Notre Dame Seguro Saúde

Consegui encontrar o balanço patrimonial da minha seguradora. Foi publicado no Valor Econômico, o jornal mais conceituado e especializado em finanças aqui do Brasil. Muito detalhado o balanço mostrou crescimento das operações, só que a receita cresceu menos que a despesa. Ou seja, quem entrou no seguro gastou mais do que colaborou com a receita. Pode ser que seja um efeito colateral: pessoas que nunca tiveram seguro saúde, quando sua empresa contrata, passam a ir no médico "novidade". Isso aconteceu com a Cardenas do Olavão, por exemplo. A consequência é que a segurado vai repassar esses custos "extras" para as mensalidades na primeira oportunidade. Resta saber como ela controla cada grupo em termos de receita e despesa. Isso pode fazer toda diferença. Na prática cada grupo funciona como um consórcio de compra de imóvel ou automóvel no seu aspecto distributivo das despesas e controle. Assim sendo, no caso dos engenheiros, quanto mais jovens saudáveis entrarem no meu grupo e não derem muitas despesas melhor para a saúde financeira do grupo. Por outro lado, quanto mais velhos ficarem os atuais associados maiores serão as despesas e pode ser que o grupo de torne inviável para a maioria. Outros dados do balanço mostram que o reembolso existe mais nas consultas e menos nos exames e internações. Também observamos que as despesas com consultas são menores que as despesas com exames que por sua vez são menores que as despesas com internação. Daí fica fácil entender a lógica da comercialização dos planos, onde os hospitais e pronto socorros são o fator mais importante, seguidos dos exames e dos médicos. Muito ilustrativo o balanço e muito bem feito. Estão de parabéns !!!