terça-feira, 25 de novembro de 2008

PSICOPATAS

As pessoas nem sempre sabem a diferença entre os termos que designam as doenças psiquiátricas. Simplificadamente o psicótico é aquele que mais se aproxima do que popularmente chamamos de "louco". Já o psicopata é o chamado "louco são", ou seja, nada nele suscinta que sua mente seja doentia e perigosa. Os psicopatas não tem sentimentos com relação as outras pessoas, ou seja, fazem coisas para machucar e destruir seus semelhantes sem nenhum remorso. São em geral inteligentes e usam sua inteligência para atingir seus objetivos ilícitos e escusos. São psicopatas os ladrões, pedófilos, prostitutas e muitos outros. O fato de terem plena consciência do que estão fazendo os difere dos outros loucos, que agem sem consciência de seus atos. Em matéria publicada hoje pelo cronista Arnaldo Jabor ficamos sabendo de um livro publicado por uma psiquiatra que estima serem psicopatas 4% da população brasileira. O Arnaldo argumenta que nossa sociedade, que incentiva a obtenção da riqueza e da fama a qualquer custo (ver matéria publicada anteriormente neste blog), criará muitos outros psicopatas, de forma que todos seremos psicopatas um dia. Na minha profissão de auditor tive contato com muitos psicopatas, que efetuaram desfalques, tráfico de influência, desvios morais de toda ordem. Também tive contato com pseudo amigos, que se revelaram cafajestes, outra modalidade de psicopatas e com parentes, que também mostraram traços dessa natureza. Todos aqueles que somente se aproximam da gente com segundas intenções, e que, tão logo conseguem o que querem, revelam sua verdadeira face, são psicopatas. Assim sendo, todo tipo de golpe tem por trás um psicopata. Do fraudador de gasolina aos primos que literalmente roubam tios velhos e doentes, com o consentimento destes. Um lugar que em teoria deve concentrar menos psicopatas é na religião cristã, pois, supostamente, seus seguidores não fazem aos outros aquilo que não querem que lhes façam. Um subtipo de psicopata é o "esperto", aquele que quer burlar controles para tirar vantagem dos outros. A mim parece que nossa cultura incentiva esse tipo de personagem, com frases do tipo: "O mundo é dos espertos". Nunca gostei de "espertos". Por muitos anos minha profissão foi descobrir, desmascarar e execrar "espertos". No entanto vivo no Brasil, pais do jeitinho e dos "espertos" e talvez por ser diferente e tentar lutar contra essa corrente é que eu tenha ficado gravemente doente.

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