domingo, 11 de novembro de 2012

Doença Mental Grave e o rebaixamento de classe social

Um psiquiatra citou hoje na CBN o "efeito colateral" indesejado da doença mental grave: o rebaixamento de classe social. Conheço bem esse efeito. A doença atinge pessoas de todas as classes sociais. Alguns a tem na passagem da adolescência para a idade adulta e nem chegam a entrar no mercado de trabalho. Outros, particularmente inteligentes, são acometidos em plena idade produtiva, acabam perdendo seus empregos, não conseguem se aposentar pelo INSS e nem trabalhar mais em atividades realmente rentáveis. Sobre suas cabeças paira sempre o fantasma da recaída. Quem tiver a sorte de ter uma família economicamente forte poderá lavar uma vida mais simples mas digna. Quem não tiver irá mergulhar na pobreza e provavelmente entrará novamente em depressão.

Um comentário:

Van der Camps disse...

É muito mais intuitivo que alguém aposentado por ficar incapacitado fisicamente seja rebaixado de classe social. Aconteceu com um primo da minha mãe. No caso dele os filhos que eram três tiveram sucesso suficiente para ajudá-lo. É necessário se computar o que se deixará de ganhar e produzir, além da queda na renda, quer se consiga aposentar ou não. A personalidade da pessoa pode mudar depois de uma doença grave. Seus objetivos de vida podem ser diferentes dos anteriores. Muito diferentes . . .