A condenação do indivíduo pela sua origem familiar

Neste final de semana ouvi uma declaração explicita desse tipo: determinada menina não serviria para nora porque sua família não prestava A pessoa que fez o comentário nasceu no interior. Realmente eu acho que no interior a mobilidade social é muito menor porque as oportunidades também são menores. Nesse ambiente o fator família talvez se sobreponha ao indivíduo. Temos aqui a associação entre a casa I - o indivíduo e a casa IV - a família, aquilo que já existia antes de ele nascer. Existem indivíduo que conseguem, por mérito próprio ou por ajuda de terceiros simpatizantes, se libertar de uma família limitadora sob todos os aspectos. São com certeza a exceção mas são em geral criaturas inteligentes, que perceberam que existia algo muito melhor que aquilo que sua família lhe proporcionou. Da mesma forma, alguns conseguirão se destacar em áreas profissionais totalmente diferentes das professadas por seu pai, serão também exceções, inclusive medidas por pesquisas sérias sobre mobilidade social. Realmente a família, aquilo que existia antes, que foi acumulado durante décadas, tem um peso muito grande. Veja o caso de pais que não foram para a Universidade. Esses pais podem não valorizar e nem incentivar seus filhos a estudarem em uma universidade, muito menos em uma universidade concorrida e de alto nível. Aqui a família funciona como uma âncora. O resumo é que a família pode ser uma vantagem ou uma desvantagem, com um peso enorme.