O dinheiro tem três funções básicas: troca, tesouraria e especulação. Nunca fui um especulador, cuja palavra quer dizer olhar, no caso, olhar para onde o mercado vai. A função de troca sempre utilizei, porque sempre comprei o que eu quis, dentro do bom senso e das minhas posses. O mesmo aconteceu com a função de tesouraria: procurei durante a vida ter uma carteira de investimentos, com objetivos conservadores. Sou avesso a especulação, não gosto do risco. Prefiro ganhar mesmo e dormir tranquilo. O especulador na minha opinião está em dois extremos: ou tem pouco dinheiro e portanto arrisca mesmo, tal qual quem aposta na loteria ou então tem muito dinheiro, tanto dinheiro que pode colocá-lo em vários ativos diferentes, acompanhá-los e rebalancear a carteira de tempos em tempos. Perceba que esse posicionamento exige uma postura ativa: comprar e vender ativos constantemente. Ou seja, é preciso ficar "especulando" (observando) o mercado o tempo todo e ter sangue frio para aguentar as perdas esperando que os lucros as superem em um momento mais propício. Conheço apenas um especulador, que por sinal teve muito sucesso. A graça de especular é que você não precisa ser formado em Harvard para exercer essa atividade, ou seja, ela está ao alcance de pessoas com pouca ou nenhuma instrução formal, que são a maioria das pessoas.
domingo, 30 de dezembro de 2012
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2 comentários:
Minhas movimentações financeiras são basicamente defensivas: meu objetivo é não perder da inflação e nem sempre consigo. A não ser que mude meu comportamento sei que minha riqueza irá diminuir com o tempo. Acontece que quanto mais velhos ficamos menos propensos ao risco somos.
Especuladores existem nos mercados de risco que podem variar rapidamente e de preferência se valem de informações privilegiadas para garantirem seu lucro. É possível especular com moedas, com imóveis, com ações, com títulos de renda fixa de longo prazo. Trata-se de um jogo de ganha perde no entanto.
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