Houve uma época em que se podia viver isolado da barbárie. Morava-se em bairros onde não se tinha contato e não se viam bárbaros. Os bárbaros não tinham acesso a bens de consumo como carros e apartamentos, de forma que não cruzávamos com eles, a não ser eventualmente no emprego, quando os tínhamos como empregados mal pagos ou então em casa, na forma de empregados domésticos. Bárbaros frequentavam escolas públicas na periferia e não escolas particulares. Assim a vida corria sem grandes conflitos. Mas tudo mudou. Os bárbaros passaram a ganhar mais. Compraram carros e programas de todo tipo lhes proporcionaram acesso a residência. Alguns mais bem sucedidos conseguiram até comprar apartamentos no nosso prédio, já que nós ficamos mais pobres. Hoje em dia a necessidade de lidar com eles aumentou portanto. Eles estão no trânsito e não sabem respeitar os outros. Eles estão no condomínio e não sabem conviver em harmonia. Nunca foi tão necessário punir com rigor os bárbaros pois eles nunca foram tão proeminentes. Os bárbaros se arrogam direitos. Falar não custa nada e eles são especialistas em armar barracos e BOs de todo tipo. Eles estão entre nós !
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8 comentários:
A invasão bárbara pode acontecer na família, quando os bárbaros (menos letrados e instruídos) são chamados a participar de um inventário comum ou então tem de se mobilizar para socorrer um parente inválido e sem quem cuide dele.
Aonde houver necessidade de convívio os bárbaros podem estar presentes: no trânsito, no supermercado, no condomínio, até em certos médicos e hospitais quando eles tem acesso via convênio do emprego. Agora com a política de cotas os bárbaros estão invadindo a Universidade Pública. Em todas as 7 áreas: vestuário, educação, saúde, transporte, habitação, alimentação e despesas pessoas existirão bárbaros. Em muitas eles terão acesso via crédito. Em outras terão acesso direto, já que existirão bárbaros que chegarão a classe A em breve, fruto de seus esforços e das políticas públicas de inclusão.
Houve época que os bárbaros invadiam a família através do casamento, via mulher basicamente. Isso sempre existirá mas tende a ser cada vez mais a exceção e não a regra.
Os bárbaros vem muitas vezes de estados mais pobres e atrasados. Já houve época que os bárbaros eram os imigrantes europeus. Sempre existirão pobres e sempre existirão bárbaros.
Os bárbaros estão na base da pirâmide de Maslow e são basicamente biológicos. A parte psicológica (mental) não é o seu forte e em geral a social também não, já que muitos tem ideias obsoletas e infantis sobre a sociedade. A sociedade a que eles tem acesso não é a letrada e instruída mas aquela representada pelo consumo de bens e serviços. Cada um na sua turma . . .
A invasão pode acontecer na própria família mono nuclear conforme já disse. Ela pode ser também provocada por um filho difícil, por doenças incapacitantes, pela falência pessoal. Os bárbaros estão sempre rondando.
Os bárbaros também estão presentes nos assaltos a mão armada, nos roubos de veículos, no vandalismo, nos furtos de todo tipo e na violência em geral.
Eles estão invadindo a praia também segundo uma reportagem recente: juntam-se muitos para pagar a entrada e as prestações do imóvel de praia. O disco de 1987 do Ultraje a Rigor - Nós vamos invadir a sua praia foi profético !!!
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