segunda-feira, 12 de maio de 2014

Pai rico filho nobre neto pobre

Pensei que esse fosso um ditado brasileiro. No entanto, li uma matéria no Jornal Valor Econômico de hoje feita nos Estados Unidos que diz existir um estudo que aponta em 90% a chance de que a riqueza não chegue a terceira geração. Para que a riqueza chegue a terceira geração e se perpetue é preciso gastar cerca de 1 a 3% do patrimônio por ano apenas. Eu já havia lido estatísticas que mostraram que os ricos na meia idade nos Estados Unidos não continuavam ricos eternamente. Isso mostra que ao passar de geração para geração acontece o seguinte: pobreza, riqueza e pobreza, na melhor das hipóteses se alternando no tempo e na pior ficando eternamente na pobreza. 

2 comentários:

Van der Camps disse...

Em uma conversa entre amigos hoje houve divergência sobre porque a riqueza acaba em menos de três gerações. Um amigo botou a culpa naqueles que entram na família, dizendo que eles não participaram da criação da riqueza e vão desfrutá-la. Na opinião desse amigo o jeito seria nenhum dos filhos se casarem, de forma a manter na família original a riqueza conquistada. Eu me lembro de um casal de irmãos que fizeram exatamente esse pacto. Também sei de muitas famílias ao redor do mundo que somente permitem casamentos entre parentes, justamente para evitar a dissipação da riqueza. Já o outro amigo disse que são os próprios filhos e netos que acabam com a riqueza ao já nascerem ricos. Isso aconteceria porque eles receberiam tudo de mão beijada dos seus pais. Seriam Playboys, Mauricinhos e Patricinhas que gastariam o dinheiro sem se preocupar em ganhá-lo primeiro. Aqui entra aquela máxima que diz que a necessidade é a mãe de todas as virtudes. Quem terá razão ? Os dois. Cada um deles falou da experiência que tiveram em suas respectivas famílias.

Van der Camps disse...

Toda vez que a velocidade de gasto dos recursos for maior que a velocidade em que eles são criados é uma questão de tempo para que os recursos acabem. Aqui entram variáveis como número de casamentos e divórcios e número de filhos. Também entra na fórmula a forma de se gerar renda. Empresários de sucesso, empregados da iniciativa privada bem remunerados, funcionários públicos de alto escalão, profissionais liberais bem sucedidos. Essas são as opções.