domingo, 24 de agosto de 2014

Era muito bom e antevi dificuldades irremediáveis

Uma médica me perguntou se eu fiquei doente antes de acontecer os problemas ou depois. Disse-lhe que foi antes. E eu não estava errado nas minhas previsões. A Kodak simplesmente desapareceu, com a superação da fotografia química pela eletrônica. Pediu concordata. E eu fui defenestrado bem antes disso, em 1994. Depois entrei no Banco GM, pertencente a GMB, a maior empresa americana no Brasil. Meu futuro era lá e inclusive nos Estados Unidos mas uma vez mais a crise desabou sobre a minha cabeça e dessa vez eu não resisti e adoeci. O futuro do Banco também foi negro, com diminuição do seu mercado, de receitas, de empregados, de relevância. Era mais um lugar que eu gostava, onde aprendia, que me pagava bem e onde eu teria futuro. Uma pena. E junto com essas empresas acabou minha vida profissional e meu futuro brilhante, inclusive com minha perspectiva de formar uma linda família, com filhos, etc. Depois para enterrar de vez o capital americano no Brasil, tivemos 12 anos de governo de esquerda aqui no Brasil até agora, com hostilidades aos Estados Unidos, já que eles patrocinaram o golpe militar de 1964 e apoiaram a ditadura militar. Meu diferencial que era o inglês fluente murchou com a doença e com esse cenário. Minha salvação seria ter imigrado para os Estados Unidos. Eu era amigo dos americanos, era próximo culturalmente deles, cheguei a ser convidado mas maktub foi mais forte. Triste.  

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