Já escrevi sobre aqueles que ficaram ricos na inflação: basicamente comerciantes. E esses comerciantes muitas vezes aumentavam seus lucros comprando imóveis, que por conta da mesma inflação se desvalorizavam muito até o pagamento ser efetuado. Com isso criaram uma carteira de imóveis as custas daqueles que não conseguiam repassar a inflação nem proteger-se adequadamente, como por exemplo os 95% de assalariados. Foi nessa época que vi um tio virar marajá e passei a acreditar que ser empresário era o caminho para o pote de ouro no fim do arco iris. Esse tio marajá faliu mas antes fraudou os credores. Um amigo teve um caso parecido com uma tia. Houve outro tio que fez o mesmo no interior mas vendeu o negócio antes dele ir a falência. Com isso preservou uns 10 imóveis que estão sendo consumidos para mantê-lo. Outro tio morreu em 1983 e deixou herança suficiente para sua viúva viver relativamente bem até hoje, mesmo com o negócio falido. Isso pode ter acontecido porque os imóveis estavam no nome da pessoa física da viúva e portanto fora do ativo da empresa e nenhum juiz foi atrás disso. Esses anos foram a era dos comerciantes, onde como disse-me um primo: você podia fazer besteiras que o negócio absorvia e continuava. Com o fim da inflação isso acabou e aqueles que fizeram besteiras faliram, ou seja, quase todos daquela geração.
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