sábado, 26 de julho de 2014

A armadilha do egoísmo

Conheço pessoas que se casaram com objetivos egoístas e que no meio do caminho foram surpreendidas por uma reviravolta e se viram na situação de serem doadores. Também vi casos em que uma pessoa generosa casou-se enganada e descobriu que sua cara metade achava que casamento era um emprego e que tinha direito a usufruir de imediato qualquer saldo que aparecesse na conta corrente. O ideal de um casal dink, compartilhando contas correntes e objetivos de vida é cada vez mais utópico. O que acontece muitas vezes é que um faz e o outro encosta. E além de encostar ainda não fica feliz e reclama e se torna hostil. Aquele que faz passa então a esconder o dinheiro extra que ganha em contas separadas, já prevendo o divórcio que mais cedo ou mais tarde acontecerá. Além disso passa a regular o dinheiro que põe em casa. Cria assim uma vida paralela e passa a viver uma farsa. Algumas vezes existe dinheiro de herança, que não pertence aos casamentos modernos mas que na prática acaba se misturando ao patrimônio do casal muitas vezes. Fica uma situação esquisita ainda mais quando se tem filhos. Não custa em um caso desses surgirem amantes. Tudo seria muito mais simples se não houvessem filhos e o casamento fosse com separação de bens. Nos casamentos com comunhão parcial de bens de cada dois reais que o marido junta um é da mulher, mesmo que ela nada tenha feito para acumular esse dinheiro, pelo contrário, ele pode ter ajudado a gastar mais do que o razoável. Quanto menos feliz está o homem com sua mulher menos disposto ele fica a gastar dinheiro com ela. Essa é a realidade.

Um comentário:

Van der Camps disse...

Na prática aquele que ganha o dinheiro passa a achar que deve gastar seu dinheiro com outra pessoa ou parceira, que está fazendo um mal negócio em ficar ao lado do empiastro. É muito semelhante com um empregado insatisfeito ou patrão insatisfeito. Todos nós sabemos que nesses casos o final é sempre o mesmo: término do vínculo trabalhista.