A inteligência e seus usos

Das três grandes variáveis (o bio, o psico e o social) a inteligência é a mais poderosa, porque permite entender as outras duas e adaptar-se ao que se deseja, comandando e não sendo comandado. A biologia precisa ser domada para que vivamos em um mundo civilizado e o social precisa ser compreendido para que não sejamos manipulados pelo que os outros querem fazer conosco, que não é necessariamente a nossa vontade verdadeira. Tanto a biologia quanto o social são produtos do "atacado": bilhões de pessoas estão submissas a esses estágios. E isso se reflete nos negócios: bilhões precisam se alimentar com comida, bilhões precisam se vestir, bilhões precisam se dar bem na turma, bilhões precisam evitar serem punidos de alguma forma. Eu me lembro dos interrogatórios da ditadura com a observação: possuidor de inteligência superior. O psico (mente/inteligência) é provavelmente a variável mais rarefeita na humanidade, embora eu tenha lido que foram produzidos 139 milhões de livros diferentes até hoje. Sabemos que as melhores escolas e Universidades são para poucos, provavelmente porque são poucos os aptos a cursá-las. Existe uma massa crítica, ou seja, um determinado nível a ser atingido, para poder-se ir adiante. Estudos mostram que a pessoa não evolui depois de um certo ponto, parando sua busca de conhecimentos, por estar em uma posição de conforto. Para que estudar mais se eu vivo confortavelmente e estou satisfeito ? Essas pessoas simplesmente não querem saber, não tem interesse. Os inteligentes podem dedicar-se a todo e qualquer assunto. Começam com o básico: jornais diários de grande circulação. Navegam por livros de todos os assuntos. Exploram revistas especializadas. Usam da dialética e sorvem no saber dos outros. Enfim, aprendem porque tudo é como é e não pode ser diferente . . .