A inveja tem por origem a admiração e está sempre fundamentada em constatações obvias de inferioridade e humilhação que é sentida principalmente quanto a inteligência, beleza, riqueza e juventude. Todas essas qualidades são visíveis, passiveis de aferição e incontestáveis. Na escola fica claro quem é mais inteligente pelas notas conseguidas e pelas eventuais reprovações. Na infância e adolescência fica claro quem é mais bonito(a). Patinhos feios dão origem a patos feios essa é a regra. Riqueza se mede em bens materiais visíveis como carros e local onde se vive bem como no saldo bancário. Juventude se mede pelo passar dos anos e de novo pela beleza que é sempre maior na juventude. Quando se é melhor que os demais parentes ou quando se é melhor que os amigos não será difícil ter relacionamentos tensos ou rompimentos. A inveja pode ser insuportável para quem a sente e o invejoso sempre tem uma desculpa para o seu fracasso. Não raro a inveja pode surgir dentro da própria família, entre os cônjuges ou entre irmãos. E as disputas podem ser eternas, passando depois para os filhos dos parentes e dos amigos.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
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Um comentário:
Quando alguém não é tão inteligente, nem tão bonito, nem tão rico, nem tão jovem, será preciso lembrá-lo disso ? Já dizia Montaigne que quase todos serão omissos e deixarão a pobre criatura chegar as suas próprias conclusões, se chegar. Não é preciso declarar guerra para arrumar inimigos. Basta dizer o que se pensa !!!
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