sexta-feira, 11 de julho de 2014

Quem faz o preço é o comprador no caso de usados

É o que eu sempre disse: o preço das coisas usadas é aquele pelo qual você consegue vendê-las. Sempre existirão tabelas de preço, índices, etc. Na prática vale a lei da oferta e da procura. Vale o mesmo para mercados com concorrência perfeita: não adianta tentar vender acima do preço que o mercado paga porque seu concorrente venderá no seu lugar. Já para mono ou oligopólios vale o custo + margem de lucro. Monopólios em geral são somente os "naturais" e em geral são de alguma forma controlados pelo governo. Já oligopólios são vários e o que mais estudo é o automobilístico: são vendidos 14 mil carros por dia no Brasil e são 300 opções de compra. Existem verdadeiros "micos" no mercado automobilístico: você pode comprar mas revender pode ser problema. Imóveis e carros são as únicas coisas que possuem efetivamente algum valor de revenda. Imóveis são vendidos pela sua utilidade, afinal, as pessoas precisam morar em algum lugar. Já automóveis são vendidos pela expectativa do que resta da sua vida útil. Um carro aqui no Brasil dura uns 15 anos em média. No entanto, esses carros vão migrando de mãos: passam de ricos em bairros nobres até chegarem nas favelas ou vão para o interior. Para o interior vão somente carros com manutenção fácil e concessionárias tradicionais. Imóveis valem pela qualidade de vida que podem oferecer aos seus habitantes. E isso depende da vizinhança, um fator que você não controla completamente.

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