O seguro é uma área que considero muito interessante porque tem de um lado muita estatística e de outro o incerto, o imprevisível, também chamado de sinistro. A finalidade do seguro não é enriquecer a pessoa beneficiária mas simplesmente repor ou mantém o que pessoa já possui. No entanto estamos no Brasil e o Brasil é o pais dos golpista de todo tipo, das falsas declarações, das omissões, dos "chapéus", das rasteiras e dos engôdos Assim as empresas aqui são selecionadas por serem mais previdentes. Aquelas que não forem vão a falência e são eliminadas do mercado. Em teoria, quanto mais eficiente uma empresa de seguro, menor pode ser o prêmio que a mesma cobra de seus segurados. No limite isso significaria apenas pagar indenizações de seguro para eventos fortuitos, realmente fruto do azar e imprevisíveis. Eventos assim são raros por que em geral dependem da ocorrências da várias circunstâncias concomitantemente, o que em termos estatísticos é bem raro. Quando a seguradora está com problemas momentâneos de caixa ela simplesmente pode declinar o pagamento do seguro e ao segurado pode sobrar apenas a via judicial para ser indenizado. As segurados ante esse cenário utilizam-se de várias estratégias de comercialização: umas não fazem grandes exigências para aceitar o segurado, em compensação limitam a indenização e até a reduzem com o aumento do risco. Outras seguradas, mais sérias e elaboradas, especulam através de formulários próprios minúcias sobre a vida econômica e financeira do candidato a segurado, bem como detalhes de sua condição de saúde. Com essa atitude "filtram" os potenciais golpistas, já que omissões nesses formulários levarão a declinação do pagamento da indenização. Somente a exigência do preenchimento desses formulários tem efeito dissuasivo porque o oportunista já percebe antecipadamente que vai se dar mal. Quanto maior o risco e quanto maior a provável invericidade do que é proposto ou dito maior são os procedimentos de verificação e controle. É assim com seguros e com a concessão de créditos e a compra e venda de bens de elevado valor como imóveis e veículos. É lógico, é racional e é praticado.
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