros lhe dizem, ponderaria, ou procuraria se informar, e, então, mudaria seu ponto de vista, ilustrando-se. Aprendi, inclusive por força da profissão que exerci, a de auditor, que a maioria dos problemas acontecem nas "interseções" ou nas passagens (de informações, dinheiro, dados) entre as pessoas ou nas trocas de pessoas e/ou fornecedores. Para que essas transações funcionassem era preciso competência por parte das pessoas envolvidades e boa comunicação, ou seja, que as pessoas falassem a mesma lingua e se entendessem. Estamos numa fase familiar em que essas "transações" estão em andamento, com tios e tias idosos, sem filhos, necessitando passar adiante seus bens, rendimentos e a própria responsabilidade sobre si mesmos. É portanto um momento delicado e como aprendi ao longo da vida, sujeito a todo tipo de problema. Poderia ser diferente mas infelizmente não é essa a realidade. Precisamos de bons administradores, honestos e competentes, que queiram doar-se para cuidar de nossos tios e tias. Quem se habilita ?
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Descobertas do Censo de 2007
Finalmente algumas coisas estão mudando no Brasil em relação a composição das famílias. Embora ainda timidamente, algumas famílias estão adotando um modelo que eu conheço há uns 20 anos, chamado de dinc, abreviação de "double income no children" (eu também conhecia por dink = "double income no kids") que quer dizer em português: dupla receita sem crianças. Ou seja, casais que optam por não ter filhos (pelo menos durante um tempo do casamento) até o momento que julgarem conveniente ou não adotar essa empreitada. São casais situados no topo da pirâmide social e economica, estando entre os 10% mais ricos aqui do Brasil. Ouvi comentários a respeito e uma coisa que me chamou a atenção foi a "mudança" ocorrida nas mulheres, que estão se distanciando do padrão "animal" de se acasalar e imediatamente ter a cria rsrsrsr. Por muito tempo a maternidade (e a consequência dela, a formação da familia) foi quase unipresente aqui no Brasil. Quem se insurgia contra os dogmas vigentes era execrado. Basta lembrar que os familiares sempre perguntavam quando você ia casar (para as mulheres) e depois de casar, quando iriam ter filhos. Não ter filhos era quase uma maldição. Todas tinham de casar e ter filhos . . . Tenho uma amiga que se casou com medo de ficar para "titia" . . . acho que essa questão tem a ver com o "crescei e multiplicai-vos" e com a natureza da mulher, o que a cultura parece estar modificando, também graças as mudanças ocorridas na vida de todos nós.
Familias Americanas X Familias Brasileiras
Já falei um pouco aqui das diferenças entre Estados Unidos e Brasil, tal como ser protestante ou católico pode mudar completamente a visão do mundo da pessoa, basta dizer que a palavra lucro no latim vem de "logro" e profit (a palavra equivalente em inglês) vem de proficiencia, que é fazer as coisas bem feitas. Ou seja, quem tem lucro no Brasil é quem logra alguém. Já nos Estados Unidos teria lucro quem faz alguma coisa bem feita. Parece familiar não ? Pois bem, existem outras diferenças. Por exemplo: Nos Estados Unidos espera-se que os filhos se tornem independentes dos pais ao atingirem 18 anos. Nessa idade ou os filhos se mudam para o local onde está a Universidade que irão cursar ou então começam a trabalhar e passam a se sustentar sozinhos. Caso os filhos continuem morando na casa dos pais, esses em geral cobram uma pensão do filho, para mostrar claramente que aquela não é mais sua casa. É claro que tudo isso é facilitado pela sociedade americana, onde os juros são muito baixos (pelo menos até a recente crise). Nos Estados Unidos é comum comprar-se carro e casa tão logo se tenha um emprego estável, graças ao crédito farto. Aqui no Brasil existem dificuldades com relação a esse aspecto. Também nos Estados Unidos as visitas dos filhos aos pais são mais esparsas, não existindo uma coisa tal como os almoços de domingo que temos aqui no Brasil, onde são reunidos todos os filhos e agregados a mesa, as espensas dos pais. No minha opinião existe excesso por parte de muitas familias brasileiras, que querem super proteger os filhos, criando pessoas imaturas e infantis, despreparadas para a vida, que não raro ficam para sempre na casa dos pais, mesmo tendo condições de viverem por conta própria. Isso quando não se casam e fazem da vida do conjuge um inferno, como aliais aconteceu no meu primeiro casamento.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Banco General Motors S/A
Este foi meu segundo emprego. A empresa cuidava da parte financeira da General Motors do Brasil e era composta por 4 empresas, a saber: Banco General Motors, General Motors Leasing, Consórcio Nacional GM e GM factoring. Fui auditor geral de todas essas empresas. O que na Kodak era uma unidade entre outras três (finanças, junto com vendas e manufatura) no Banco era a atividade fim. Tinhamos a clássica divisão entre diretoria financeira (com a contabilidade e seus departamentos anexos) e a Tesouraria. O Banco tinha por objetivo financiar a venda dos carros produzidos pela General Motors. Sem financiamento, bens duráveis como os carros não seriam vendidos e a indústria fecharia. O objetivo era escoar a produção dos carros e por isso muitas taxas de juros eram subsidiadas pela manufatura. O dinheiro para financiar era captado no mercado e a tesouraria tinha o "caixa" da GM sob sua custódia. Por ser um banco, tinhamos uma mesa de operações e portanto não pagávamos "pedágio" a outras instituições para captar ou aplicar recursos. Enquanto a Kodak era uma empresa do setor secundário da economia (comércio e indústria), o banco é uma empresa do setor terciário (serviços). A estrutura na época em que trabalhei lá tinha uma 12 filiais espalhadas pelo Brasil e uma das minha funções era auditá-las. Foi também uma ótima escola e um bom lugar para trabalhar, apesar dos problemas pessoais que tive nesse período.
Kodak Brasileira Comercio e Industria Ltda
A Kodak foi meu primeiro emprego. Depois de uma passagem rápida pela área de assistência técnica, fiquei um ano na área de informática (telecomunicações) e finalmente terminei na área de auditoria, onde efetivamente fiz carreira. A Kodak era uma empresa de tecnologia avançada, a segunda que mais emitia patentes nos E.U.A (a primeira era a 3M). Possuia em 1980 o maior parque industrial continuo do ocidente, na cidade de Rochester, localizada no estado americano de Nova York. Na condição de auditor eu tinha acesso a todas as áreas e departamentos da empresa. Efetuava revisões e tinha de compreender o "negócio" e recomendar melhorias e/ou correções de forma que os objetivos da alta direção fossem atingidos. A empresa era sofisticada e adotava técnicas modernas de administração, importadas da matriz americana. Em termos de administração, as empresas americanas são referência e os Estados Unidos continuam a ser a maior economia do mundo. Por isso acho interessante descrever a estrutura que existia na empresa quando lá trabalhei. Tratava-se de uma empresa de bens de consumo, cuja produção era bastante sofisticada. Com produtos dessa categoria tinhamos três grandes áreas: a diretoria financeira, a diretoria de marketing/vendas e a diretoria industrial. A parte essas grandes áreas, tinhamos vários departamentos que se reportavam diretamente a presidência, como jurídico/legal, distribuição, recursos humanos, informática. Esses departamentos eram chamados de "staff" e as três grandes áreas eram chamadas de "linha". Essas denominações designavam as caracteristicas dos departamentos, ou seja, a "linha" era inerente a finalidade da empresa e o "staff" seriam áreas não essenciais ao negócio mas necessárias para suportá-lo. O organograma era bastante mais complexo e foi se adaptando ao longo do tempo e as condições que a empresa enfrentou para sobreviver. O mesmo aconteceu com os profissionais contratados e demitidos da empresa. O negócio principal da empresa era "imagem" e mudou depois para informação na forma de imagem. Esse foco era bastante interessante, já que 60% da informação que chega ao cérebro das pessoas vem da visão e uma imagem vale mais de 1000 palavras (provamos isso matematicamente na faculdade de engenharia). Foi uma experiência e tanto ter trabalhado nessa empresa.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Escola Politécnica da USP
Talvez a mais famosa escola de engenharia da país junto com o ITA - Instituto de Tecnologia da Aeronautica, com a distinção de que o ITA é uma escola pequena e isolada, tem uns 600 alunos apenas, enquanto a POLI deve ter uns 4.000 alunos só na graduação. A POLI é uma escola mais que centenária e o ITA tem uns 60 anos. Passar no vestibular para estudar na POLI é mais fácil que sair de lá formado, tamanha a dificuldade que os alunos enfrentam. O número de especialidades que a POLI oferece é muito superior ao que o ITA oferece. Hoje em dia as coisas parecem que melhoraram e o número de formandos da POLI aumentou. Posso falar um pouco da especialidade de engenharia eletrônica. Uma das especialidades mais difíceis, com muita, mas muita matemática e estatística. Uma especialidade cujo conhecimento dado na graduação fica obsoleto em cinco anos ou menos, obriga a escola a dar o básico ao aluno e o mesmo que se especialize no trabalho, conforme a necessidade do lugar em que ele for trabalhar. E por mais incrível que pareça é uma área de difícil inserção, pois quase tudo é "importado" e específico. Diferente da engenharia mecânica que é um "faz tudo" na indústria. Ou do engenheiro civil, que também dificilmente pode ser "importado". Os mais bem sucedidos nestes últimos 20 anos de sucateamento da engenharia foram os engenheiros de produção, que foram absorvidos pelos bancos e hoje são diretores e presidentes. Os outros estão por ai na luta, como meus amigos Alvaro e Nelson. Muitos abandonaram a profissão (lembrem-se de que só 33% exercem a profissão segundo pesquisa realizada recentemente). E assim vamos !!!
A Capacidade de Pensar Criticamente e Ter Opinião Própria
Muito da minha capacidade de pensar criticamente e ter opnião própria foi fruto da minha experiência escolar. No colegial tinhamos que resolver provas enormes (eram "cadernos" de prova) onde muitos problemas eram "originais" (não havíamos visto exercícios idênticos na sala de aula) e muitos eram extraídos de vestibulares. Depois na universidade a coisa evoluiu, pois praticamente somente de 20 a 30% da matéria era dada em sala de aula. Os restantes 70 a 80% tinham de ser aprendidos por conta própria, através de livros os mais variados, listas de exercícios que não eram corrigidas pelos professores, apostilas e tudo o que fosse possível. Os professores estavam muitas vezes preocupados com suas teses de mestrado e doutorado, que lhes trariam $$$ e viam as aulas como algo de que não podiam se livrar de bom gosto. Conclusão: muitos eram péssimos professores, sem nenhuma didática e como eram funcionários públicos não temiam uma eventual demissão. Para enfrentar essas dificuldades eu tinha que usar o cérebro e isso me ajudou a conseguir a capacidade de pensar criticamente e ter opinião própria, coisa que a maioria das pessoas evita, conforme podemos observar em vários artigos publicados aqui anteriormente (juventude amorfa, a educação das crianças atualmente, rotina e previsibilidade e outros mais).
Profissões Clássicas: Engenharia, Direito e Medicina
As profissões clássicas são engenharia, direito e medicina. Cerca de 40% dos vestibulandos optam por essas carreiras. No vestibular da FUVEST, os treineiros concorrem a carreiras fictícias nas áreas de humanas, biologicas e exatas que simulam os pesos dessas carreiras. O ditado popular diz que o engenheiro é o mais inteligente, o médico trabalha mais e o advogado ganha mais. Devem existir mais de 150 carreiras universitárias atualmente mas, as profissões clássicas têm maior número de formandos por uma razão social: são profissões (teoricamente) muito necessárias. Digo teoricamente porque, nos últimos 30 anos, a engenharia no Brasil foi sucateada, não pelas escolas, mas pelo mercado (incluído o governo). Os advogados se multiplicaram tanto que o Brasil é conhecido como o país dos bacharéis. Já a qualidade dos futuros advogados deixa a desejar, como provam os exames obrigatórios da Ordem dos Advogados do Brasil. Quanto aos médicos não é diferente: exceto os formados por escolas conceituadas, os demais pagam caro e têm um ensino ruim, fato comprovado por exame realizado pelo CREMESP em exame facultativo. Eu particularmente tenho conhecimento como engenheiro de formação que sou e também tenho experiência como cliente de advogados e de médicos. Até hoje conseguimos nos salvar . . .
Universidade de São Paulo - USP
Ano que vem a Universidade de São Paulo estará comemorando 75 anos desde a sua fundação em 1934. Comparada as universidades da europa, Estados Unidos e até mesmo da américa latina, a USP é uma criança. Mesmo assim, a USP é a melhor universidade em termos de classificação internacional do Brasil. Tive o privilégio de estudar na USP. Por duas vezes passei no vestibular da FUVEST (o maior vestibular do pais), para carreiras concorridas e de díficil aprovação, ou seja, engenharia na Escola Politécnica e Administração de Empresas da FEA. Infelizmente tive de escolher cursar apenas uma das escolas para as quais fui aprovado, e optei pela POLI. Algumas carreiras não são tão concorridas mesmo na USP, e, dentro da própria universidade existe uma elite. Temos portanto uma elite intelectual (entrar na USP), quando comparado com outras faculdades confessionais ou particulares com o mesmo curso. Assim, falar que um aluno de historia da USP deva ser melhor preparado que outro de uma faculdade qualquer é razoável. O que não é tão obvio é que um aluno de administração, digamos da PUC, pode ser melhor preparado que um aluno de história da USP. Mesmo dentro da Escola Politecnica (POLI) existia uma disputa pelas áreas de engenharia mais cobiçadas, uma espécie de vestibular interno, onde os melhores classificados escolhiam a área e a engenharia específica que iriam cursar. Qualquer semelhança com a Academia Militar das Agulhas Negras me parece que não era simples coincidencia . . . Uma das melhores coisas de se estudar numa universidade do tamanho da USP, em particular na cidade universitária, é o contato com pessoas de todas as áreas. Para quem era curioso como eu, era uma maravilha explorar as bibliotecas dos diversos institutos, entrar nos diversos centros acadêmicos, participar dos inúmeros eventos abertos a toda comunidade, ver aulas magnas . . . foi um tempo de muitas descobertas, as quais alunos de faculdades isoladas com certeza não têm acesso. Bons tempos aqueles . . .
Colégios da Elite Paulistana
Recentemente li uma tese de doutorado com esse título. Interessante notar que o municipio de São Paulo tem quase 11 milhões de habitantes e a região metropolitana 20 milhões. Com esse tamanho é razoável esperar que existam colégios para os filhos dos muito ricos e também para os não tão ricos assim, que no entanto procuram educação de qualidade. Cada colégio tem um público (ou clientela) e uma filosofia. Li a tese, que embora não citasse nominalmente os colégios, permitiu pelos dados descritos saber que se tratavam do Colégio Bandeirantes, Colégio Santa Cruz e Colégio Agostiniano Mendel. Interessante notar que também li uma outra tese, feita com o mesmo objetivo (analisar os colégios da elite) mas que focou tempos mais antigos, quando os ricos ainda estavam ligados a oligarquia rural e a industrialização (décadas de 50, 60 e inicio da década de 70). Essa outra tese acompanhou a vida de vários alunos, através de vários anos, nos aspectos educacional, profissional, social e até matrimonial. Minha relação com esse assunto é um pouco mais íntima do que pura curiosidade intelectual, pois estudei no Colégio Bandeirantes de 1979 a 1981 (antigo segundo grau - atual ensino médio). Até hoje fui o primeiro e único membro das famílias Campos e Guadagnini que estudou nesse colégio. Não foi fácil . . . o colégio era muito exigente e tinha por princípio o pragmatismo e a competição aberta entre os alunos, pelo melhor desempenho acadêmico. O objetivo era passar no vestibular, preferencialmente nas mais conceituadas universidades existentes (USP, ITA, FGV, Paulista de Medicina - UNIFESP). Até hoje esse é o objetivo principal do colégio e esse objetivo tem sido atingido ano após ano, já que o colégio é reconhecidamente o que mais aprova alunos nessas escolas conceituadas. Eu mesmo sou um exemplo disso, já que fui aprovado para cursar engenharia na Escola Politecnica da USP, em 107 lugar, entre mais de 10.000 concorrentes (fiquei entre os 1% melhor classificados). Devo dizer que foi um trabalho de equipe: bons alunos, vindos de familias com boa estrutura e que valorizavam o estudo e bons professores/bom colégio. Devo também dizer que tudo isso foi fundamental para conseguir terminar o curso na Escola Politecnica, tarefa também desafiadora, pelas dificuldades inerentes ao curso de engenharia que é ministrado lá (40% dos meus colegas simplesmente desistiram ante essas dificuldades). Quanto aos outros colégios citados, somente posso repetir o que foi escrito na tese pois não estudei neles, nem tenho amigos próximos que o fizeram. Basicamente o Santa Cruz é destinado a elite mais rica e tradicional (que é elite a mais tempo), explicado até mesmo pelo sua localização, no bairro do Alto de Pinheiros, que tem, por exemplo, o maior IDH da capital, quiça do Brasil. Já o Agostiniano Mendel é um colégio confessional, dirigido por padres jesuítas se não me engano, que procura seguir o modelo do Bandeirantes, mas, ao contrario do Bandeirantes, utiliza-se de uma disciplina rígida onde o aluno é "monitorado" permanentemente. Aparentemente os próximos familiares a estudar no Bandeirantes serão meus sobrinhos(as): Cesar, Flávia e Claudia. Ficarei aguardando e torcendo para que eles também sejam bem sucedidos.
Reminiscências do Passado - 30 anos da Formatura do Ginásio
Fui localizado por um colega do ginásio - o Julio. Neste ano tivemos a efemeride de 30 anos da conclusão do antigo primeiro grau, hoje chamado de ensino fundamental. A turma se reuniu e recebi uma foto tirada em 1978, com os 55 colegas de turma (eram duas classes). Eu conclui o primeiro grau com 14 anos, pois não repeti nenhuma série. Bons tempos aqueles . . .minha maior preocupação era ir a sessões duplas de cinema, no cinema do bairro e comer no rodizio de pizza do Grupo Sergio. Olho a foto da turma muitas vezes (ampliada) e aos poucos vou reconhecendo os rostos que ficaram na memória: Ze Roberto, Roberto Carlos, Julio, Valdemir, Mauricio, Lucimar, Nadeje, Sueli de Freitas, Arlete, Sidney. Alguns ainda não consegui reconhecer mas acho que é questão de olhar mais um pouco com atenção. Também recebi fotos do encontro realizado no último dia 19: não consegui reconhecer ninguem. Vejo por mim . . . estou muito diferente também. Imagino como aqueles softwares que tentam simular como pessoas desaparecidas no passado estariam hoje, principalmente em se tratando de crianças, podem fazer um bom trabalho. Mudamos muito na adolescência, quando os ossos da face terminam seu crescimento. Fica aqui o registro dessa época boa.
sábado, 20 de setembro de 2008
A Educação das Crianças de Hoje em Dia
Houve uma época, não muito distante, onde os pais eram os protagonistas na educação das crianças, mas precisamente a mãe, já que era em geral ela que ficava mais tempo, com maior frequência e em momentos de maior intensidade com os filhos. A influência dos pais só era suplantada pelos amigos, isso lá pelos 12 ou 13 anos, quando começava a adolescência. Havia mesmo pais que continuavam a influenciar seus filhos mesmo depois dessa idade. Hoje em dia, as crianças são abandonadas pelos pais, que trabalham em tempo integral. Ficam a mercê de babás, avós ou escolinhas e creches, isso na mais tenra idade. Logo depois as crianças ficam expostas a todo tipo de mídia: vídeos games violentos, televisão aberta, televisão a cabo, DVDs, internet, comunicadores instantâneos. Tudo isso susbtitui a pouca influência que os pais poderiam ter sobre seus filhos. Na prática, teremos uma geração educada pela mídia e pelo mundo virtual. Que geração será essa ? Quais serão seus valores ? Quem pode fiscalizar o que os filhos vêem e o tipo de mensagem que recebem ? Alguns problemas já estão acontecendo, principalmente com relação a inserção dos jovens no mundo do trabalho. No mundo das relações afetivas, o Sr Gikovate diz que os problemas continuam os mesmos de sempre. E ele fala de cima de sua experiência de 40 anos de terapia uhahahahaha ! Acho que uma coisa que a mídia já fez e isso é facilmente compreensível por quem conhece o poder da propaganda e seus objetivos, é criar uma geração de consumistas e hedonistas, pois isso atende aos objetivos das empresas de vender sempre mais e gerar mais lucros para seus proprietarios e acionistas. Outra consequência observável é a eliminação da infância, fazendo com que nossos filhos sejam erotizados precocemente e transformados em consumidores cada vez mais cedo, com o objetivo de que eles sejam consumidores "fieis" desde os 3 anos de idade, se possível. E ai do pai que não satisfizer todos os desejos de consumo do filho . . .poderá traumatizá-lo e ter de gastar fortunas com o analista no futuro . . . infelizmente tenho observado esse comportamento em algumas crianças, que fazem constantes comparações das posses materiais dos pais de seus amiguinhos. E tenho observado também que alguns pais gostam disso, embora outros tentem combater esse verdadeiro inferno competitivo que criamos para nossos filhos.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Indice de Massa Corporea - Calorias
Ontem estava conversando com uma amiga e resolvemos calcular o IMC (indice de massa corporea) nossos e de alguns conhecidos. Descobrinhos que algumas pessoas estão muito bem e outras muito mal, como por exemplo eu mesmo. Fiz uma pesquisa na internet e descobri que obesidade mórbida (também chamada de obesidade grau três) significava um IMC > 40. Fiquei no grau imediatamente anterior, obesidade grau dois. Mais pesquisas e descobri um artigo no site em português do "How Stuff Works" que não existe dieta mágica, mas uma aritmética simples de contagem de calorias, o tal do "balanço energético". Lá dizia que se não fizermos nada, queimaremos 1800 calorias apenas para mantermo-nos vivos. O problema é que os alimentos atualmente são extremamente calóricos e a vida sedentária, o que gera um superavit de calorias, que se acumulam na forma de gordura. Eles até fizeram uma conta e chegaram a conclusão que 3.500 calorias a mais significam 500 gramas de gordura adicionada ao corpo. Alternativamente, para perder 500 gramas de gordura temos de queimar 3.500 calorias, não importando de que forma. Ou seja, ou comemos menos calorias do que precisamos, e a diferença é "queimada" ou então fazemos exercício físico para queimar o excesso. Um problema adicional é que o corpo humano é uma máquina muito eficiente quanto falamos em gasto de energia para produir movimento, daí resultando ser necessário muito exercício para queimar poucas calorias. Muito mais fácil é mudar hábitos alimentares, passando a consumir alimentos menos calóricos mas que saciem a fome de forma efetiva. No site havia algumas dicas dessas medidas. É basicamente o que qualquer dieta feita por nutricionistas propõe . . . agora, se fosse fácil todos seriam como a Gisele . . .
domingo, 14 de setembro de 2008
Cargos Eletivos Legislativos no Estado de SP
Hoje li uma matéria sobre o número de cargos eletivos no estado de São Paulo. No total temos mais de 5.500 cargos de vereadores. Para deputado estadual são 94 vagas. E para deputado federal apenas 70 vagas. Percebemos então o aumento de dificuldade para se eleger deputado estadual ou federal. Com exceção de São Paulo e outras grandes cidades, tornar-se vereador parece ser o caminho mais natural antes de tentar outros cargos mais disputados. Na pratica temos o caso do Sr Clodovil Hernandes que de cara tornou-se deputado federal sem nunca ter tido qualquer experiência anterior, quer no executivo ou no legislativo. Só pode ser o "poder da mídia" . . .
sábado, 13 de setembro de 2008
Eleições em uma cidade como São Paulo
Existe um banco de dados muito detalhado no site do SEADE sobre as últimas eleições (desde 1998). Pela análise desse site, em conjunto com um trabalho feito pela Folha de São Paulo, que colocou uma breve descrição do perfil de cada candidato a prefeito e a vereador e um link para a página no TRE do candidato, podemos ter uma boa idéia do que significa uma eleição aqui em São Paulo. São 55 vagas de vereador e um orçamento de 25 bilhões para o prefeito administrar. O número de candidatos a vereador é de centenas. O número de votos necessários para se eleger vereador, dependendo da votação no partido (a votação é proporcional) deve ser de cerca 40.000. Ora, para conseguir 40.000 votos o candidato tem de ter sido necessariamente exposto na mídia. Por isso não é de se admirar que tantos jogadores de futebol e artistas tentem se candidatar. Temos o caso emblemático do Sr Clodovil Hernandes que conseguiu 479.000 votos. Outras possibilidades estão em sindicalistas, como Paulinho, Vicentinho e o próprio Lula, que foi deputado federal por um mandato se não me engano. Ser do sindicato tem tudo a ver com politica. Outros políticos de hoje foram líderes estudantis, em uma época que os estudantes eram altamente politizados. No meu tempo de universidade, com exceção do pessoal do Largo São Francisco (do curso de direito), que tem uma vertente quase natural para a política, pouco se falava do assunto. Tivemos também uma leva de engenheiros que tornaram-se prefeitos e governadores, alguns na época da ditadura e outros com passagem pelas secretarias de obras públicas, como Mário Covas. Resumindo: Não basta ter um bom currículo. Para ser eleito é preciso ser conhecido acima de tudo. Veja o exemplo do Enéas, que se elegeu várias vezes. Ou como dizem que o Maluf falava: Falem bem ou falem mal, mas falem de mim !
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Todos nós temos uma história triste para contar . . .
Essa é a mais pura verdade. Quem escapar de tristezas na infância e adolescência deve-se dar por feliz, pois é bem possível que infelicidades ocorrerão na idade adulta, madura e velhice. Aqui podemos lembrar outros textos como "Perdas" ou "Limitações". É como nos diz Dona Yole: quase nunca seremos tão felizes quanto quando somos crianças. As ameaças a nossa felicidade estão basicamente no campo profissional, com o desemprego e problemas com o chefe, no campo sentimental, com a grande incidência de divórcios e todo tipo de desencontro afetivo e no campo da saúde, com todo tipo de doença física e mental. Por isso devemos aproveitar muito bem os momentos de felicidade que pudermos desfrutar, pois nunca saberemos quando eles acabarão.
Você é uma Águia ou uma Galinha profissionalmente ?
Essa frase é parecida com aquela outra: "Há profissionais e profissionais . . ." Pois é . . . as empresas precisam de águias e de galinhas . . . já no serviço público acho que existe uma maior quantidade de "galinhas" rsrsrssrs . Na verdade sempre foi assim . . . a maioria das atividades é repetitiva e sem criatividade, portanto mais adequada ao modo de ser "galinha", conforme já escrevi outras vezes. Problemas podem surgir quando um profissional "águia" tem de se reportar a um gestor "galinha". Certamente o profissonal "águia" será o primeiro a ser demitido em caso de necessidade . . . normalmente o gestor "galinha" nem dará chance ao funcionário "águia": é o caso de um gerente ou diretor com curriculum fraco frente a um candidato forte em todos os aspectos: não vão querer alguém para lhes fazer sombra. Todas as vezes que mudam os chefes tudo pode acontecer. É como me disse meu terapeuta uma vez: mudou a pessoa mudou a relação.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Tudo na Vida são Fases
Já ouvi essa frase para justificar as mudanças que as pessoas implementam na sua vida. Acho uma resposta simplista, dessas que servem para tudo . . . Assim tudo seriam "fases" . . . os "amigos" que somem, os casamentos que se acabam, os filhos que são mau-educados, o aumento da arrecadação pelo governo, a pegação de pé de um novo chefe, o desaparecimento de uma profissão, enfim, tudo o que acontece seria uma "fase" . . . Realmente acho que existem coisas na vida que tem seu tempo, e uma das coisas que noto e que esse "tempo" não é respeitado por muitas pessoas. Pessoas com idade que querem realizar sonhos da juventude, como por exemplo ter uma moto potente. Por outro lado vejo pessoas que prolongam atititudes e comportamentos indefinidamente, tentando ignorar que seu tempo já passou, como por exemplo "mocinhas" de 50 anos que querem casar e ter filhos. Parece que a chave de tudo é o tempo. O espaço a internet e a globalização ajudaram muito a diminuir de importância. Mas o tempo parece reinar absoluto, como senhor de tudo e de todos.
Assinar:
Postagens (Atom)