terça-feira, 4 de março de 2014

Compra de imóvel X rendimento de aplicação

Quem compra um imóvel pode ter duas motivações diferentes. Uma delas é morar no imóvel. Outra é alugá-lo ou utilizá-lo como investimento, como por exemplo em uma incorporação imobiliária. Conforme a motivação o preço que o comprador está disposto a pagar muda e muda muito. Para morar no imóvel é preciso cativar o comprador: ele precisa sentir que aquele imóvel lhe irá trazer lucros em termos de localização, acabamento interno, número de garagens, etc. Imagine um imóvel velho, com tudo dentro dele sendo igualmente velho. Estamos falando da cozinha, dos banheiros, da instalação elétrica e hidráulica. Tudo isso tem uma vida útil, inclusive a própria construção. Quando fui reformar a minha primeira casa me deparei com limitações em consequência das paredes serem utilizadas como elemento estrutural. Compradores apenas se sujeitam a reformar uma casa se valer muito a pena, por conta da dor de cabeça que essas reformas dão aqui em São Paulo. Eles irão procurar alternativas é claro e em um mercado cheio de ofertas é bem provável que as encontrem. Agora imagine um investidor. Ele não tem nenhum vínculo emocional com o imóvel e apenas quer se dar bem e ganhar o máximo de dinheiro possível. Um investidor desses caso seja de pequeno porte vai querer saber qual o aluguel que ele pode apurar com o imóvel e quanto seu dinheiro rende "parado" no banco. É exatamente o que fazem as empresas quando vão investir em algo, seja um negócio ou em um imóvel. Aqui percebemos que um enorme número de imóveis não é minimamente interessante nos dias de hoje. Vamos além. Imagine agora um grande investidor, que pretende fazer uma incorporação e construir um grande prédio de apartamentos. Esse grande investidor pode até pagar mais do que receberia na poupança mas aqui o que importa é a expectativa que ele tem de vender bem os apartamentos que ele vai construir daqui dois ou três anos. Ele tem nas costas todo o risco do negócio e não é raro ver prédios inacabados e construtoras falidas por ai. Uma versão menor desse grande empreendedor é o construtor de sobrados geminados em terrenos de 10 X 30. Este também conta com a manutenção do mercado pelos próximos anos. Agora fico imaginando para quem interessaria a casa da minha finada Tia e vejo que o leque seria pequeno ou talvez inexistente. Pode ser mais um imóvel a ficar eternamente a venda como tantos que existem naquele bairro distante e pouco interessante.  

5 comentários:

Van der Camps disse...

Tenho experiência na venda de um imóvel em bairro próximo e eu dei graças a Deus do inquilino ter ficado com ele. Já faz uns 7 anos e ele não construiu nada por lá ainda.

Van der Camps disse...

Existem bairros onde a pessoa reforma e constrói sobre casas velhas. São bairros estritamente residenciais e são poucos os corajosos que fazem isso por conta dos riscos de se morar em casa aqui em São Paulo. Vejo isso acontecer no Jardim da Saúde e não na Vila Nossa Senhora das Mercês. Vejo acontecer no Jardim da Glória em menor extensão.

Van der Camps disse...

A compra de um imóvel representa um valor elevado e as pessoas comuns morrem de medo de fazer essas transações sozinhas e por isso buscam as imobiliárias. Além disso olham todos detalhes e pensam dias, semanas e meses antes de se decidirem. Exemplo de pessoa comum é a minha irmã . . .

Van der Camps disse...

Já os imóveis do Tio no interior valem menos e estão melhor localizados podendo ser mais fáceis de serem negociados. A conferir.

Van der Camps disse...

Todos os imóveis que eu comprei foram para uso próprio por isso não tive dúvidas sob o aspecto financeiros. Hoje tenho apenas um imóvel que comprei com recursos próprios e moro nele há 17 anos. Já os imóveis de aluguel são um investimento e como investimento exigem uma análise diferenciada.