O pai é um ex-filho, um ex-garoto que, sem nenhum preparo especial, torna-se “pai” e tem que ser o educador, o orientador, o professor, o provedor, o disciplinador. Não havendo escola para aprender, ele recorre ao exemplo que recebeu dos pais. Tende a repetir os padrões deles ou, para não errar daquele jeito, faz o oposto e erra também. Afinal, pode-se errar copiando a tradição e errar fazendo exatamente o contrário. A revolução é apenas uma volta ao antigo. O caminho do desenvolvimento é a evolução.
O pai fez tudo o que sabia fazer, levando em conta a sua imaturidade, o seu despreparo, seus problemas pessoais, a formação e os exemplos que recebeu. Se não teve a boa vontade e a liberdade de buscar maior aprendizado, foi porque aquilo que ele ‘sabia’ era dado como ‘o certo’ – não lhe foi ensinado a pensar, analisar, buscar novas informações.
Chefe da casa, mas raramente chefe de si mesmo, é uma pessoa treinada para seguir determinados padrões. O cuidado que o filho deve ter, para quando tornar-se pai, é observar e avaliar as atitudes, adotando as que lhe pareçam certas, rejeitando as que pareçam erradas e buscando atitudes novas, mais livres e mais justas, adotando seus novos padrões, mas sem parar de evoluir.
2 comentários:
Excelente explicação !!! Lúcida, clara e precisa. Mata a cobra e mostra o pau !!!
Vários amigos enfrentam dificuldades com suas mulheres para educar seus filhos. É o duplo comando. Mesmo quando existe consenso entre os pais, isso não é garantia de que será adotado o melhor possível para a situação especial de cada filho. Quanto melhor preparados, em todos os sentidos, melhor será para os filhos, em qualquer condição. Estimo que os pais melhor preparados estão entre os 1% do total.
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