sexta-feira, 16 de março de 2012

O Jornalista Investigativo

Já comentei sobre o trabalho de auditor várias vezes. E uma das visões possíveis da profissão, pelo menos para os altos executivos, era a de jornalismo investigativo. O jornalismo investigativo é o mais caro que existe, porque ele pode demorar e é necessário que o "jornalista" vá fundo no assunto em questão. Não basta ficar na superfície. É preciso buscar as causas. E depois propor soluções. Na profissão eu as vezes me sentia um perito criminalista (fraudes em documentos), investigador de polícia (desvios que precisavam ser investigados), policial militar (inspeção periódica preventiva em filiais), promotor público (fazia a denúncia para o executivo que iria julgar e definir o futuro da questão) e agora, jornalista investigativo, no momento em que divulgava os pontos para pessoas interessadas, como auditores gerais corporativos. Nessa ocasiões eram feitos resumos para não tomar o tempo deles desnecessariamente. A função que eu exercia tinha todos esses vieses. Muitos auditores desempenham apenas uma dessas facetas.

9 comentários:

Van der Camps disse...

Leio na Wikipedia que o jornalismo investigativo é especializado em desvendar mistérios e fatos ocultos do conhecimento público, em geral crimes e casos de corrupção. E que muito do seu trabalho redunda em "furos" de reportagem.

Van der Camps disse...

Faço jornalismo investigativo por natureza: toda vez que tenho contato com uma pessoa nova faço perguntas e procuro aprender algo. Fiz isso com minhas namoradas e candidatas, com convidados em reuniões sociais, com sites de relacionamento, com amigos, com parentes, com vizinhos em reuniões de condomínio, com médicos, com advogados, enfim, com todas as pessoas que tenho algum contato.

Van der Camps disse...

De nada adiantaria um fazer um curso superior de jornalismo: o mercado está saturado. Como psicólogo eu seria um investigador da mente das pessoas. Como investigador de polícia a vida seria perigosa em companhias não muito agradáveis. Como promotor não passaria no concurso.

Van der Camps disse...

Revendo posts antigos verifiquei que meu teste vocacional deu jornalismo em 2011. Com certeza o jornalismo investigativo: profissão repórter.

Van der Camps disse...

Quando fazemos uma investigação precisamos validar as informações: auditá-las. Em geral essa validação acaba quando chegamos a um registro público. Só que existe informações falsas mesmo em registros públicos, como casos de fraudes processuais. Tudo é possível quando está em jogo roubar muito dinheiro com simples falsificações ou mentiras. É o caso dos processos trabalhistas, golpes da barriga para garantir pensão alimentícia, limpeza de matrícula de imóveis para vender para alguém de boa fé, interdição de milionários com fins ilícitos. Esses são os maiores casos que conheço e que vi acontecer. São fraudes e engôdos, perpetrados por "espertos" maus caráteres, que querem roubar os outros em benefício próprio.

Van der Camps disse...

Todas esses fraudes envolvem (ou podem envolver) quantias que chegam a centenas de milhares de reais. São valores elevados, que fazem crescer o olhos dos bandidos.

Van der Camps disse...

Todas essas ações são crimes que não são punidos, pois estão envoltos em "mistérios" e segredos. E todos eles tem uma característica comum: neles os criminosos se passam por vítimas. O empregado desonesto arruma falsos testemunhos e na frente do juiz se passa por coitadinho. A mulher que dá o golpe da barriga fatalmente será abandonada pelo marido traído em sua confiança e passará por vítima de um desalmado. O vendedor de imóvel com matricula fraudada aparecerá na frente do comprador como uma pessoa idônea e de boa fé, honesta e bonzinha. Todos os estelionatários e bandidos que eu conheci nas minhas auditorias eram simpáticos e aparentemente boas pessoas . . .

Van der Camps disse...

O sistema é falho e pode ser contornado por corruptos. E ninguém faz nada para melhorá-lo e aperfeiçoa-lo. Existe corregedoria nos cartórios contra denúncia. Existe pena para falso testemunho. Existe métodos anti-concepcionais masculinos. Duro é fazer a denuncia e ser ouvido, provar o falso testemunho onde não existem outras testemunhas e adotar métodos anti-concepcionais se você fez um acordo com a mulher e é casado em ela.

Van der Camps disse...

Em toda fraude misteriosa existe a traição de alguém, direta ou indiretamente.