A palavra universidade é usada porque ela possui cursos em todas as areas do conhecimento humano. Seria portanto "universal". Devido a condições familiares eu queria muito minha independencia. E independencia somente existe quando se pode ganhar o proprio dinheiro. Eu tambem queria um certo luxo e conforto, porque sou exigente. Então estava descartado o caminho de arrumar um empreguinho logo que terminasse o segundo grau. Tambem devo salientar que embora a pressão em casa fosse velada ela era grande mas tolerável, de modo que eu não estava obrigado a trabalhar durante minha graduação, como muitos estudantes menos favorecidos. Como não tive nenhuma ajuda para escolher minha profissão, eu não sabia das forças sociais envolvidas. Minha unica orientação foi o manual da FUVEST. E nele descobri que a engenharia tinha muitas divisões e que o engenheiro ganhava salario inicial de 10 salarios minimos. Com essa informação escolhi fazer engenharia. É verdade que essa escolha já estava mais ou menos decidida quando entrei no colegial, porque fiz exatas. Minha decisão não foi a mais acertada porque me faltaram informações. No entanto, em termos de satisfação pessoal, ela foi muito boa. Sim, porque para ser engenheiro você é obrigado a aprender a pensar e a ser autodidata (pelo menos na Escola Politecnica da USP) e essas habilidades me troxeram muito conhecimento e sabedoria, habilidades que eu prezo muito. Já a ascensão social não aconteceu conforme previsto, devido a equivocos, fatalidades e outras circunstancias imponderáveis e incontroláveis. No entanto, meu esforço foi de certa forma recompesado. Não na intensidade e extensão que eu desejei mas de forma suficiente.
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