Imagine um orçamento de 3.000. Nesse orçamento, a grosso modo, temos 1.000 para o carro, 500 para o plano de saúde, 500 para alimentação, 500 para gastos pessoais, 500 com habitação. Observe que não tem valor estipulado para vestuário ou educação. Quem é solteiro (ou divorciado) e mora sozinho decide quanto e como gastar o orçamento total. Quem é casado ou tem família deve contar com o auxílio de sua digníssima esposa para decidir sobre alguns desses itens do orçamento. Existe uma tradição, uma espécie de divisão de funções que atribui a mulher a responsabilidade pelos gastos com vestuário, educação, saúde e alimentação. Para o homem sobraria as despesas com o carro e a habitação, que são as maiores e mais significativas. Nessas áreas a mulher pode dar palpites mas não decidirá sozinha, a não ser que ela seja a principal provedora do lar. Mesmo na compra do carro a mulher é sempre ouvida quando o homem pertence a uma família. Na casa, então, nem se fala. Percebemos que o poder de decisão e os objetivos mudam muito conforme o estado civil das pessoas.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
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23 comentários:
Existem despesas biológicas, que nos são impostas pela nossa realidade animal. Existem doenças psicológicas/mentais, que são aquelas que nossa mente inteligente nos recomenda fazer: aqui temos os gastos com educação, saúde, previdência social e seguros em geral. Temos finalmente as despesas sociais, aquelas relacionadas a presentes, a deslocamentos, a manter coesa a aliança com nossos amigos, parentes, clientes, fornecedores, etc.
Nessas classes de despesas existem preços para todos os bolsos. O biológico pode ser visto na compra do seu carrinho de supermercado. O mental pode ser visto na escola que você paga para seu filho. O social pode ser visto nas festas que você patrocina.
Como a maioria das pessoas não tem um desenvolvimento intelectual apurado aqui no Brasil, o governo assistencialista e as empresas vem em socorro de suprir essa necessidade. É assim com o FGTS, a previdência social oficial, o seguro saúde que as empresas pagam para seus empregados, a previdência privada que as melhores empresas fornecem aos seus empregados, os empréstimos emergências a taxas subsidiárias que várias entidades fornecem a seus associados ou interessados. Observe que a razão de tudo isso é: você não sabe pensar então deixe que eu penso por você.Pague a prestação e deixe o resto por minha conta !!!
Como a maioria das pessoas não tem um desenvolvimento intelectual apurado aqui no Brasil, o governo assistencialista e as empresas vem em socorro de suprir essa necessidade. É assim com o FGTS, a previdência social oficial, o seguro saúde que as empresas pagam para seus empregados, a previdência privada que as melhores empresas fornecem aos seus empregados, os empréstimos emergências a taxas subsidiárias que várias entidades fornecem a seus associados ou interessados. Observe que a razão de tudo isso é: você não sabe pensar então deixe que eu penso por você.Pague a prestação e deixe o resto por minha conta !!!
Como as pessoas nem ao mesmo pensam, esperar que elas saibam escolher o que é melhor para elas é querer demais. A única coisa que a maioria das pessoas sabe fazer é reclamar. Não querem saber os porquês: querem pagar pouco e receber muito. Querem que o governo lhes dê casa de graça. Querem serviços médicos de excelência mesmo não pagando nada. Vale o mesmo para a escola.
É por isso que as leis regulam quase tudo na vida das pessoas aqui no Brasil: o casamento, o emprego, o pagamento dos sindicatos, a previdência social, etc etc etc. Não pense: obedeça o gerente do banco. Obedeça o médico. Obedeça o juiz. Obedeça as leis. Acredite que quem fez a lei é inteligente e bem intencionado. Seja ignorante e seja feliz !
O mais engraçado é que por ser ignorante na maioria das coisas e não reconhecer, existem aqueles que não querem se submeter e obedecer aos "especialistas" e resolver tomar as decisões por conta própria e tomam as decisões erradas, obtendo resultados ainda piores do que se tivessem se submetido aos especialistas. É patético !!! Clientes que pedem coisas aos arquitetos e depois temos casas desfuncionais. Clientes que atuam nas bolsas por conta própria e perdem dinheiro. Clientes que querem tratar das suas doenças com métodos caseiros. É o famoso deixa que eu faço: errado !!!
Deixa que eu vendo a carro, vendo a casa, faço o serviço do despachante, dispenso o advogado. O que temos é que a pessoa deve fazer uma avaliação realista da sua capacidade e experiência. Você entende minimamente do que está se propondo a fazer ? Você estudou, leu a respeito ? Ou você é apenas um curioso e pretensioso ?
A maioria das pessoas não quer saber dos meios mas dos fins: Nas empresas interessa a última linha do balanço. Nas famílias interessa se os filhos conseguiram se virar e se realizarem. Nas escolas interessa se você passou de ano. No emprego interessa quanto você ganha e não o que você faz. E assim vamos . . .
Em todas essas categorias de despesas você adota um padrão de exigência, conforme sua renda total e conforme os preços praticados no mercado. Exclusividade custa caríssimo e é para poucos. Como bom engenheiro eu busco o custo benefício ótimo, o que me coloca acima do popular de grande quantidade e baixa qualidade e antes do exclusivo, destinado a milionários. Um padrão bom, sem excessos.
Lembrando o orçamento dos meus avós: plano de saúde = zero, Carro = zero, despesas pessoais = zero, Habitação = 200,00 (moravam em casa), alimentação= 500,00 (para duas pessoas,vestuário= zero, educação=zero. Era assim que eles viviam !!!
O item vestuário é importante para a classe C principalmente, pois sem roupa nova não tem emprego. Vivemos em sociedade e em sociedade a aparência é tudo. O estilo hippie não agradava a todos na sociedade. Alguns se referem a ele de forma depreciativa: riponga. Provavelmente eles gostariam de ser hippies mas não podem. A liberdade de se vestir como se quer e não como a sociedade exige é para os poucos que aguentam a pressão externa e fazem valer a sua vontade.
Pessoas com restrições orçamentárias somente gastam com o que são obrigadas e mesmo essas obrigações tem gradações: alguns economizam na comida, comprando produtos mais baratos. Outros economizam na saúde, não comprando os remédios que o médico manda. Na educação nem se fala: educam-se pelos programas de TV. Habitação é pagar aluguel barato e economizar nas contas de consumo como luz e água. Despesas pessoais é nada. Transporte é vale transporte pago pelo empregador. Vestuário gastam o mínimo, geralmente roupas que não são de qualidade muito menos de marca.
Sete grupos de análise são utilizados pela Fipe (listados em ordem decrescente de peso nos cálculos): habitação (32,79%), alimentação (22,73%), transportes (16,03%), despesas pessoais (12,30%, com itens como fumo, bebidas, recreação e artigos de higiene e beleza), saúde (7,08%), vestuário (5,29%) e educação (3,78%).
Analisando os 7 itens do orçamento doméstico vemos que o poder público pode atuar diretamente na saúde, transporte e educação, que são utilizados por muitos eleitores. Como saúde e educação não são percebidos como muito importantes por que seus efeitos são de longo prazo, o transporte é muito impactante e uma ótima moeda para convencer os "eleitores" a votar. Habitação é coisa do governo federal e sempre foi para poucos. Educação superior é coisa do governo federal (e agora estadual)através do Prouni e de cotas. Saúde é sempre a promessa de melhorias. Despesas pessoais e vestuário são as únicas áreas onde não existem promessas do governo. Até em alimentação tem o bom prato do governo estadual . . .
De todos os itens do orçamento somente o item plano de saúde vai aumentar 100% real em 10 anos. Os demais itens devem se manter na média da inflação porque já são minimalistas. Além disso eles são passíveis de serem substituídos para baixo, como por exemplo no caso do carro.
Observe que todos esses gastos com exceção das pessoas com moradia que são monopólios como água, luz, gás podem ser trocadas. As despesas com monopólios são de pequeno valor e não incomodam, estando sob controle. Todas as demais são mercados com alguma concorrência de forma a evitar lucros extorsivos dos fornecedores. Gastar com sabedoria é o meu lema . . .
Minha maior despesa individual é o boleto do plano de saúde: R$ 709,00 todo mês. É mais significativo ainda porque não se obtém um produto ou um serviço imediatamente em troca. Quem trabalha não tem essa despesa, por conta do seguro saúde ser pago pela empresa. O plano de saúde que a pessoa paga aqui no Brasil determina a classe social a que ela pertence . . .
Para quem paga aluguel em geral a maior despesa individual é o boleto do aluguel, já que o imóvel é o bem mais carro que existe, salvo exceções representadas por carros de luxo.
O item mais critico no meu orçamento é plano de saúde porque os demais itens são controláveis através de substituições e nunca subirão muito acima da inflação por conta dessa condição intrinseca. É necessário um plano de ação para enfrentar os gastos com plano de saúde. Na velhice, o que difere ricos de pobres é o seu plano de saúde.
Despesa com restaurantes é considerada lazer e não alimentação. Essa despesa está diretamente ligada aos meus relacionamentos com amigos, ou seja, faz parte de um dos meus diferenciais de vida que é ser viciado em ocitocina o que faz muito bem para a saúde mental. Fundamental.
Moro na maior cidade do Brasil e do hemisfério sul, em uma micro região onde existe o maior número de super-mercados e farmácias, de forma que esses fornecedores sofrem a maior concorrência possível, gerando os melhores preços. A concorrência em comer fora de casa também é enorme. Se existe um lugar com custo benefício ótimo em tudo esse lugar é onde moro.
Seu orçamento é o espelho do seu LIVRE ARBITRIO. O livre arbítrio brilhantemente definido pelo Clóvis de Barros Filho é a hierarquia dos seus valores. Onde você gasta e quanto você gasta em cada item mostra de forma inequívoca a hierarquia dos seus valores portanto o seu livre arbítrio. O lugar no ranking de cada produto ou serviço que você ocupa mostra o seu grau de inteligência, sabedoria e vaidade.
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