Exatas, Biológicas e Humanas

Depois que entrei em engenharia fiz uma matéria dissertativa: Estudo de Problemas Brasileiros. Inclusive nessa matéria tirei a minha maior nota em todo curso: 9,5. Todas as outras matérias eram provas com fórmulas, muitas fórmulas e muita, muita matemática. Na minha santa ignorância eu achava que eram fórmulas como das aulas de física no segundo grau, que faziam sentido e eram simples. Não. Eram fórmulas que nada significavam até serem desenvolvidas e no final fazerem algum sentido, pelo menos na Engenharia Eletrônica. Biológicas tem por objetivo a vida e seus vários aspectos. Temos um bom contato com essa área, porque vamos ao médico e nos habituamos com os exames que ele nos pede, com as cirurgias de rotinas as quais temos de nos submeter, com o dentista que visitamos todo ano, com todas as informações que recebemos de como sermos saudáveis e termos uma vida longa longe das doenças. Já humanas é a pátria das línguas e das palavras. A pátria da comunicação por excelência, tanto verbal, quanto escrita, quanto visual. Ainda me lembro do livro de português do ginásio: seu título era comunicação e expressão. Ele resumia tudo já no título. A vida me fez ver que minha praia são as humanas, a expressão, o debate de idéias, a liderança, os processos sociais, a antropologia, o direito, a administração, a economia, a psicologia, as artes, o jornalismo, a religião,a filosofia, a teologia e tudo o que é humano de uma forma geral. Meu último teste vocacional deu comunicação social, provavelmente jornalismo. Sim. Por que no jornal eu poderia escrever sobre todos os assuntos, comunicar as pessoas, até tentar mudar o mundo. Teria contato com grandes conhecedores de assuntos diversos e aprenderia com eles, da mesma forma que aprendo lendo seus artigos. Fazendo carreira poderia chegar a diretor de redação. Meu avô materno era redator de jornal. Eu nunca o conheci (ele morreu quando minha mãe tinha 5 anos). Talvez eu tenha herdado algo dele . . .