O governo aqui no Brasil gosta de aumentar as projeções de receitas e de diminuir as projeções de despesas. E faz isso no orçamento que manda para o congresso aprovar. Em matéria de ficção contábil já vimos o governo fazer de tudo. No entanto, como a realidade sempre prevalece, os cortes orçamentarios tornam-se inevitáveis e são os investimentos os primeiros a serem expurgados porque eles não são despesas "obrigatórias". É mais uma vez o "me engana que eu gosto" dos brasileiros. Eu me lembro de uma empresa em que trabalhei onde orçamento era coisa séria e onde as receitas eram muito bem auferidas. A administração dessa empresa era muito mais facilitada porque os números eram "quentes". Ao contrário do orçamento, muitos números do governo são confiáveis. Despesas são por si só obvias, já que o controle sobre as mesmas é total pelo seu operador. Já receitas são mais incertas, só que no caso do governo como são pulverizadas, uma coisa compensa a outra e as receitas podem ser consideradas como quase certas. É como um condomínio: muito mais simples de administrar do que uma empresa real.
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