Artigo do Jabor diz que a origem profunda da direita americana está na família: seriam os pais de familia, que defendem com unhas e dentes os privilégios e o futuro de seus filhos e amigos. Percebemos aqui talvez até um viés com relação ao filho primogênito: ele foi filho único por algum tempo e pode absorver com maior intensidade os cuidados, atenções e ideologia dos pais. Existem estudos psicológicos sobre as diferentes posições na ordem de nascimento. O estudo Born to Be Rebel analisou em profundidade esses efeitos. A verdade é que a tradição está por trás da direita. Ouso afirmar que a inovação está por trás dos caçulas. E o mercado é o juiz final. Quem se preocupa apenas com seu umbigo pode ser surpreendido com uma revolução, como aconteceu na França. Nos países modernos essa revolução vem por meio da eleição de alguém da oposição, teoricamente da esquerda. Nos Estados Unidos existem apenas dois partidos que refletem essa lógica e eles se alternam no poder. Ser de esquerda significa aceitar que maiores volumes de dinheiro sejam destinados aos mais pobres, imigrantes e ações sociais. Ser de direita é achar que o mundo pode ser melhor se a iniciativa privada for incentivada e novos empreendedores possam surgir. Os extremos são perigosos: no caso da esquerda teríamos a utilização de recursos importantes para o investimento do governo sendo desviados para sustentar "vagabundos". No caso da direita teríamos um mundo de miseráveis iletrados, sem emprego, assaltando e enchendo as prisões. A verdade é que ninguém conseguiu resolver melhor essa questão que os pequenos países da social democracia europeia. Mesmo lá há dúvidas de até quando o sistema será viável. Em uma família podemos ter a mesma coisa: a direita e a esquerda, conforme os privilégios são distribuidos entre os filhos. Por privilégios entenda incentivo, atenção, dinheiro, acesso a bens e atribuição de responsabilidade.
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