Tenho acompanhado alguns casos de emigrantes brasileiros de classe média. Todos os casos terminaram do mesmo modo: A ambição da pessoa fala alto no primeiro momento e ela acha que vai "fazer a América": ficará rica (ou famosa) nos Estados Unidos. Isso vale para quem é muito pobre, sem muita instrução. Esse tipo de emigrante tem muito pouco a perder e muito a ganhar, já que irá ganhar até 10 vezes mais que aqui no Brasil e os bens materiais que irão comprar realmente poderão acalentá-los. O emigrante de classe média logo percebe que a frieza com que é recebido pode levá-lo a depressão e que ele não é tão bem recebido assim pelos locais. Esse sentimento depressivo cresce com o tempo e aí ele lembra do carinho e aconchego da família. Nesse momento ele decide voltar. Quando volta, outras pessoas de classe média, que insistiram em carreiras aqui no Brasil, que são da mesma idade, já ocuparam os bons empregos. E esse ex-emigrante fica no vácuo: Não conseguiu se adaptar bem ao exterior nem ao Brasil. Ficam no limbo. Pessoas de classe média que quisessem realmente fazer a vida nos Estados Unidos com dignidade precisariam entrar em uma grande Universidade, conseguindo se formar: para esses felizardos o governo americano daria o visto automaticamente e o emprego estaria garantido. Esse tipo de emigrante de altíssimo nível não sofreria nenhuma descriminação e conseguiria com facilidade a naturalização americana. Provavelmente teria renda elevada e casaria bem, sendo o arquétipo da pessoa realizada e bem sucedida. Aqui no Brasil é o mesmo: formados em Medicina na USP tem excelentes perspectivas, por exemplo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário