O homem médio brasileiro tem uma casa na periferia, um carro velho da Fiat, Volks ou GM e uma caderneta de poupança. Trabalha em uma pequena ou média empresa nacional privada e ganha pouco. Seus filhos estudam na escola pública do bairro, ele usa o convênio médico da empresa bem como sua família e viaja para a Praia Grande. Na justiça sua principal ação é processar seu antigo empregador. É casado e tem dois filhos. Faz compras no mercadinho e na farmácia do bairro. Quando vai vender, comprar ou alugar um imóvel procura sempre uma imobiliária. Compra seu carro usado de um intermediário. Gosta de reclamar no PROCON e meter a boca quando é mal atendido mesmo pagando uma miséria. Não leva a família almoçar ou jantar fora e compra pizza no bairro por R$ 20,00. Vê novela e fica sabendo das coisas "por ouvir falar". Encontra seus amigos no boteco da esquina. O último livro que leu foi no segundo grau. Não tem seguro do carro. Não tem telefone fixo e seu celular é pré-pago. Sua banda larga é da idade da pedra. Seu cartão de crédito tem limite de R$ 400,00. Quando a família aumenta faz um puxadinho no quintal. Nunca viu um engenheiro ou arquiteto na vida. Conhece alguém que já foi preso.
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2 comentários:
O homem médio mora em um bairro indiano ou africano aqui em São Paulo.
O seu trabalho é um trabalho em geral operário, com pouco uso da inteligência e por isso mesmo remunerado "na média". Somente aqueles que tiverem a sorte de entrar em grandes empresas e permanecer por décadas ascenderão econômica e financeiramente mas não culturalmente. Serão em geral valorizados pelos anos de experiência e não pelas grandes sacadas criativas e inovações.
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