segunda-feira, 22 de julho de 2013

Os 130 colunistas do Jornal Folha de São Paulo

Existe uma página na internet que lista todos os colunistas da Folha de São Paulo, incluindo neles os que já não escrevem mais e os que estão escrevendo atualmente. Observe como existe uma dinâmica: entram e saem colunistas, entram e saem assuntos que esses colunistas estão teoricamente habilitados a discorrer. Existem colunistas que podem escrever sobre qualquer assunto, atual, passado ou futuro. Além da Folha de São Paulo muitos deles escrevem ou escreveram para diversas revistas. Escrever e tornar público é um risco, pois milhares ou centenas de milhares de pessoas poderão ter acesso ao que foi escrito e, caso sintam-se ofendidas poderão processar o colunista e o jornal, tornando-se uma fonte de problemas. O custo beneficio precisa ser avaliado, pois não tenho ideia de quanto os jornais pagam para os seus colunistas. A história é a mãe das ciências sociais e a história é escrita nos jornais e revistas. É interessante notar que em 200 milhões de pessoas miseráveis 130 escreveram para o maior jornal do pais com alguma regularidade. O universo dos livros é muito mais amplo e diversificado: na estante virtual existem livros sobre praticamente qualquer assunto, valendo o mesmo para a Livraria Cultura. Os assuntos mais obscuros e polêmicos já foram tratados por alguém. O que existe é uma oscilação que muda conforme a época e que os alemães chamam de espírito do tempo. Tudo é tudo e nada é nada, já dizia o Tim Maia. Tudo é novidade para quem é jovem e ainda está assimilando a cultura. Conforme se fica mais velho, a constante absorção e aprofundamento através do estudo auto didata pode-se refletir e sedimentar conhecimentos, melhorando-se a performance em qualquer situação, errando-se menos. Hoje com a internet a voz foi concedida a todo e qualquer individuo. Em compensação são poucos os que leem o que você publica. Houve uma democratização dos emitentes de informações. É a era da transparência. 

4 comentários:

Van der Camps disse...

Tenho por hábito recortar as matérias do jornal que acho estratégicas. Informação segundo o Kanitz é algo que muda seu comportamento futuro. O resto é ruído . . .

Van der Camps disse...

Houve um acúmulo de informações que realmente mudaram minhas decisões futuras: requerimentos legais conseguiram me desestimular a construir, reformar casas ou até mesmo comprá-las. Riscos inerentes ao empreendedorismo me levaram a evitar esse caminho. Riscos inerentes ao mercado de renda variável me afastaram desses investimentos. Todo conhecimento sobre relacionamentos me levaram a confiar na minha namorada. Todo conhecimento sobre saúde me levam a preservar a minha e a de quem me é caro.

Van der Camps disse...

Pessoas que se expõe como o Kanitz e o Gikovate fundamentam seus textos em verdades, geralmente estatísticas. É a ciência por trás das opiniões. São escritores e ávidos leitores. O Gikovate filma seus depoimentos no seu escritório/biblioteca. O kanitz com certeza, até pela sua carreira universitária, deve ter uma grande biblioteca.

Van der Camps disse...

Observe que tanto o Kanitz como o Gikovate tiveram a oportunidade de estudar no exterior, nos países de língua inglesa, justamente os mais avançados do mundo. Foram sorver o conhecimento em uma época que o Brasil tinha um programa de incentivo para essas viagens e onde os universitários eram poucos, muito poucos. Eu também fui sempre muito próximo dos países de língua inglesa, assim como eles.