domingo, 18 de maio de 2014

A primeira médica da família Campos

Chegamos lá !!! A quarta geração da família Campos em solo brasileiro chegou a profissão de maior valor simbólico para o povo. Meu avô (primeira geração) era um agricultor que virou corretor de imóveis com o crescimento da cidade de São Paulo. Meu pai (segunda geração) foi um executivo de multinacional em uma época de industrialização do pais. Eu (terceira geração) fui executivo de multinacional mas na área de serviços (banking) e agora minha filha (quarta geração) será a primeira médica da família e terá o sobrenome Campos estampado em um diploma da Universidade Federal Fluminense. Atuará na área de serviços obviamente e poderá ser uma profissional liberal ou professora universitária. Penso que as mulheres não levam muito a sério o seu sobrenome, já que podem adotar o do marido no casamento há séculos. A novidade é que os maridos agora podem adotar também o sobrenome da mulher no casamento. Além disso profissão sempre foi motivo de preocupação mais para os homens do que para as mulheres. A vida pública, os negócios, o gerenciamento do dinheiro sempre foram atribuições mais masculinas que femininas e essa tradição ainda existe. Demorou quatro gerações !!! O que será que a quinta geração conseguirá ??? Duvido que eu viva o suficiente para descobrir . . .  

3 comentários:

Van der Camps disse...

Tenho um grande amigo cujo pai é médico. Ou seja, já na segunda geração sua família tinha atingido o ápice em termos de profissão valorizada socialmente. Na terceira geração nenhum dos quatro filhos seguiu a carreira de médico por questões que me foram explicadas. Pelo menos um primo se formou médico e era filho de médico. Não conheço os parentes dele mas a família é grande. Será que na quarta geração surgirão novos médicos ??? A conferir . . .

Van der Camps disse...

Esta é a "linhagem" daqueles que apostam no estudo acima de tudo. Para formar um médico, mesmo em escola pública, é preciso todo um suporte familiar, tempo e dinheiro. O que a sociedade faz é retribuir com bons salários todo esse esforço. É mais ou menos o que acontece com quem se forma engenheiro e é competente: sua remuneração mínima por lei é a mais alta entre as profissões pagas pelas empresas privadas. Trata-se apenas do reflexo da nossa sociedade, das dificuldades inerentes a formação do profissional e do retorno que ele pode proporcionar em termos de receita ou então em termos de prejuízo.

Van der Camps disse...

As mulheres que são médicas conseguem exercer seu lado empático e feminino de cuidar com uma profissão altamente valorizada e exigente em termos intelectuais. A tendência é que essa profissão torne-se também feminina, como aconteceu com o direito. Tudo aquilo que exigir muito estudo formal tenderá a ser feminino.