Já escrevi muito sobre advogados aqui no Brasil mesmo porque não podemos viver sem eles por aqui. Isso acontece por conta da estrutura moral que já comentei em outros posts que existe aqui. Como é um assunto importante, acompanho um blog de especialistas em direito que comentam matérias legais que saem na Folha de São Paulo. E em uma dessas matérias saiu o resumo abaixo:
Mas a realidade é muito diferente. Algumas causas envolvem valores enormes e outras valores absolutos muito menores. Algumas causas tomam um tempo enorme, e outras, quase tempo algum. Algumas causas são difíceis, outras são fáceis. E nada disso está relacionado com a relevância da causa para o cliente ou seu mérito moral. Causas praticamente impossíveis e que não geram quase nada ao advogado podem ter uma importância para o cliente muito maior do que causas fáceis e que geram muito para o advogado público.
É essa desconexão ou disruptura sobre o serviço em si e o valor que o cliente dá para ele que permite as maiores aberrações nesse relacionamento entre cliente e advogado. Eu procuro fugir dos advogados mas a própria natureza intrínseca das relações no Brasil me obrigam a contratá-los. Temos advogados constituídos em São Paulo, Botucatu e Porto Feliz. Então, já que temos de lidar com eles, o faremos da melhor forma possível.
Agora, imagine um advogado que supervaloriza seus serviços e um cliente desavisado, que não conhece outros profissionais ou não sabe como avaliá-los adequadamente. Está criada uma situação propícia a todo tipo de problema pela assimetria de conhecimento envolvida. É o que mais ocorre nas grandes cidades . . .
3 comentários:
Quanto mais cuidadoso for uma pessoa menos probabilidade ela terá de precisar de um advogado. Quanto mais doidivanas, quanto mais irresponsável, quanto mais temerária, maior é a possibilidade de envolvimento em todo tipo de imbróglio jurídico, seja na esfera criminal, civil ou trabalhista.
Quanto mais seus valores morais não forem coincidentes com o do pais em que você vive maior a probabilidade de ser processado pelos "ofendidos" e condenado.
Quem conhece a lei pode juntar provas, documentos, etc que facilitará muito a vida do advogado, de forma que ele deveria levar isso em conta na hora de arbitrar seus "honorários". Esse foi o mesmo argumento usado uma vez na Auditoria da Kodak com relação a conta da auditoria externa. Como previsto deram risada dos nossos argumentos: não iram perder a oportunidade de ganhar um dinheiro fácil . . .
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