Meu amigo tem longa experiência com processos na justiça do trabalho. Ele é empresário. As ações no caso dele são sempre do mesmo tipo: insalubridade, horas extras e incapacidade. Todas relacionadas a empregados da área de produção. Meu amigo nunca foi processado por pessoas do escritório. A explicação é a rotatividade. Empregados somente processam seus patrões depois de serem despedidos. A natureza humana e a justiça do trabalho favorecem esse comportamento e como tudo que é favorecido cresce. É o famoso incentivo. A lei impõe o prazo de dois anos após a saída do empregado para entrar com a reclamação trabalhista. Como as testemunhas no processo são sempre os colegas de trabalho, uma rotatividade baixa praticamente impede de que empregados oportunistas se beneficiem, uns sendo testemunhas dos outros no processo. No entanto, quando departamentos inteiros estão sendo eliminados, quando existem muitas demissões, a situação se inverte, já que os ex-empregados não tem nada a perder. As empresas podem se precaver evitando ficar com empregados antigos. Isso é possível quando a atividade exercida pela empresa não é de alta complexidade ou de longo prazo. Talvez por isso milhões de pessoas são demitidas e admitidas todos os anos no Brasil. Funcionários antigos, competentes e dedicados definitivamente não são a regra aqui no Brasil.
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2 comentários:
A justiça brasileira é dividida em várias partes: eleitoral, militar, comum, trabalhista, federal. A comum é sempre civil, família e criminal. Milhões de processos são iniciados todos os anos. O povo gosta de um processo e o governo mais ainda . . .
Meu amigo tem feito um trabalho de base e de longo prazo que o está habilitando a nunca mais ter problemas com a justiça do trabalho tudo é controlado e documentado, de forma a evitar a velha tática dos empregados e dos advogados de inventarem coisas e ganharem dinheiro facilmente. Inclusive com a nova lei sobre o registro das horas extras por meio de um papel, até as velhas ações do pessoal do escritório irão acabar.
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