Acredito que 99% das pessoas que contratam um advogado pensam que ele é uma espécie de despachante de luxo: você lhe dá uma procuração, esquece o assunto e fica sabendo das "novidades" do processo através de consultas que você lhe faz ou quando ele entra em contato. Muito fácil não ? As pessoas continuam trabalhando e ficam burocraticamente esperando que o advogado lhes creditem o dinheiro que tem direito, depois dele ter retirado a parte que lhe é devida. Quem vai até o balcão do cartório conferir o que o advogado está fazendo ? Quem tem a consciência de fiscalizá-lo ? Percebo que essa é a regra com relação a tudo: o sujeito leva o carro no mecânico e não quer saber do porque o carro quebrou: quer saber apenas quanto terá de pagar para ter o carro funcionando de novo. Vale para quem vai ao médico, ao dentista. Para quem compra um imóvel: o comprador não vai visitar a obra e conversar com o engenheiro civil responsável, mesmo porque não tem capacidade para tal, não consegue nem estabelecer um diálogo mínimo. Vale também para o "cliente" que senta na frente do Gerente do banco. Ou quem senta na frente do "perito" do INSS. Ou do juiz. Ou do padre. Ou do bispo. Ou do professor. Acho que somente em uma grande empresa, uma empresa sofisticada, que precisa de que tudo funcione e funcione bem é que a comunicação é fundamental e é desenvolvida. Nos pequenos negócios, no dia a dia de 95% da população isso não é explorado ou cogitado. E quando as coisas dão errado o esporte dessas pessoas é por a culpa nos outros, eximindo-se da sua responsabilidade e ignorância . . .
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Um comentário:
Todo intermediário surge em função do bem ou do mal. É do bem quando sua intenção é realmente boa, ou seja, quer ajudar. E é do mal, quando se aproveita de que o seu contratante é ignorante no assunto e faz dele gato e sapato. Nas dificuldades é que se buscam os intermediários. Pessoas se defendem atrás dos intermediários quando as coisas dão errado.
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