Eu não gosto de imperfeições. Gosto da excelência. Como engenheiro aprendi a valorizar o custo benefício ótimo. Trabalhei em empresas que também eram assim e elas tiveram problemas. Problemas surgem o tempo todo. Como resolver esses problemas é a chave da questão. Quando percebo que algo não saiu a contento busco o porquê. Nessa busca descubro inevitavelmente alguma falha humana. Máquinas também erram mas erram bem menos. O mundo é imperfeito e isso gera estresse. Revoltar-se contra o mundo e as pessoas não irá fazê-lo mudar para melhor. Suicidar-se porque o mundo é cruel e egoísta não mudará nada. Getúlio Vargas fez isso. A sociedade expurga sua escória para os presídios e hospitais psiquiátricos. Nosso corpo um dia deixará de ser perfeito também. Nossa família e muito menos a família dos outros também não é perfeita. Acho que a única perfeição possível é a do casal feito um para o outro. Empresas, países, governos: todos são imperfeitos. Ganha-se e perde-se. O perfeccionismo é uma neurose e no limite pode tornar-se uma compulsão obsessiva-compulsiva. O melhor que poderia ser feito frente as condições vigentes. Fazer o melhor possível e seguir em frente. Essas palavras são aplicáveis a todas as pessoas. O problema é que o melhor possível pode ser muito pouco e o resultado péssimo. E o resultado péssimo significa sofrimento. É normal que um intelectual demore mais a tomar uma decisão porque ele pondera mais variáveis, reflete e questiona. Nem todos são intelectuais ou tem a envergadura mental necessária para tomar decisões de longo prazo ou estão preparados para situações desafiadoras. É nesse momento que as grandes cagadas acontecem, em geral, por omissão e incapacidade. Sendo lógico, não posso querer me perdoar por todos os meus erros e culpar os outros por tudo de errado que aconteceu. Só que existem grandes erros e pequenos erros, da mesma forma que existem pecados veniais e mortais . . .
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário