Houve uma época, não muito distante, onde os pais eram os protagonistas na educação das crianças, mas precisamente a mãe, já que era em geral ela que ficava mais tempo, com maior frequência e em momentos de maior intensidade com os filhos. A influência dos pais só era suplantada pelos amigos, isso lá pelos 12 ou 13 anos, quando começava a adolescência. Havia mesmo pais que continuavam a influenciar seus filhos mesmo depois dessa idade. Hoje em dia, as crianças são abandonadas pelos pais, que trabalham em tempo integral. Ficam a mercê de babás, avós ou escolinhas e creches, isso na mais tenra idade. Logo depois as crianças ficam expostas a todo tipo de mídia: vídeos games violentos, televisão aberta, televisão a cabo, DVDs, internet, comunicadores instantâneos. Tudo isso susbtitui a pouca influência que os pais poderiam ter sobre seus filhos. Na prática, teremos uma geração educada pela mídia e pelo mundo virtual. Que geração será essa ? Quais serão seus valores ? Quem pode fiscalizar o que os filhos vêem e o tipo de mensagem que recebem ? Alguns problemas já estão acontecendo, principalmente com relação a inserção dos jovens no mundo do trabalho. No mundo das relações afetivas, o Sr Gikovate diz que os problemas continuam os mesmos de sempre. E ele fala de cima de sua experiência de 40 anos de terapia uhahahahaha ! Acho que uma coisa que a mídia já fez e isso é facilmente compreensível por quem conhece o poder da propaganda e seus objetivos, é criar uma geração de consumistas e hedonistas, pois isso atende aos objetivos das empresas de vender sempre mais e gerar mais lucros para seus proprietarios e acionistas. Outra consequência observável é a eliminação da infância, fazendo com que nossos filhos sejam erotizados precocemente e transformados em consumidores cada vez mais cedo, com o objetivo de que eles sejam consumidores "fieis" desde os 3 anos de idade, se possível. E ai do pai que não satisfizer todos os desejos de consumo do filho . . .poderá traumatizá-lo e ter de gastar fortunas com o analista no futuro . . . infelizmente tenho observado esse comportamento em algumas crianças, que fazem constantes comparações das posses materiais dos pais de seus amiguinhos. E tenho observado também que alguns pais gostam disso, embora outros tentem combater esse verdadeiro inferno competitivo que criamos para nossos filhos.
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