quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Amigos de Novo

Minhas observações ao longo da vida me fazem acreditar que amigos verdadeiros são poucos. Não vejo as pessoas em geral ter amigos. Não acredito nessas pessoas que adicionam centenas de pessoas como "amigos" no ORKUT. Acho que fazem isso por espírito de emulação, para concorrer com os outros e se vangloriar: veja ! eu tenho mais "amigos" que você . . . sou mais popular . . . Meu pai dizia que temos 5 dedos em cada mão e não temos 10 amigos de verdade. Meus amigos são basicamente de infância. Eu tive a felicidade de conhecê-los numa época em que a competição era pequena e havia mais homogeneidade entre nós. Hoje em dia as crianças já são contaminadas com comparações desde o berço, pois são transformadas em "consumidores" pela mídia desde sempre. Voltando aos meus amigos de infância, nós seguimos caminhos semelhantes: estudamos engenharia (o que não estudou exerce a "profissão" na prática) e mantivemos o mesmo nível sócio-econômico (se alguém fica muito rico ou pobre as coisas podem mudar). Constituimos família (de novo, se alguém fica solteiro pode ter outros interesses). Na média da classe média dois (de quatro, ou seja, 50%) se divorciaram. Vários fatores contribuiram para essas amizades masculinas portanto. Minhas outras amizades são femininas. Nesse caso existe muita confusão entre as pessoas: muitas não acreditam em amizade entre homens e mulheres. Talvez por julgarem o mundo por elas mesmas. Essas amizades surgiram de um "querer bem a outra pessoa", mesmo que essa pessoa seja do sexo oposto. É um sentimento chamado as vezes de amor cristão, pois é desinteressado de outras naturezas como a erótica. Reservo tempo para cada um dos meus amigos e amigas. Com alguns converso todas semanas. Com outros uma vez por mês. Tenho todos em alta estima e é isso que acho importante.

Nenhum comentário: