sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Estatísticas familiares

Fazendo continhas simples com a geração dos meus pais (tios e tias) e dos meus contemporâneos (primos e primas) cheguei a números próximos para problemas de relacionamento: 45 e 44 %. A geração dos avós eu não conheço, com exceção de um tio avô ou tia avó, obviamente casados. Chegamos a conclusão de que a teoricamente a família ideal, composta de um casamento feliz e com filhos, no estilo comercial de margarina, já não era tão comum assim a 50 anos atrás. A geração da minha filha, que é a geração dos filhos e filhas dos primos, tem 22 pessoas. Poucos já casaram-se: que eu tenha notícia somente duas pessoas. Casar é força de expressão: para todos os efeitos morar junto é o mesmo que casar. Quanto a mobilidade social alguns decaíram, porque viviam a sombra dos pais e esses empobreceram. Outros estão mais ou menos no mesmo nível de seus pais, talvez um pouco melhor. No entanto ninguém conseguiu um grande sucesso, também chamado de mobilidade de longo alcance. Existem alguns filhos de primos que através do estudo estão preparando-se para essa mobilidade de longo alcance. Um deles é médico e os outros dois são empregados de empresas multinacionais americanas muito bem posicionadas no mercado de bens de consumo, mesmo nicho da Kodak, onde trabalhei. Produtos de consumo tendem a ser eternos, em particular no setor de doces e de eletrodomésticos, que são o caso. Temos dificuldades em acompanhar essas pessoas devido aos problemas que tivemos com a família, tanto do lado paterno quanto materno. 

2 comentários:

Van der Camps disse...

Seguindo a regra geral não observamos nenhuma mobilidade social de longo alcance inter geracional. Houve, na geração dos meus pais, mobilidade social de longo alcance geracional, ou seja, dentro da mesma geração houve mudança de um extrato social muito baixo para outro bem mais elevado. Percebemos olhando para trás que foi uma época de maiores oportunidades, pelo menos teoricamente e pelos resultados finais.

Van der Camps disse...

Realmente o filho da minha prima (quinto grau colateral de mim) formou-se médico, fez residencia e especialização. Trata-se do primeiro médico da família. Na geração da minha mãe houve também um primo que se formou médico. O primo atual tem como ancestral comum comigo o meu avô, que é bisavô dele. Nem eu nem ele o conhecemos em vida . . .