quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Presos eternamente a terra

Tenho presenciado exemplos onde muitos são presos eternamente as suas origens. Isso acontece com quem não consegue por esforço próprio sair da casas de seus pais. Temos um lado da família que é exatamente assim. Meu avô conseguiu acumular 4 casas e teve 7 filhos. Eram 5 mulheres e 2 homens. As mulheres se ajudaram a vida inteira, como é normal entre as mulheres e o entre os homens um foi bem sucedido e o outro não. Com exceção de 2 deles todos os outros de uma forma ou outra se beneficiou das casas, sendo morando diretamente nelas com um aluguel subsidiado ou a custo zero, sendo ajudados com os filhos para poder trabalhar e ganhar dinheiro para comprar uma casa. Testamentos e inventários fizeram todos ficarem sócios nas casas, num imbróglio que pode comprometer para sempre a realização de lucros polpudos com a venda dessas casas. Temos uma situação semelhante no interior, onde são 6 irmãos. Lá um irmão deixará herança para seus irmãos e novamente teremos a depender de quem morrer primeiro um novo imbróglio, com o risco desses imóveis ficarem inviabilizados para uma venda "limpa". Neste caso os imóveis estão alugados e precisando de reparos, pois são todos velhos. Os alugueis podem ser facilmente partilhados pelo inventariante e a situação precisará ser administrada. Para isso precisamos de um inventariante honesto e competente. O resumo da situação é o seguinte: em São Paulo os herdeiros estão usufruindo da herança de uma forma ou de outra. No interior o futuro autor da herança está usufruindo dos seus bens de forma indireta. Todos deixaram herdeiros e muito trabalho para advogados será disponibilizado . . . 

5 comentários:

Van der Camps disse...

Familiares poderão tomar posse das casas caso precisem. Caso ninguém se interesse essas casas serão alugadas, provavelmente eternamente, a não ser que alguém faça uma venda ilegal por um valor bem abaixo do mercado, exatamente como eu fui enganado uma vez. A probabilidade de que um imóvel desses seja "desenrolado" é praticamente nula. Já vi um filme desses antes e pessoalmente . . .

Van der Camps disse...

Os advogados cobram tanto que não é difícil eles ficarem com uma casa inteira lá no interior. Aqui em São Paulo no pior cenário um dia as 4 casas individuais poderão ser vendidas. Já a casa que necessita do usucapião pode dar muito mais trabalho e muito mais gasto, com sucessivos inventários e sobre-partilhas. É necessário a boa vontade de todos os herdeiros senão não serão desenrolados nunca.

Van der Camps disse...

Tivemos um exemplo no inventário do meu avô,onde formaram-se facções dentro da família e muito dinheiro foi gasto,além de demorar 10 anos. Inventários precisam de um inventariante esclarecido e da união de todos para resolver o problema, senão paga pelo outro e fica por isso mesmo.

Van der Camps disse...

É o problema de qualquer condomínio com o agravante de que um condomínio tem obrigações diárias para serem feitas o que pode levar ao caos, como já vimos acontecer com prédios degradados aqui em São Paulo, que chegaram a serem interditados pelo poder público e outras vezes até demolidos em casos extremos. Casas podem ruir em um caso extremo ou serem invadidas e então se faz a necessidade de demolição ou reforma. Não havendo acordo a demolição será a solução.

Van der Camps disse...

Até o bem mais precioso que é um imóvel pode ser perdido pela desunião entre familiares. A cizânia é um prato cheio para perdas de todo tipo.
Carros é muito mais comum serem perdidos,porque ficam velhos e tem vida útil mais limitada, além de multas que inviabilizam a sua circulação. É o tempo que a tudo destrói e corrói . . .