Estou lendo um livro sobre como fazer terapia de casal por terapistas junguianas. No livro a autora diz claramente que a pessoa que procura esse serviço vê o terapeuta como um perito e autoridade, ou seja, como o salvador da pátria. Extrapolando para quem busca o serviço de outra pessoa acho que acontece o mesmo tipo de relacionamento: quem procura um corretor de imóveis confia que ele seja um "perito e autoridade" em imóveis para vender e alugar. Quem procura um médico quer que ele também seja um "perito e autoridade" em medicina (talvez por isso aqui no Brasil o povo goste de médicos mandões e autoritários). E nos relacionamentos ? Quem seria o "perito e autoridade" em relacionamentos ? As revistas e seus consultores !!! Entre eles psiquiatras e terapeutas em geral. A mãe seria perita e autoridade em cuidar e criar crianças e amparar velhos. O pai seria perito e autoridade em conduzir a família, decidir o que fazer com o dinheiro e mandar. Observe que o mundo ideal imaginado por esse viés é repleto de peritos e especialistas, cada um vendendo seus serviços para os demais.
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