Os incentivadores dos filhos com relação ao estudo estão concentrados entre os mais ricos. É comum em uma família pobre onde o filho se esforça muito nos estudos este ouvir: estudar tanto para quê ? Ricos estão dispostos a investir somas consideráveis no estudo de seus filhos e muitos estão interessados em lhes proporcionar uma educação não simplesmente profissional, como acontece nas classes econômicas mais pobres, mas uma educação cultural eclética impregnada pelas artes e outras disciplinas "ornamentais". Hoje refletindo sobre meus colegas de carteira no Colégio Bandeirantes me lembrei-me de quatro colegas. Um deles se tornou professor universitário na USP no Instituto de Física, profissão que se não o deixou rico pelo menos lhe concedeu o prestígio daquilo que na sociedade brasileira comumente se chama de intelectual. Outro formou-se em arquitetura e abriu seu negócio próprio nessa área, seguindo a profissão do pai. É portanto profissional liberal e empresário. Um terceira tinha uma carreira promissora como executivo de multinacional e a abandonou para assumir o negócio da família que sempre foi lucrativo, provavelmente por razões de sucessão familiar. Hoje consultei sobre o destino desse colega e descobri que a empresa fundada em 1967 é muito próspera e tem filias pelo Brasil afora. Ele com certeza venceu como empresário bem sucedido e deve ser muito mais rico do que se tivesse seguido apenas na carreira de executivo de multinacional. Finalmente o último deles vinha de uma família mais humilde, onde o pai havia sido garçom e depois virou dono de bar e restaurante, conseguindo sucesso por um tempo e depois decaiu. Este seguiu o caminho de empregado assalariado, não sei qual o nível que ele alcançou na carreira. Um se formou arquiteto como o pai e três formaram-se engenheiros, sendo um pelo ITA (o que seguiu carreira acadêmica) e dois foram formados na POLI com uma distinção: o empresário é engenheiro de produção e o assalariado é engenheiro eletrônico.
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2 comentários:
Os ricos em geral tem negócios próprios, são empresários ou profissionais liberais. Sabem que o estudo e a inteligência são fundamentais para a permanência e o crescimento dos negócios e na pior das hipóteses um filho estudado poderá trabalhar no governo ou em uma grande empresa. Por terem essa consciência é que procuram fazer que seus filhos estudem o máximo.
Já os pobres nem tem noção do valor do estudo ou da sua utilidade. Falta-lhes o costume de valorizar o estudo, a leitura, etc
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