Com o passar dos anos e com a morte de vários parentes vou tendo acesso a histórias do passado. Assim descubro como era a vida econômica financeira de tios, tias, avós, primos e primas. Nunca tive intimidade com esses parentes para perguntar diretamente sobre suas finanças. Esse não era um assunto normalmente abordado pela família. Dinheiro e sexo eram tabus nas famílias dos meus pais como em geral aqui no Brasil e não pude fugir dessa regra da nossa sociedade, Hoje sei que o conhecimento financeiro da família era o mais rudimentar possível. Também sei que quase todos viviam com muito pouco dinheiro. Que ocupavam as profissões mais modestas e mal pagas. Que plano de saúde era um luxo para eles e que quando tinham um era de baixa qualidade. Que procurar médico era quando a doença aparecia. Que uma tia solteirona juntou dinheiro em conta poupança até conseguir comprar um apartamento a vista, ou seja, juntou um bom dinheiro e nunca ninguém soube disso ou se souberam não tiveram acesso. Para conseguir esse feito privou-se de tudo em termos de consumo. Essa tia poderia ter tido uma vida muito mais confortável se tivesse tipo acesso a alguma informação sobre investimento. Meus avós poderiam ter vivido muito melhor se tivessem vendido uma casa grande e ido morar em uma outra menor, deixando o dinheiro no banco. Não sabiam fazer planejamento e lidar com dinheiro, resumindo. Nem cuidar preventivamente da saúde e em termos de relacionamento também não eram nada efusivos ou participativos.
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Um comentário:
São esses parentes despreparados que tiveram de fazer o inventário dos meus avós e da tia falecida. Foram eles que controlaram contas correntes e poupanças dos falecidos. São eles que vivem nas casas que meu avô construiu em décadas passadas, tendo reformado as mesmas em alguns casos. Nunca viram tanto dinheiro como o representado pelos imóveis que serão herdados.
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