São sonegados no Brasil segundo estimativas R$ 500 bilhões por ano. Quem sonega também paga para outros que também sonegam. É preciso comprar sem nota fiscal para vender sem nota fiscal, para sonegar impostos indiretos. E é preciso comprar sem nota fiscal para gastar o dinheiro sonegado, que não pode aparecer na forma de bens acumulados na declaração de imposto de renda. Outra forma é colocar os bens em nomes de "laranjas" ou de empresas, que tem muito maior facilidade de gerarem lucros fictícios e assim justificarem o aumento de ativos. Pessoas menos sofisticadas recebem em dinheiro vivo que esfriam, tirando de circulação. Guardam esse dinheiro em casa, geralmente em cofres. Conheço empresários que declaram possuir pequenas fortunas em dinheiro vivo em casa apenas para esquentar algum negócio que façam. Essas pequenas e médias empresas não tem contabilidade real, nem pagam impostos através da apuração do lucro real. Podem declarar qualquer valor entre os limites legais possíveis e ai esse lucro sai "limpo". Isso acontece porque existe incentivo para quem tem empresas em um pais supostamente capitalista. É assim que sonegadores conseguem um padrão de vida muito melhor que simples assalariados de empresas privadas ou funcionários públicos, estes sujeitos a pagaram imposto de renda na fonte. São essas pessoas que compram imóveis e carros com dinheiro vivo, que detonam investimentos que poderiam melhorar a vida de todos caso o governo fosse eficiente e justo. São essas pessoas que terão uma vida longa e uma velhice feliz por conta do quanto acumularam em décadas de sonegação. Aos demais restará a miséria e uma velhice deprimida e pobre, com sofrimentos e privações mil, com abreviação da expectativa de vida, além da impossibilidade de ter tido filhos por exemplo. Essa gente tira a possibilidade de uma vida digna para quem depende do governo e para quem sustenta o governo. São predadores, exploradores e não são honestos na disputa pela sobrevivência econômica e financeira já que as regras são diferentes para uns e outros.
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
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