Existe uma página na internet que lista todos os colunistas da Folha de São Paulo, incluindo neles os que já não escrevem mais e os que estão escrevendo atualmente. Observe como existe uma dinâmica: entram e saem colunistas, entram e saem assuntos que esses colunistas estão teoricamente habilitados a discorrer. Existem colunistas que podem escrever sobre qualquer assunto, atual, passado ou futuro. Além da Folha de São Paulo muitos deles escrevem ou escreveram para diversas revistas. Escrever e tornar público é um risco, pois milhares ou centenas de milhares de pessoas poderão ter acesso ao que foi escrito e, caso sintam-se ofendidas poderão processar o colunista e o jornal, tornando-se uma fonte de problemas. O custo beneficio precisa ser avaliado, pois não tenho ideia de quanto os jornais pagam para os seus colunistas. A história é a mãe das ciências sociais e a história é escrita nos jornais e revistas. É interessante notar que em 200 milhões de pessoas miseráveis 130 escreveram para o maior jornal do pais com alguma regularidade. O universo dos livros é muito mais amplo e diversificado: na estante virtual existem livros sobre praticamente qualquer assunto, valendo o mesmo para a Livraria Cultura. Os assuntos mais obscuros e polêmicos já foram tratados por alguém. O que existe é uma oscilação que muda conforme a época e que os alemães chamam de espírito do tempo. Tudo é tudo e nada é nada, já dizia o Tim Maia. Tudo é novidade para quem é jovem e ainda está assimilando a cultura. Conforme se fica mais velho, a constante absorção e aprofundamento através do estudo auto didata pode-se refletir e sedimentar conhecimentos, melhorando-se a performance em qualquer situação, errando-se menos. Hoje com a internet a voz foi concedida a todo e qualquer individuo. Em compensação são poucos os que leem o que você publica. Houve uma democratização dos emitentes de informações. É a era da transparência.
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4 comentários:
Tenho por hábito recortar as matérias do jornal que acho estratégicas. Informação segundo o Kanitz é algo que muda seu comportamento futuro. O resto é ruído . . .
Houve um acúmulo de informações que realmente mudaram minhas decisões futuras: requerimentos legais conseguiram me desestimular a construir, reformar casas ou até mesmo comprá-las. Riscos inerentes ao empreendedorismo me levaram a evitar esse caminho. Riscos inerentes ao mercado de renda variável me afastaram desses investimentos. Todo conhecimento sobre relacionamentos me levaram a confiar na minha namorada. Todo conhecimento sobre saúde me levam a preservar a minha e a de quem me é caro.
Pessoas que se expõe como o Kanitz e o Gikovate fundamentam seus textos em verdades, geralmente estatísticas. É a ciência por trás das opiniões. São escritores e ávidos leitores. O Gikovate filma seus depoimentos no seu escritório/biblioteca. O kanitz com certeza, até pela sua carreira universitária, deve ter uma grande biblioteca.
Observe que tanto o Kanitz como o Gikovate tiveram a oportunidade de estudar no exterior, nos países de língua inglesa, justamente os mais avançados do mundo. Foram sorver o conhecimento em uma época que o Brasil tinha um programa de incentivo para essas viagens e onde os universitários eram poucos, muito poucos. Eu também fui sempre muito próximo dos países de língua inglesa, assim como eles.
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