Fiz vários artigos sobre as décadas e o que aconteceu na minha vida, consequência das fases e idades que eu tinha e do que acontecia socialmente, culturalmente, financeiramente no Brasil e no mundo. Hoje vou falar do Brasil. O Brasil avançou mas pouco, principalmente nas classes inferiores. Na prática bons empregos, aumento das exportações e importações, fabricação de produtos manufaturados, aumento da população bilíngue, aumento do número de universitários bem formados, melhoria real da escola pública, melhoria real da saúde, melhoria real na segurança pública, tudo isso não aconteceu ou aconteceu muito lentamente e um pequena quantidade. A prova disso pode ser observada nos jovens e adultos que conheço, com idades de 30 a 43 anos. Eles resolveram consumir sua renda e não comprar bens de raiz, talvez por que sua renda seja insuficiente, talvez por terem nascido em uma época em que o apelo por consumir seja muito grande, talvez por que gozem de liberdade sexual nunca antes existente, que permite postergar comprar um imóvel e fundar uma família. O que mudou foi que várias transferências de renda foram efetuadas para os mais pobres, que obviamente na maior parte das vezes não tiraram grande proveito delas (efeito muleta). Outra mudança foi o aumento de bons empregos públicos, de forma que os bem preparados filhos da classe média tiveram uma válvula de escape. Essa válvula existiu na década perdida de 1980 mas em menor escala e com cargos e salários mais baixos. O que vemos hoje é uma multidão de pessoas mal preparadas mas raivosas, que acham que devem ganhar mais sem fazer por merecer. Que querem que o governo lhes dê tudo da melhor qualidade. A propensão das pessoas de fazerem sacrifícios aqui no Brasil diminuiu muito e a propensão de ganhar no papo, na dissimulação, na corrupção, na fraude judicial aumentou muito. Piorou muito o relacionamento em geral, a consciência, a competência e a integridade. Ou seja, a maturidade do povo diminuiu muito.
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