A exploração sistemática e a decepção

Vivo procurando pessoas interessantes e inteligentes para conversar, trocar ideias, ou seja, fluir pensamentos. Quando tenho oportunidade converso com alguém que não conheço muito bem e, justamente por não conhecer muito bem minha primeira impressão é sempre neutra ou até otimista: será que encontrei um futuro amigo, alguém que possa me ajudar de alguma maneira e/ou que eu possa ajudar dando uma dica ou esclarecimento ? Aí o processo começa: conversas e mais conversas. Existem pessoas que nas conversas falam despautérios tão grandes que logo concluo que são obtusas, equivocadas, etc etc etc. No entanto existe um tipo que não fala besteiras. Até se mantém aparentemente atento ao que estou falando. Ai eu me iludo e penso que ele está absorvendo algum conhecimento de mim, que aprova minhas ideias, etc etc etc. Doce ilusão !!! As vezes surge uma situação onde a máscara cai !!! É justamente quando um terceiro, que deveria ser informado pelo meu ouvinte atento me diz ao ser inquerido por mim que não entendeu nada do que eu falei !!! Ou pior, o ouvinte atento inventa coisas que eu não falei !!! É a história da brincadeira do telefone sem fio da escola. Problemas de comunicação são os mais recorrentes na vida das pessoas e eles ocorrem exatamente por dificuldades cognitivas, imaginação fértil, falta de conhecimento da língua, diferenças educacionais ou culturais, etc. No final fica a decepção de pensar estar sendo ouvido . . .