terça-feira, 10 de abril de 2012

O psiquiatra e o psicanalista

Segundo René Diatkine, que foi psiquiatra e psicanalista, o psiquiatra olha o doente de fora para dentro: vê a doença e a medica. Já o psicanalista olha o doente de dentro para fora: ele procura no interior do paciente as motivações que o levaram a doença. Uma definição dessas somente poderia ter sido feita por alguém que conhecesse os dois lados. Vem de encontro ao que disso minha médica na última quinta-feira: não estou aqui para ajudar meus pacientes a decidir nada. Essa não é minha função. Interessante. Essa com certeza é a função do terapeuta. Mesmo o terapeuta, na figura do Flavio Gikovate, disse que ele procura ajudar seus pacientes mas não se envolve realmente com os dramas dos mesmos. Ele está trabalhando quando entra na vida dos seus pacientes e é assim que ele vê a relação entre ambos. São opiniões de profissionais. Perceba que ambos assumem suas limitações e passam o "problema" adiante. Não deixa de ser um pouco decepcionante essa constatação e vem de encontro aquela frase: como pensaríamos diferentemente se conhecêssemos de perto as pessoas famosas. Aparentemente para curar as dores da alma temos lenitivos como mestres, gurus, psiquiatras, psicanalistas, psicólogos, mas a cura verdadeira é somente espiritual.

Um comentário:

Van der Camps disse...

Minha médica diz que o terapeuta tem de ser equilibrado: não pode ser displicente nem obsessivo. Ou seja, não pode não acreditar na cura nem achar que pode curar tudo. A mim parece que trata-se do mesmo comportamento com relação a qualquer dificuldade emocional/mental: nem achar que podemos resolver todos os conflitos nem achar que nada pode ser feito.