O condomínio que se estabelece em uma herança é um dos mais críticos que podem existir, porque em todos os outros existe um mínimo de homogeneidade, o que pode faltar em uma herança partilhada. Em um condomínio existe um síndico, que é eleito pela maioria dos condôminos e daí vem a sua autoridade. A "eleição" do síndico no caso da herança corresponde a escolha do inventariante. Quem faz testamento pode escolher o inventariante. Quando não existe acordo um terceiro que não tem muito interesse em trabalhar mas apenas em receber dinheiro pode ser escolhido pelo juiz. Assim como juiz, que simplesmente arquiva processos complicados ou então os deixa mofando nas prateleiras, esse inventariante dativo normalmente tem o mesmo comportamento. É muito fácil entrar em uma herança. Basta ter algum parentesco que lhe assegure o direito e ficar sabendo da morte do de cujus. É assim que pessoas de todo tipo, moral, nível cultural, educação e instrução de repente se tornam sócios em bens e direitos para os quais podem não ter contribuído em nada. Será que existe situação mais enrolada ? Patrimonialmente eu acho que não. Tudo tem um ordenamento, uma hierarquia, tanto na terra como no céu. Existem leis para tudo e existem afinidades e regras não escritas, que são explicadas pelas ciências, por exemplo. Todas associações importantes tem um contrato. Tudo que tem alguma importância é regulamentado de alguma forma pela sociedade. E não custa lembrar que nem tudo que é legal é honesto . . .
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