Diz o Gikovate que nosso cérebro é seletivo e se preocupa com aquilo que está incomodando no momento. Resolvido esse problema imediato, o cérebro "esquece" que ele existiu. Pode funcionar para a maioria das pessoas. Não para mim que tenho uma boa memória e muita informação na cabeça. Sou previdente. Trabalhei com análise de risco. Saúde que preocupa a maior parte da população não me preocupa. Educação que preocupa alguns também não me preocupa. Segurança também não. Fui com o tempo eliminando cada uma dessa ameaças. A única ameaça que não consegui eliminar foram as advindas do meu casamento fracassado. Viver é arriscado. E era mais ainda nos anos 80, sem informação e com mudanças não absorvidas pela sociedade. Nossa sociedade é injusta. O pendulo muda conforme a época e ele é medido pelas nossas leis, que favorecem um grupo social ou outro. Nosso judiciário é uma porcaria, nossos cidadãos gostam do "jeitinho", existe corrupção em todas as áreas. Viver aqui no Brasil é uma ameaça para quem não está no "esquema". Para muitos brasileiros pobres e carentes a última preocupação que eles tem é com a justiça: eles provavelmente conhecerão a justiça criminal. No máximo a justiça da família. Na cível serão os maus pagadores. Na justiça do trabalho serão os coitadinho explorados pelos patrões inescrupolosos. Sempre conhecendo as decisões da justiça e imaginando que o processo é esse mesmo, que é a lei, etc. etc. etc. Poucos sabem como as coisas realmente funcionam na prática. Poucos conhecem os podres dos intestinos desse "poder". O judiciario me incomoda muito porque ele é a prova do atraso do Brasil na forma que afeta os mais ricos e instruidos. Os atrasos do Brasil para os pobres e ignorantes é obvio e é mostrado todo dia na televisão. Os grandes pensadores deste pais acreditam que os ricos e instruidos se defendem por conta própria, não necessitando do amparo do governo executivo ou do judiciário. Esquecem-se de que são os ricos e instruídos que sustentam todo o governo e seus três poderes, através da cobrança de impostos. Nosso judiciário é feito de pessoas despreparadas, que julgam apenas o que está nos autos, que tem uma fórmula feita para todos os casos que lhes chegam as mãos e que muito pouco colaboram para a paz social.
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4 comentários:
Pessoas ricas e instruidas são em geral as vítimas, em todos os sentidos: são as que carregam nas costas todos os desvalidos de todo tipo: tanto os intermediados pelo governo quanto diretamente, na forma de casamentos com empiastros de todo tipo ou filhos "parasitas". São os generosos os que mais sofrem. Os egoistas sabem bem como se defender . . .
São os que tem algo perder. Miseráveis não tem nada a perder. Criminosos de todo tipo tambem não. Diz um sábio ditado para nunca disputarmos com alguém que não tem nada a perder, porque a luta seria desigual.
Entre os ricos e instruídos estão as grandes empresas, multinacionais ou não. Trabalhadores inescrupolosos formam quadrilhas para pilhar essas empresas, senão diretamente, através de fraudes e desfalques de todo tipo, através de processos trabalhistas indevidos e que não existiram. O olho "cresce" contra qualquer um em posição superior.
Vale o mesmo para os pedidos de indenização. Tudo se fundamenta na avaliação das partes: De um lado um pobre e desvalido. Do outro lado a grande multinacional exploradora dos pobres brasileiros. De um lado o rico empresário. Do outro lado o pobre empregado que não consegue manter sua familia com dignidade. De um lado o marido rico e opressor, do outro uma pobre mulher e seus filhos. De um lado o patrão inclemente, do outro lado a pobre domestica que precisou recorrer a justiça para receber seus poucos direitos trabalhistas. De um lado o pobre governo que tem de cobrar impostos para manter a ordem social. Do outro os sonegadores crueis que querem se apropriar de fundos indevidamente.
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