Ainda me lembro de uma entrevista de emprego deprimente a que fui. O "empregador" era um "jacaré": ele tinha um pequeno escritório de contabilidade e auditoria. Quando alguma auditoria lhe caia no colo ele ia ao "mercado" contratar "auditores" temporários. É o tipo de negócio muito conveniente para o "jacaré" mas interessante apenas para o empregado que não tem outra alternativa na vida, só sabe fazer isso, não tem recursos para mudar de profissão ou viver sem trabalhar. Ou seja, é a prostituição do profissional. E pensar que sai da praia no Guarujá para atender a esse jacaré. Lembro que ele disse que precisa gostar de mim para me contratar. Mal sabia ele que eu precisava gostar dele para trabalhar com ele. Logo percebemos ambos que não era a nossa praia, nem de um e nem do outro.
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3 comentários:
Outra vez conheci um "empreendedor" de sucesso. Os nossos "santos" com certeza não bateram também. Empreendedor brasileiro adora explorar os outros e detesta pagar impostos e bons salários, quiça benefícios, principalmente se forem "emergentes".
Depois fomos selecionados para sermos os conselheiros do rei, ou seja, para fazermos o papel de maquiável, em uma empresa nacional de grande porte. E mais uma vez somos chamados para uma empresa multinacional menor, onde o salário era também menor e o status idem. E assim fomos descobrindo como nosso mercado de trabalho é uma grande merda e a maioria dos executivos também o são.
Em todos esses empregos o salário oferecido já dizia tudo o que poderíamos encontrar. Quem paga mais é mais exigente e em troca oferece mais. É exatamente o que acontece com qualquer mercadoria: você leva o que você paga e fim de papo. O resto é firula e marketing . . .
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