domingo, 22 de abril de 2012

Quando os velhos erram

Os velhos também erram. Muitos acham que os velhos erram menos que os jovens. Pode até ser, quando falamos em termos de média estatística, afinal, o jovem é "inexperiente" por definição. Acontece que a maioria dos velhos está limitado a suas próprias experiências e elas podem ser restritas. Cansei de ver velhos errarem. A maioria por cegueira mental, ou seja, sua incapacidade de entre as muitas respostas que são possíveis na mente da outra pessoa, acertar qual é a certa. Em outras palavras, cegueira mental é o oposto da empatia. Um velho erra quando não consegue ser empático ou quando é preconceituoso. Vi velhos poderosos errarem. E olha que se eles eram poderosos era porque alguém acreditou que eles eram melhores que os seus contemporâneos. Um desses velhos era diretor todo poderoso de uma grande empresa também muito poderosa. Ele demorou para perceber quem estava a frente dele. Outros dois velhos eram pais de moças candidatas a namoradas, esposas e futuras mães dos netos deles. Para as filhas deles ninguém era suficientemente bom. Nenhuma das duas namorou comigo. E ambas casaram-se e não foram felizes. Ambas acabaram se divorciando e não tiveram filhos, sinal de que nenhuma delas sentiu-se confortável para reproduzir os genes dos "maridos" que provavelmente foram "aprovados" pelos velhos tontos. Para uma mulher de uma família patriarcal a opinião do seu pai é muito importante: ela antes de o respeitar provavelmente tem medo dele e da sua eventual desaprovação. Uma mulher dessas fica em conflito em seguir sua intuição ou ceder aos desígnios do pai. Fica insegura. Quando os velhos erram . . . 

Um comentário:

Van der Camps disse...

Diz o Marquês de Marica que os velhos eram por serem prudentes em excesso. Acho que ele tinha razão. Acontece que se espera que os velhos não errem. É o arquétipo do velho sábio . . .