segunda-feira, 19 de maio de 2014

A explicação do porque o comercio anda em ondas esquizofrênicas

Um amigo observou que o movimento na rua de comércio onde ele tem um restaurante oscila aparentemente sem nenhuma lógica ao longo dos dias. Devemos lembrar que as pessoas que podem comprar durante o dia de alguma forma são autônomos e não empregados assalariados ou funcionários públicos, que tem de dar expediente. Aqui outro post meu que diz que a renda dessas pessoas também oscila ao longo do mês pode ser a explicação: o povo não tem certeza do que vai acontecer amanhã e não consegue fazer previsões sobre renda. Acontece que a vida é regrada por eventos que se repetem todos os dias: precisamos nos alimentar, dormir, usar eletricidade, água, etc TODOS os dias. Compras de roupas e sapatos podem ser por impulso mas o impulso depende de se ter dinheiro ou crédito. Decisões de longo prazo, entre elas investimentos são muito prejudicadas por conta dessas expectativas esquizofrênicas. Todo o pais é prejudicado por essa realidade que impede o planejamento efetivo da vida das pessoas. Até relacionamentos são negativamente afetados e junto com eles as famílias. Insegurança é o nome dessa epidemia. Precisamos de tranquilidade para vivermos. Não podemos viver aos sobressaltos pois isso destrói primeiro nossa saúde mental e depois nossa saúde física. Pequenas despesas e ajustes no inicio dos problemas podem evitar grandes rombos mais tarde. A nova geração pode ter uma expectativa de vida menor que a precedente aqui no Brasil. Essa é a indicação de que estamos rumando para o abismo . . . 

Um comentário:

Van der Camps disse...

Enquanto o comercio pode conviver com essas oscilações, a industria não consegue por sua própria natureza. Quem paga aluguel e depende de vender seus serviços também pode sofrer e quem paga escola particular também, sem falar no seguro saúde. As pessoas ficam adiando tudo o que não é essencial simplesmente porque não tem dinheiro e ai a vontade de meter na mão nos impostos e nas verbas sociais dos empregados aumenta. O sentimento de que eu preciso viver em primeiro lugar é dominante . . .