quinta-feira, 5 de abril de 2012

Pobres tem poucas escolhas

Quanto mais rica uma pessoa maiores são as suas possibilidades de escolha, pelo menos teoricamente. É assim com relação a escolha da profissão: alguém inteligente e de classe média pode escolher fazer qualquer profissão de nível superior. Um pobre não terá acesso as melhores escolas e terá suas possibilidades limitadas. Pobres não podem se dar ao luxo de "errar" muito na escolha da profissão. Por isso vão logo atrás de cursos técnicos, que tem alta possibilidade de empregabilidade, por exemplo. Não se trata de escolher a profissão mas de ser escolhido por ela: estão precisando de professores e é fácil de se tornar um: mais jovens pobres escolhem essa profissão. Pessoas de classe média podem sonhar mais e em ir mais longe. Elas tem quem as sustente até conseguirem se estabelecer em uma profissão liberal, por exemplo. Elas inclusive podem fazer uma outra faculdade, caso errem na primeira. Não sofrem uma forte pressão de seus pais para irem trabalhar e desafogar as despesas da casa. Os ricos podem fazer o que quiserem, inclusive não fazer absolutamente nada se assim o desejarem. Devem apenas evitar a maldição brasileira que diz "pai rico, filho nobre e neto pobre". Quando a outra grande escolha, o casamento, temos que sendo pobre o homem não poderá ter acesso a todas as mulheres que ele desejaria. Ele em geral fica com a mulher disponível, moradora no mesmo bairro, parente ou empregada na mesma empresa que ele. O pobre não tem condições de buscar uma mulher longe ou no exterior. As mulheres pobres por sua vez, caso sejam bonitas, podem tentar casar com alguém de nível social mais elevado, indo nos lugares de paquera da moda ou então, hoje em dia, pela internet. Caso seja feia e pobre, então suas chances diminuem muito. A classe média pode escolher um pouco mais e a classe alta pode escolher quem quiser, isso porque em termos de casamento, o que interessa as mulheres é as condições para criar filhos e dinheiro ajuda muito a ter pouco trabalho para criar filhos. As escolhas são portanto diretamente proporcionais a sua riqueza.

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