Dizem que o cinema é o psicanalista dos pobres. Alguns dizem que é o padre. Eu escolhi o cinema e vi muitos e muitos filmes na minha adolescência que realmente formataram minha mente. Eu viajava nos filmes e nas aventuras e amores mostrados na tela, muitas vezes imaginando eu no lugar dos atores. Vivia o mito do herói romântico, o desbravador dos sete mares, o todo poderoso. E fiz da minha vida uma epopeia, lutando bravamente por superar-me. Enquanto isso os outros iram levando suas vidas devagar e sempre, sem grandes momentos de decisão. Com o tempo percebi que quase ninguém vive grandes momentos heroicos, que tudo são jogos de cartas marcadas e bem marcadas: no emprego, na escola, na família, nos relacionamentos. A exceção são as amizades verdadeiras. Os heróis são muito poucos e quase sempre morrem precocemente, bem ao contrário do que era mostrado nos filmes. Hoje eu sei que era uma fuga do mundo infeliz em que eu vivia. Talvez tenha resolvido um problema mas criou outros. Não exite o bônus sem o ônus, mais uma lição que os filmes não me ensinaram . . .
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2 comentários:
Existem muitas pessoas que publicam livros apenas com suas ideias e ideologias, sem nenhum compromisso com a ciência e o rigor científico. Ler esses livros é um VENENO para a alma e para a formação de um adolescente ou jovem. É o que fazem os doutrinadores. Nada como ler teses de doutorado que são muito mais confiáveis . . .
O mesmo pode acontecer com um filme, uma revista ou um jornal. O compromisso com a verdade pode passar longe. Todo tipo de comunicação social é passível de manipulação e disso já sabia Hitler e Vargas. Até mesmo pais podem manipular as informações que passam aos seus filhos conforme seu interesse e isso é muito triste. Outros reis da manipulação são os cientistas políticos e em menor escala as ciências humanas. Até chefes manipuladores eu tive.
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