Acompanho 12 filhos da classe A. Alguns são criados realmente como classe A em todos os aspectos mas alguns nem tanto. Acontece que alguns filhos aproveitam as vantagens de terem nascido na classe A para saírem na frente e para manter a sua classe social. Outros deitam em berço esplendido, usufruem de sua condição privilegiada, desperdiçam a oportunidade que a vida lhes deu e um dia, quando o dinheiro acabar, serão perdedores, tanto quanto aqueles que nasceram em classes sociais inferiores e que por motivos óbvios não conseguiram se livrar do visgo que os prendeu.
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5 comentários:
As variáveis que mais determinam o futuro desses filhos são o casamento de seus pais ter terminado em divórcio ou não, o grau de inteligencia inato da criatura e a sanidade mental de seus pais. Conforme o resultado dessas variáveis o futuro está mais ou menos selado.
Logo após o divórcio do meu melhor amigo e o meu saiu uma estatística americana mostrando que os filhos desses casamentos falidos tinham maior propensão a gravidez na adolescência, uso de drogas, suicídio, abuso de álcool, depressão, etc etc etc Ou seja, a história se repete aqui no Brasil.
Na classe A esses filhos perdedores tem o dinheiro dos pais para levarem sua vida infeliz. Nas classes mais pobres a criminalidade e a prostituição devem ser elevadíssimas. Todo tipo de degeneração é possível como consequência da desagregação familiar.
Quando a família é pobre as opções para os filhos são somente lutar através do estudo e da disputa pelas oportunidades ou então entrar para o crime. São os dois caminhos possíveis. Quando a família é de classe elevada as opções são lutar para manter o padrão ou usufruir o status quo. Dificilmente alguém da classe mais elevada devia-se para o crime comum. Quando muito praticam crimes do colarinho branco, que são muito mais rentáveis e menos passíveis de serem punidos.
Pais não querem a culpa pelo fracasso ou problemas de seus filhos. Todas as vezes que são confrontados com duvidas sobre sua atuação como pais as respostas são sempre as mesmas: o culpado é o próprio filho ou então que fizeram o que podiam e o que sabiam.
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